Capítulo 10

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Acordei, e pude sentir o sol no meu rosto. Olhei para a entrada da caverna, e vi que esta deixava entrar luminosidade dentro desta.

Olhei para a fogueira, já apagada, e Adam não estava deitado. Apenas restou a toalha que lhe emprestei na noite passada.

Levantei-me, e peguei na toalha para a dobrar e voltar a colocá-la dentro da minha mochila. Retirei o casaco do meu corpo, e também o coloquei de volta na mochila. Pus esta nas minhas costas, e saí da caverna. Olhei ao meu redor para ver se encontrava Adam, mas não havia sinal dele.

- Adam! - Gritei, mas foi em vão.

Bufei, e comecei a caminhar pelo mesmo caminho que tínhamos vindo ontem. Até que ouvi passos, e escondi-me atrás de uma palmeira. Bem, este era o melhor esconderijo que estava à vista. Nunca se sabe se é um canibal.

No momento em que ouvi uma gargalhada, revirei os olhos, e saí de lá.

- O que estavas a fazer aí? - Perguntou-me com um sorriso de troça.

- Nada. - Respondi mal-humorada.

Era impressionante como ele pode ser um idiota tão facilmente.

- O que estás aqui a fazer? Porquê que não estás na caverna? - Agora o seu tom de voz estava mais sério.

- Tu foste embora sem mim, então eu fiz o mesmo. - Passei por ele, olhando-o de cima a baixo, e ele deu um sorriso fraco.

- Não consegues estar quieta nunca, não é?

- Tu consegues? - Devolvi a sua pergunta, e ele levantou o seu sobrolho.

- Eu fui à procura de comida, mas como sei que ela está perto da praia, voltei para ver se já tinhas acordado.

- Bem, eu já estou acordada, então já podemos ir. - Comecei a andar na sua frente, e desta vez foi ele que me olhou de cima a baixo.

- Dá cá essa mochila, deve estar pesada. - Tirou-me a mochila das costas, e colocou-a nas suas.

- Ainda não percebi o porquê de levares isso. - Imitei-o, quando ele implicou com a minha mochila no dia em que ele nos arrastou para isto, fazendo-o revirar os olhos.

- Tudo bem, tu tinhas razão Alison.

- Estás a pensar demasiado Alison, vais ver que vai correr tudo bem. - Voltei a imitá-lo, como ele disse naquela noite.

- Já entendi. - Limitou-se a dizer, atrás de mim, e pude perceber pelo tom da sua voz que ele já estava a ficar aborrecido.

Olhei para trás, e ele estava a andar enquanto mantinha o seu olhar fixo no chão.

- Não Adam! Nós estamos aqui presos por causa tua! Claro que tinhas de ir mexer no barco do meu pai. - Revirei os olhos e ele finalmente olhou para mim.

Ele estava arrependido.

- Eu sei! - Gritou. - Mas se eu nunca tivesse feito isso, provavelmente nunca te tinha conhecido, já pensaste nisso?

- Bem, ao menos eu ainda estaria feliz. - Limitei-me a dizer, e aumentei a velocidade do meu passo.

Idiota.

Idiota

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