Instituto Salvatore

02 - Primeiro dia de aula

FLASHBACK ON

Lizzie e Josie estavam procurando o grimoire de Bonnie Bennet, uma das mais poderosas bruxas de Mystic Falls, escondido de seus pais.

— A gente não deveria estar mexendo nos arquivos de Mystic Falls, a mamãe falou que somos novas demais para ter acesso a algum grimoire — diz Josie com medo de ser pega.

— Ela não vai descobrir — Lizzie suspira com expressão de raiva.

Entre os diversos livros da estante estavam os volumes que Alaric Saltzman havia escrito sobre os eventos de Mystic Falls.

— ACHEI! — Lizzie exclama e o tira da estante ansiosa para lê-lo.

O que elas não imaginavam é que logo atrás dela estaria Caroline...

— Meninas, o que eu falei sobre o grimoire? Vocês não podem fazer algo antes de ter a permissão do papai ou da mamãe, estamos entendidas? — reclama e tira o livro das mãos de sua filha o colocando de volta no seu devido lugar.

— Sim, mamãe — ambas respondem.

— Espero que não aconteça isso novamente, é perigoso demais para vocês ficarem bisbilhotando, por favor saiam daqui. — diz Caroline, com voz apreensiva.

— Tudo bem, mamãe — respondem as gêmeas com olhar cabisbaixo.

— Mas antes, venham aqui, me deem um abraço — as três se abraçam e saem da biblioteca.

FLASHBACK OFF

— O que está acontecendo aqui? Uma festa de boas-vindas? — Sorri forçado e chama disfarçadamente as meninas para uma conversa:

— Lizzie e Josie Saltzman esqueceu do que eu disse a vocês sobre fazer coisas sem a minha autorização? Eu passo alguns dias fora e vocês planejam uma festa? Sério isso? — Caroline indaga com surpresa e fúria.

— Desculpe, mamãe. Achamos que seria legal apresentar os novos garotos com uma festa, não acontecerá novamente — diz Lizzie arrependida e Josie concorda.

— Tudo bem, mas acabem logo com isso, já é tarde e amanhã todos terão aula — diz se retirando do salão.

A festa acabou e os garotos seguiram para seus respectivos quartos, enquanto se preparam para dormir, Josh percebeu que Luke estava um pouco distante.

LUKE DONOVAN

— Em que está pensando, Luke? — questiona Josh sentando na cama e tirando seus sapatos.

— Não consigo parar de pensar naquela garota, aqueles cabelos negros e cheios de ondas, um olhar marcante e uma voz repleta de determinação, parece ter tudo friamente calculado, a beleza dela é tanta que chega a assustar — fala perdido em seus pensamentos.

— Parece que alguém está apaixonado — seu tom agora é meio zombeteiro.

— Para de falar bobagens, aquela garota não é meu tipo.

— Meu pai também achava o mesmo sobre minha mãe e está aqui o resultado — aponta para si mesmo.

— Nossa, que exemplo legal, vai dormir e me deixa em paz — fala com desdém e joga uma toalha em cima do colega.

Na manhã seguinte, Pietra acorda atrasada para a aula de história, as primeiras do dia, ela se arruma depressa e corre para a sala, no caminho esbarra com um jovem que encontra no corredor.

— Droga! DESCULPA AÍ! — grita para o rapaz.

Ao entrar na sala, senta na terceira cadeira da segunda fileira como de costume e abre os livros.

O professor escreve seu nome na lousa e se apresenta:
— Olá, sou o professor de história e, para os novatos, me chamo Edward Carter. Vamos falar sobre a batalha de Willow Creek, alguém já ouviu falar? — Alguns alunos levantam a mão afirmando que sim.

— Muito bem, a batalha de Willow Creek aconteceu no fim da guerra, bem aqui em nossa Mystic Falls. Quantas foram as baixas dessa batalha? Alguém poderia me dizer? Madison Whitmore? — A garota que estava distraída rabiscando o caderno responde com tom de humor:

— Foram muitas, é... Não sei ao certo, mas tenho certeza que foram muitas — a sala toda ri e o professor responde com tom irônico.

— A beleza vira burrice em segundos, senhorita Madison — os alunos contêm o riso e Edward continua a busca pela resposta.

— Você, certamente você pode nos esclarecer sobre um dos fatos mais importante da história da cidade, senhorita...?

— Pelentir, Pietra Pelentir.

— Poderia nos dar uma resposta? — É... Bom.... — diz Pietra gaguejando, mas Luke Donovan toma à frente e responde:

— Foram 346 baixas, a não ser que inclua os civis mortos.

— Obrigado pela resposta senhorita Pelentir — diz o professor com tom sarcástico e gera risada em todos na sala.

— Próxima aula, quero que tragam um trabalho manuscrito sobre a batalha de Willow Creek — ao final de sua frase o sinal apita avisando o término da aula. Todos saem da sala e seguem para suas próximas aulas. Pietra, Luke e Madison, por coincidência acabaram na mesma aula que é literatura inglesa. Enquanto a professora fala algo sobre a história da literatura, Pietra recebe uma mensagem no celular, discretamente ela vê que foi de Madison:

"O garoto novo, Luke não para de te olhar".

"Sério?"

Ela sorri e olha de relance para o garoto sentado no final da fila. O sinal toca novamente e um mar de pessoas corre para a porta ansiosos para sair do local.

— Você viu? — pergunta encarando o garoto.

— Você está exagerando, ele não estava olhando para mim — debocha.

— Ah, para de ser lerda, ele está caidinho por você e ainda está te encarando!

— Deve ser porque você ainda está olhando pra ele, para! — reclama empurrando de leve a amiga e seguem brincando no caminho de volta para seu quarto.

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