Prólogo
Na sombra da noite
"Eu corria. Não sabia para onde estava indo. Ele me perseguia e queria alguma coisa que eu não podia lhe dar. A floresta estava escura e a luz da lua não penetrava os galhos das arvores enormes. Tropeço em uma raiz espessa e meu corpo se choca contra a terra úmida. Levanto meus olhos até os dele e não vejo mais nada, apenas escuridão. "
Acordo assustada e arfando. Minhas mãos estão molhadas de suor e meu corpo inteiro está tremendo. Olho para o relógio em cima da cômoda; são duas e quinze da manhã. Sempre, toda noite eu acordo suando frio e tremendo por causa do pesadelo que se tornou constante há alguns meses.
Me levanto em meio aos lençóis e cambaleio até a porta. O corredor está escuro e a única luz, é a luz da lua que entra pela minha janela. Desço as escadas e entro na cozinha. No armário pego um copo ás cegas e encho-o de água. Encosto-me no balcão da cozinha americana.
Depois que os sonhos se tornaram pesadelos, contei para minha mãe e ela achou ridículo a minha opinião sobre, sonhos serem sinais. Por mais que eu queira descobrir o que ele significam, não consigo. Qual o sentido disso tudo? Me faço essa pergunta todas as noites.
Volto para o quarto e percebo a janela aberta. Um vento frio me atinge e, por mais que eu não queira admitir, sei que não estou sozinha em meu quarto. Além dos sonhos, recebo visita constantemente. Ele sempre está aqui me observando. Aqui, na escola, em qualquer lugar que eu vou, ele me segue.
Viro-me para encara-lo. Estou cansada e sem humor para sorrir ou fazer perguntas. Até por que, ele nunca me responde. Me sento na madeira abaixo da janela encostando-me nas almofadas fofas que a enfeitam. Ficamos nos encarando por mais minutos do que pude contar. Eu na janela e ele no chão apoiando-se na parede. Não sei o motivo das visitas dele e não sei por que me sinto segura perto dele.
Não percebo quando adormeço; quando acordo estou em minha.
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Acampamento: Darkshadow
Teen FictionEu corria. Não sabia para onde estava indo. Ele me perseguia e queria alguma coisa que eu não podia lhe dar. A floresta estava escura e a luz da lua não penetrava os galhos das arvores enormes. Tropeço em uma raiz espessa e meu corpo se choca contra...