"Ao gritar pela décima vez no travesseiro, para abafar o som. Beatriz se encontra perdida. Seu porto seguro foi embora, sua esperança liquidou-se pelo chão. E agora, encontra-se sozinha.
Agora, até mesmo a única esperança, foi perdida, e a distância...
Acordo com minha mãe gritando, corro para onde ela está e vejo que ela está no telefone com alguém. Ela ainda não me notou, parece ser algo sério. Resolvo me esconder atrás da escada para ouvir. Aqui é fofoqueira desde sempre. Tá no sangue.
—.. EU NÃO TENHO COMO! — ela se cala e escuta — EU NÃO POSSO ABANDONAR MINHA FILHA AQUI, E NÃO VOU EMBORA, EU NÃO POSSO! — ela se cala novamente. Suspira — ok, estou calma. Olha, eu não tenho como me mudar para o Rio ok? Eu sei que teve aquela mudança e que eles precisam de gente ai na filial, mas eu não posso, eu tenho uma vida aqui, eu tenho minha filha, minha casa, não dá! — meu coração está batendo muito forte.
Minha mãe trabalha em uma empresa que vende materiais para hospitais aqui em São Paulo, eles abriram uma filial esse ano no Rio, e pelo o que parece, eles tão precisando de gente lá. Mas logo minha mãe?! Por que ela? Subo correndo as escadas, deito na cama, e espero a gritaria parar, ecuto o barulho dss escadas.
Espero que ela me conte.
Vejo a porta do meu quarto abrir e minha mãe entrar.
— Filha, podemos..
— Eu ouvi mãe, eu te ouvu gritando, é verdade? Você vai ser transferida? — ela me dá aquele olhar de "não pude fazer nada" e eu começo a chorar — E eu mãe, e o que vai acontecer comigo? Eu não quero ir embora, eu não quero! Por favor...
— Filha, eu não pude fazer nada. — ela começou a chorar junto, e eu entendi, ela não podia mudar isso, então eu devia aproveitar, porque não terei mais muito tempo aqui.
— Quanto tempo temos?
— 1 mês.
— Me deixa sozinha.
— Filha...
— ME DEIXA SOZINHA — começo a chorar compulsivamente, por quê?! Por que comigo?!
Eu choro tanto, que eu não tenho mais lágrimas para derramar, agora só tenho soluços, soluços secos, apenas soluços. Eu só tenho meus soluços e meus pensamentos.
E foi assim que adormeci.
No dia seguinte, eu acordei, e só fui a escola, porque precisava contar a ele. Eu precisava, só queria saber como.
Cheguei atrasada, e não falei com ninguém, sentei o mais longe possível deles, e da visão do professor. Abaixei a cabeça, e comecei a pensar.
E foi ai que eu percebi, eu estou apaixonada por ele.
E eu vou embora.
Eu preciso contar.
Mas vai estragar a amizade.
E se for recíproco?
E em todas as aulas, até chegar o recreio, eu pensei em tantos "e se's" que não sabia mais da minha realidade.
** Oi gente, não me batam por favor!
Desculpa!
Estamos em #640 em #paixao e #596 em #traição. Obrigada!!
Também estamos com 72 leituras, sei que é pouco para algumas autoras/autores mas para mim é muito!!
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Também peço para que vcs VOTEM! É muito importante!!
Tô pedindo tb, uma capa, a minha ta muito feinha, quem quiser me dar obrigada!! Só me chamar no pv daq msm!
