Capítulo 16

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— Finalmente! — Mário exclamou animado, quando ouviu o pedido de Felipe.

— Pai! — Malu o repreendeu, mas riu em seguida.

— Geralmente um pai fica muito preocupado quando sua filha decide namorar, mas com você... — o homem olhou para Felipe. — Eu me sinto em paz.

Malu olhou para o jovem sentado ao seu lado no sofá da sala e sorriu para ele. Felipe retribuiu.

— Vocês dois desenvolveram uma amizade tão linda e abençoada — a mãe comentou. — Amamos você e sua família, Felipe. E não poderíamos estar mais felizes por isso. Não tenho dúvidas de que esse relacionamento é de Deus!

— Eu fico lisonjeado pela confiança de vocês e podem ter certeza que cuidarei bem da Malu — ele olhou para a garota e entrelaçou sua mão na dela. — Ela merece ser tratada como uma princesa...

— Acho que todo mundo quer me deixar sem graça hoje! — a loira soltou uma risada nervosa e fitou o chão à sua frente.

Após algum tempo de conversa, era hora do jantar e, depois de muita insistência dos sogros, Felipe concordou em ficar para a refeição. Houve um momento de silêncio enquanto todos comiam. Entre uma garfada e outra, Malu olhava para Felipe ao seu lado e sorria apaixonada. Era uma novidade ele estar ali para o jantar, geralmente não ficava até tarde.

Mas a sensação era ainda melhor quando ela se lembrava que, alguns momentos antes, Felipe tinha pedido permissão aos pais dela para namorar. Eles não eram mais somente amigos. Namorados. Ele estava apaixonado de verdade por ela. Enquanto comia, Malu soltou um suspiro alto e a mãe a encarou sorrindo.

— É... o amor está no ar! — a mãe disse baixinho, mas todos ouviram e riram.

Malu ficou totalmente sem graça, sentindo o rosto queimar, mas ao mesmo tempo sentia-se bem. Fazia tempo que não sentia todo aquele turbilhão de emoções.

Assim que terminaram de comer, Felipe se despediu da família, que o acompanhou até a porta.

— Espero que o meu genro volte ainda muitas vezes para jantar com a gente! — a mãe de Malu disse.

— Pode ter certeza de que virei sim! — ele disse com um sorriso enorme nos lábios.

Felipe e Malu saíram da casa e a porta se fechou atrás deles.

— Eu ainda não consigo acreditar em tudo isso... Ainda ontem eu estava chorando por você, sofrendo por achar que você gostava de outra pessoa. E hoje nós estamos namorando...

— Pois é... — o garoto sorriu. — Eu também não consigo acreditar que finalmente isso está acontecendo!

Malu olhou para trás e percebeu que a porta estava fechada. Ela sabia que os pais tinham deixado os dois a sós pois geralmente os casais ficam sozinhos quando se despedem. Mas Felipe não a beijaria e ela ficou confusa com o que fazer.

— Felipe, eu não sei bem o que fazer agora. — Ela riu. — Nós vamos namorar, sem namorar?

— Como assim, sem namorar?

— Sem... beijo... — respondeu sentindo-se um pouco sem graça.

— E quem disse que um namoro precisa de beijo?

— Não sei, eu só... Nunca pensei sobre como seria um namoro assim.

Malu sentiu-se envergonhada, mas Felipe sorriu parecendo compreensivo. Tirou algo do bolso e colocou na mão de Malu. Ela ficou confusa ao ver que era um chaveiro.

— Tem uma foto aí — ele explicou.

Malu observou o objeto acrílico, em forma circular, com uma foto que parecia ser muito antiga.

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