No recreio, Caio pareceu estranho, ele estava sorrindo falso, e Val com um grupo de meninas populares. Ela sempre quis fazer parte daquilo, mas nunca conseguiu por mim.
Eu sempre fui resto do resto, nem os rejeitados me aceitavam. Só a Val, mas Val, sempre quis ser o centro, a garota.
Agora ela está livre para voar.
Vi em Manu uma grande amizade que está para surgir, ela é uma pessoa muito interessante. Combinamos de ir fazer um trabalho da escola na casa dela amanhã. Vai ser legal.
Já temos nossos números.
Estou passando pelo refeitório, correndo em direção a cantina. Diferente de muitos colégios, o meu, você paga pra lanchar a comida da escola. Eu acho até que vale a pena, a comida é melhorzinha.
Compro um sanduíche natural e um suco de pêssego em caixinha. E vou em direção a Manu, que está sentada em uma mesa para dois. Lá está ela e Cacá. Pego uma cadeira e me sento com eles.
— Tu tá estranho hoje — olhei pra Cacá e ele fez uma careta.
— Só tô irritado com os risinhos pra cima de você e da Manu — ele parece irritado
— Caio, tudo bem, eu já estou acostumada. Foda-se eles, se não tiveram chance de me conhecer, também não terão mais — Manu disse. Ela é uma garota incrível, e eu vi, que uma grande amizade nasceria entre nós 3.
— Caio, as pessoas fazem isso conosco há um tempo, mas eu não me importo, se eles não quiseram nós conhecer, também não terão mais a chance. Sabe por quê? Porque quem tem amor próprio, e se ama, não se importa se vai ou não ser aceito, contanto que seus amigos de verdade estejam com eles. E vocês são meus amigos, então foda-se eles, foda-se o mundo. Eu não preciso ser aceita para ser feliz, não preciso de namorado para ser amada, não preciso de muitos amigos para ser acompanhada. Eu só preciso de reciprocidade e confiança.— digo com os olhos marejados. Isso realmente me afeta, eu nunca sofri bullying, mas já sofri de falsidade de alguns "amigos" e até de alguns "ex's" meus. Isso sempre acontecia comigo, as pessoas sempre falacam mal de mim pelas costas, ou me traiam, e agora, eu achei os meus amigos, o meu porto seguro.
Lanchamos e ficamos conversando coisas sem importância. Na verdade, ficamos interrogado a Manu, e assemelhando alguns fatos nossos aos dela e rindo.
Quando o sinal tocou, fomos para a sala, e a aula ocorreu normalmente.
Na saída, mandei uma mensagem para minha mãe que iria almoçar em casa. Ela responde dizendo que está no trabalho.
Bufo, e mando outra mensagem pra ela perguntando se pelo o menos tinha algo. Ela disse que não.
Bufo outra vez. É sempre assim! Ela passa o dia todo trabalhando, e depois vem no fim do dia achando que eu devo ter alguma responsabilidade com ela! Eu a amo, mas não dá!
— Você ta bem xuxu? — apelido que Caio me deu, reviro os olhos e bufo de novo, ele já sabe o que acontece lá em casa, então geralmente eu almoço com ele, e minha mãe ainda tem a cara de pau de reclamar.
— É a minha mãe — ele faz cara de quem já entendeu tudo
— Abriu um restaurante novo ali, — aponta — quer ir xuxu? — assinto.
— Vamos então — arrumamos nossss coisas e seguimos pra o restaurante
O almoço seguiu normalmente, a comida era até boa.
Me despedi de Caio e fui para casa. Chegando lá, tomei um banho, vesti uma roupa confortável e quentinha. E fiquei pensando. Quando vi, dormi.
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Oi gente, oq estão achando da história?? Espero que estejam gostando!V-O-T-E-M é muito importante!
Bitocas!
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Back to Me
Jugendliteratur"Ao gritar pela décima vez no travesseiro, para abafar o som. Beatriz se encontra perdida. Seu porto seguro foi embora, sua esperança liquidou-se pelo chão. E agora, encontra-se sozinha. Agora, até mesmo a única esperança, foi perdida, e a distância...