Capítulo 10

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Malu despertou com o celular vibrando e sorriu, já imaginando quem a despertava.

— "Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês", diz o Senhor, "planos de fazê-los prosperar e não de causar dano, planos de dar a vocês esperança e um futuro." (Jeremias 29:11)

Bom dia, Abelhinha!

Ela leu a mensagem e não conseguiu evitar o sorriso bobo que surgiu em seu rosto. E aquele sorriso já era constante há algumas semanas. Sempre que Felipe enviava uma mensagem, Malu abria um enorme sorriso, mas ainda não admitia o verdadeiro motivo dele.

— Bom dia, filha! — a mãe da garota a cumprimentou quando ela se sentou à mesa para o café da manhã.

— Vou comer rapidinho, porque daqui a pouco o Felipe e a Carol vão passar para me buscar.

— Você está mesmo animada nesta nova igreja, hein?

— Estou, mãe. Tem sido muito bom pra mim...

Há algumas semanas, Malu decidiu se mudar para a igreja dos amigos e aquela parecia ter sido uma ótima decisão. A garota se sentia mais à vontade ali, pois além de estar mais perto dos seus melhores amigos, também tinha outros que ela conhecera no Seminário. Ela se sentia feliz e acolhida, como há muito tempo não se sentia.

— Fico feliz por ver você bem assim. Fazia muito tempo que eu não a via desse jeito e tão comprometida com as coisas de Deus.

— Ainda bem que mudei, não é? Bom, Deus me mudou.

— Mas você permitiu, filha. O primeiro passo foi seu.

— Verdade — ela sorriu para a mãe e ouviu a buzina do carro chamar. — Ah, ele chegou! — Malu se levantou animada.

— Não seria "eles chegaram"?

— Foi o que eu disse! — Malu sorriu e se despediu da mãe.

A garota pegou sua Bíblia e correu para o carro.

— Bom dia, gente! — ela entrou no carro animada.

— Bom dia, Malu — Carol a cumprimentou, virando-se para trás para olhá-la.

— Bom dia, Abelhinha — Felipe disse, observando-a pelo retrovisor.

Malu sorriu e ao ver aquele sorriso, seu coração disparou e sentiu um frio na barriga.

"Parece até que o sorriso dele está mais bonito..."

Os três jovens chegaram à igreja em alguns minutos. Participaram da Escola Bíblica Dominical e depois o ensaio dos jovens. Naquele domingo, seria um culto com a participação dos jovens e o líder avisou de antemão para que todos estivessem preparados para uma oportunidade de falar ou cantar durante o culto.

— Não sei se vou conseguir falar algo se me chamarem hoje... — Malu confessou, quando voltavam para casa.

— Se você quiser, podemos cantar juntos — Felipe sugeriu e abriu aquele sorriso, que fez o coração da loirinha dar uma descompassada.

— Nós dois? — ela perguntou, surpresa.

— Você podia almoçar lá em casa, Malu — Carol sugeriu animada. — Aí vocês podiam ficar ensaiando durante a tarde!

— Eu... não sei — ela disse sem jeito.

— Avisa sua mãe e fica lá em casa — Carol insistiu.

— Tudo bem assim pra você, Felipe? — Malu perguntou receosa.

— Por mim está ótimo!

A garota sorriu e ligou para a mãe, que não se opôs à ideia. Ao chegarem a casa, os pais de Felipe e Carol receberam a garota muito bem e Malu já se sentia parte da família, pois eles sempre a tratavam com muito carinho.

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