POEMA 40

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Adultecer  lastimável

Ainda estou me recuperando da ressaca da semana passada
Bebendo e bebendo, mais e mais
Apenas para não sentir nada
Apenas para tentar voltar a minha morada

E ainda estou pensando se devo fugir
Estou pensando se devo insistir
Das burradas contínuas que rondam minha mente
Um pouco maníaca por falta de amor e paz

Porque é neste adolecer da alma
Que percebo que meu corpo já chegou no adultecer
Meu entristecer, amadurecer
A pouco me prendia muito nas brincadeiras de crianças
Para poder sentir que minha idade ainda era baixa

Maldita vaidade
Vai idade  (Vai)
Que me enganou por anos
Mas salvou das impurezas da vida
Pois a alma de criança permaneceu intacta
Porém, agora a de adulta permanece amargurada

E não pretende se alegrar tão cedo
Pois a criança já se foi
A alegria se foi
A magia e o encanto
Tudo não passava de ilusões precárias
Que se desgastam com os anos

Belos, malditos, infantis e (in)felizes anos....




Pensamentos ao ventoOnde histórias criam vida. Descubra agora