Duda Klayn

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Duda Klayn na mídia

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    Dormi igual uma pedra e acordei bem cedo, a chuva tinha passado e apenas caia uma garoa bem fina. Fiz um café, panquecas e achei algumas torradas. Eu não queria acordar o Andy, então tomei o café sem esperar por ele.

_bom dia, nanica. - ele aparece na cozinha se despreguiçando, bocejando e esfregando os olhos.

_bom dia, vai escovar esse seu bafo de múmia antes de pensar em me beijar. - ordeno seria sem o fitar e percebo ele dando meia volta e indo em direção ao banheiro. Ri disso e volto a terminar meu café.

_agora eu to com bom hálito. - ele diz e me beija. - que temos pra degustação? - ele olha a pequena mesa da bancada e ja sai tirando umas três torradas, 6 panquecas e uma xícara de café.

_gordo. - ironizo e o olho sem expressão. Ele dá um sorrisinho antes de devorar tudo aquilo em questão de minutos.

_preciso ir. - ele diz olhando o tempo. - minha mãe deve ta preocupada.

_claro, você sai e não volta e muito menos avisa a ela.

_fica quieta. - ele me puxa do nada e me beija. Andy me pega no colo e eu enlaço minhas pernas em sua costas. O beijo é calmo, mas com desejo. Ele me olha sério e seus olhos estão mais azuis que o normal. Ele me da outro beijo quente e caminha até meu quarto comigo despendurada nele.

_Andy.. - tento manifestar.

_xiuuu. - me repreende e me coloca na cama. - eu não farei nada, relaxa. - ele me abraça. - tchau baixinha.

_tchau. - digo um pouco seca, pois eu não sou uma pessoa melosa. Ele sai pela porta e eu me deito na cama. Eu amei ter ele aqui, meu primeiro namorado é o garoto que brigava comigo e éramos como cão e gato, isso é até um pouco bizarro.

Acabei cochilando de novo. Acordei e troquei uma roupa mais confortável, a chuva voltou a cair mais forte e o dia pedia sofá e TV. Meu gato se enbolou encima de mim enquanto eu fazia cafuné nele.

Ouço batidas na porta..batidas na porta? Quem seria nessa chuva? Minha casa anda tão movimentada ultimamente. Me levanto e deixo meu gato "baleia" no sofá. Abro a porta e meu queixo cai e rola corredor a fora.

   Me deparo com uma figura de cabelo azul misturado com um verde fluorescente e olhos verdes, branca, com um batom super escuro e piercings nos lábios e no nariz. Eu já sabia quem era pois eu ja vi a foto, o que me impressiona é what fuck ela faz aqui??

_oi. - ela diz seca.

_oi, o que faz aqui? - ja pergunto tão seca e direta quanto ela.

_posso entrar? - ela revira os olhos.

_claro, só depois que me dizer o que faz aqui. - digo cínica.

_affs, eu fugi da casa do seu pai por não aguentar mais minha fucking mãe, eu pensei porque ir porque não ir e vim parar aqui na sua casa.

_você nem me conhece, eu não te conheço e veio parar aqui?! - pergunto irônica e bugada ao mesmo tempo.

_é, Por favor, me ajuda.

_não tenho culpa se você brigou com a vaca da sua mãe. Tchau e boa sorte - digo e vou fechando a porta.

_não espera...- ela segura a porta. - por favor... Não tenho pra onde ir. - diz e agora pude ver tristeza em seus olhos. Eu estava até sendo cruel..mas eu nem a conheço... e mal sei se ela está mesmo dizendo a verdade.

_OK, só alguns dias.. - concordo revirando os olhos e abro caminho. Ela repara o apartamento e me olha em seguida. - vem, vou te levar ao quarto. - Levo ela até o único quarto de visista, por sorte Andy deixou o quarto arrumadinho e com seu maravilhoso cheiro que ia ser respirado pela Duda, filha da vaca Alice.

_obrigada. - ela diz fitando o chão quando estou saindo do quarto.

_não tem de quê. - digo e saio. Ultimamente na minha vida está acontecendo cada coisa que se cair um meteoro aqui ou eu ganhar na loteria não me surpreenderia.

   Fiz uma comida rápida, macarrão como sempre. A Duda ainda estava no quarto. Ela aparentava ser mais velha que eu uns 3 anos. Após eu terminar minha gororoba eu respiro fundo e vou chamá-la pra comer.

_ei, eu fiz macarrão, se não se importa vem comer ou caso contrário eu guardo a panela e todo o grude - aviso meio constrangida e ela me olha sem expressão.

Ela me acompanha e se serve. Duda come como se não houvesse amanhã. Como era estranho eu ter em casa uma pessoa que eu mal conheço, será que fiz a coisa certa? Meu telefone toca me tirando do devaneio, pego o aparelho na bancada e atendo.

_alô.. Ah oi CC, amanhã... Se não tiver chovendo eu vou... Sim... Talvez eu leve alguém que apareceu aqui... Ótimo, tchau. - digo desligando e ela me olha séria.

_eu não vou a lugar nenhum. - ela diz após terminar de comer.

_eu não perguntei se você quer e nem a pau que vou te deixar ficar aqui sozinha, vai que tu coloca fogo no apartamento. - digo irônica e ela revira os olhos. Tá estávamos reagindo como irmãs..credo. Agora me lembrei porque eu nunca quis ter um irmão na vida.

Rebellious Love (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora