Tempo

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Deixei-me sucumbir a dor de não te ter
Percebi que demasiado amor me fazia mal
Pude me recompor perante o silêncio
Embora tudo dentro de mim soubesse que não

Meus dias eram preenchidos com poesias
Dizeres tocando meu ser
Vertentes de mim refletindo
O quanto amo você

Mostrei meu interior sem medo
Como sempre houvera feito
Consegui respirar de novo
Enquanto me dilacerava em meu leito

Assustei ao perceber que voltara
Depois de tanto tempo sem tê-lo
Sei que o amor que acabara
Renasceu de novo ao vê-lo

Eu notei que o que passamos
Era de fato necessário
Se nos perdêssemos no início
Terminariamos no passado

Agora você me diz
Que me ama como sempre amou
Preferi guardar pra mim
A verdade que nunca mudou

O Leão e o Bode
Viveram uma deslumbrante paixão
E o Escorpião
Acabou com a passageira emoção

Disse sem rodeios o que de verdade sentia
(Amor)
Falou-me de sua vida e descobri que sofrera
            (Dor)
Sentindo que tudo voltara ao antigo sofrimento
                    (Medo)
Mas ele completou com um simples sentimento
                                (Perdão)

Desculpe,
               Obrigado,
                              Eu te amo,
                                               Adeus.

Não seria o adeus um até logo mais dramático?

Ou será que tudo isso não faz parte do longo prólogo apático?

Cartas De SuicídioOnde histórias criam vida. Descubra agora