POEMA 51

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AMOR DE TRAIÇÃO

As curvas que mais me atraem
São as do cabelo daquela menina
Tão louca que me fascina
Que me faz querer mais
Mais de seu puro toque
Mais daquilo que me satisfaz
Mais do que jamais deixarei para trás

A boemia que se tornou a vida
Depois que conheci aquela menina
Em noites lancinantes
Sobre um meio breu descontraído
Em que gritávamos por mais,
Cada vez mais

As curvas que mais anseio
Não passam de puro desejo
E de tudo aquilo que me faz sonhar
Toco aquele (corpo de) violão
Tão nu como um céu de verão
E dedilho a bossa nova da perdição

Apesar dos desejos que tenho por essa menina
Não é por ela que esperei em minha vida
Sejamos francos, meus amigos
Todos queremos as Ritas Baianas
Mas são as Aurélias que almejamos um conjúgio

Mulheres, moças, meninas, raparigas
Quero todas; amo muitas
Desposarei apenas uma
Aurélia por todas as manhãs
E Rita, minha querida, ao por do sol


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REFERÊNCIAS/ INTERTEXTUALIDADE:

• Senhora - José de Alencar
• O cortiço - Aluísio de Azevedo (Rita e o Português)

NOTA

• eu lírico masculino

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