Capítulo 3- Jantar!

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Depois de uma tarde maravilhosa dando muitas risadas com Omar e Carolina, relembrando várias histórias, (e obvio ouvindo pela vigésima vez que precisava aparecer mais), e seus mais dois novos membros: um bulldog inglês um pouco preguiçoso (que nem ligou para bolinha que tinha presenteado) e sua bebê de apenas seis meses (que ficou realmente fascinada com o chocalho barulhento e colorido que dei) que era a coisa mais linda do mundo. Era a cara da Carolina com exceção do sorriso, que era igualzinho ao do Omar.

Ao observar Omar percebia o quanto estava feliz e sossegado com sua nova vida, não apenas dividia a cama com Carolina como trabalhavam juntos agora, e parece que ambas as parcerias estavam dando muito certo, era nítido a felicidade nos olhos de ambos e a cumplicidade. O amor realmente muda a gente. E no caso dele foi para melhor.

Percebia o quanto a pequena Mônica o fazia de gato e sapato e ele adorava.

Queria uma vida assim: feliz, sossegada e construindo dia após dia uma vida, ao lado de alguém... Porém a única pessoa que me imaginava era Lety.

Voltei ao hotel onde me arrumei para o jantar na casa de Márcia, porém não conseguia parar de pensar em Lety. Parece que estava mais bonita do que a ultima vez que a vi, porém não tinha o mesmo brilho intenso nos olhos de quando me apaixonei, realmente o casamento com o DomenChato deve tê-la mudado.

Tomo um táxi, sigo viagem ate lá, me preparando psicologicamente para as alfinetadas de Ariel, os comentários chatos da minha mãe dizendo pela trigésima vez que devia ter ficado com a Márcia, e meu pai dizendo que ir para Argentina, era uma fuga dos meus problemas, e não se podia passar a vida fugindo das coisas e blá blá blá...


Passado algumas horas, meus pais já se encontravam em casa e pude matar a saudade deles, mesmo que a curto prazo, porque no dia seguinte eles viajariam para a Itália. Enquanto meu pai assiste o noticiário, vou ate a cozinha ajudar minha mãe com o jantar. Aproveito para contar sobre o encontro com Seu Fernando:

-Seu Fernando Lety? Não acredito! (Exclama minha mãe ao final da minha narrativa).

-Fala baixo mamãe, não quero que papai ouça... Sim, ele mesmo. Acredita? Com tanto café na cidade, tínhamos que nós encontrar justo nesse (Respondo picando os tomates em uma tábua).

-E o que você sentiu Lety ao vê-lo? (Pergunta com brilho nos olhos).

Mamãe nunca se conformou que tivesse me casado com Aldo, ela gostava dele sim, mas sempre achou que por mais maravilhoso que ele fosse não era o grande amor da minha vida.

-Não sei mãe... Foi um misto de coisas... Não sei explicar (Respondo confusa).

Não podia responder que o tempo não conseguia apagar os vestígios daquele amor.

-Não sabe ou não quer admitir? Porque filhinha agora que você esta solteira, não da uma segunda chance ao amor? (Pergunta ternamente).

Arregalo os olhos com aquele conselho. Minha mãe não podia estar raciocinando direito.

-Mamãe! Você se esqueceu que ele é casado e ainda por cima com a dona Márcia? Se fiz algo de errado foi antes no passado, e jamais destruiria um lar... E tem mais: eu não estou "solteira" e sim "viúva", e ainda não superei tudo que aconteceu! (Respondo firmemente).

Mamãe para de lavar a louça, seca suas mãos em seu avental e acaricia meu rosto dizendo:

-Lety entendo que ele esteja casado e jamais diria para você se envolver com ele, nessas circunstancias, mas e outros homens? Você é jovem, inteligente, linda e precisa superar tudo, afinal foi Aldo que morreu e não você... E tenho certeza que ele mesmo não ia querer que você não refizesse sua vida, ainda mais depois de quase um ano... (Diz olhando fundo em meus olhos).

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