Samuel Fox - O Nome Do Perigo (DEGUSTAÇÃO)

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ATENÇÃO: Esta história ficou disponível até o dia 19/09/2019 (quinta feira), ficando apenas alguns capítulos para degustação

Samuel Fox

O jeito foi ter de ir para Phoenix com uma faixa gigante enrolada em volta do meu abdômen. Eu não iria descansar no meu objetivo só por causa de um simples tiro. Okay, nem tão simples assim. Aquilo doeu pra porra, mas eu tinha que ajudar aquela garota. Faria por qualquer um.

Quando parei no estacionamento, já tinha notado os dois em uma atitude suspeita, mas no primeiro instante pensei que fosse esses casais problemáticos que se proliferam pelo mundo. Logo mudei de pensamento quando vi claramente um pedido de socorro no olhar da garota. Seus olhos gritavam por ajuda, chamavam por mim e eu sabia que não podia ficar sem fazer nada. Em um momento perfeito, fiz o que sempre fui treinado a fazer. Fidelidade, Bravura, Integridade.

Saí de casa em direção ao aeroporto antes do sol nascer para ter mais tempo quando chegasse no Arizona. Eu não podia chegar logo me identificando como um agente do FBI. Isso seria um pedido para sujar toda a minha investigação, então já preparado, fingi interesse em comprar uma arma. Fui justamente onde a Guns Storm havia recebido a última entrega de armas antes de Alexandre Payne voltar para Los Angeles.

—Que tipo de arma o senhor precisa ? —Pergunta um atendente magricela quando chego em uma loja que mais parece um armazém.

—Para caça. Meu filho chega de férias agora e vou ensinar o moleque a pegar uns coelhos. —Finjo minha melhor cara de pai babão.

—Entendi. Ele é iniciante ? O senhor tem porte de arma ?

—Sim, claro. Também tenho a permissão dele se o senhor quiser ver. —Levo a mão ao bolso.

—Não, basta mostrar a sua validada e autenticada para ensinar.

Isso para mim era fácil. Quando mostrei meu documento, ele verificou e começou a me mostrar os diversos tipos de armas. Eu não tinha muito o que descobrir por ali se não fosse perguntando.

—Vocês aqui vendem para a Guns Storm ? —Pergunto fingindo desinteresse.

—Não. Na verdade, somos apenas um intermediador em Phoenix. Por que ?

—As armas deles são de qualidades.

—Sim, são. É um bom negócio. Essa nova Slug por exemplo. É de calibre 12 e cano de 50 centímetros. —Me entrega parecendo não ligar para a minha pergunta e eu finjo examinar uma arma que já conheço bem.

—A lente tem precisão.

—Sim. Ela não é exatamente adequada para iniciantes por causa do calibre, mas como o senhor já tem porte de arma e vai acompanhar seu filho, não será difícil.

—E quanto ao preço e documentação ? Tudo certo ?

—Claro. Só trabalhamos com armas legais.

—Entendo ...

Falo por mais alguns segundos até dá uma desculpa qualquer para "ainda" não levar a arma e me despeço com muito menos do que esperava. Peguei um voo para o Arizona onde iria em outro armazém que ele me indicou e assim que pisei no desembarque, meu celular começou a apitar várias mensagens chegando.

Durante o voo eu não tinha sinal, então chegou tudo de uma vez. Várias de Jenna, de James e de alguns colegas do FBI. Senti o corpo ficar tenso e ao invés de abrir as mensagens, liguei para minha prima.

—Jenna, o que houve ? Acabei de aterrissar no Arizona.

—Sam ... —Sua voz sai chorosa e cheio de soluços me deixando ainda mais preocupado.