Max está parado na minha frente, enquanto esperamos a produtora voltar com algo que ela diz ser essencial para nós dois no novo photoshoot que viemos fazer.
— O que acha que é? — Eu pergunto, tentando quebrar o silêncio que nos rodeia. — Será que é um figurino novo?
— Hum, acho que não.
A produtora vem caminhando pelo corredor e em suas mãos tem duas roupas embaladas cuidadosamente.
— Quero que se troquem, depois voltem aqui.
Vou em direção ao pequeno quarto onde sempre nos trocamos para fazer fotos promocionais, Max me ultrapassa correndo na minha frente como uma criança.
Uma criança bem grande, álias.
— Ei! Não seja um espertinho. Use o banheiro.
Eu corro e o empurro, Max desvia de outro empurrão meu e fecha a porta.
— Então você quer brincar, Tully?
Max me encara com o olhar parecendo muito com o de um lobo divertido, nunca vi um lobo com um olhar divertido mas de alguma forma sei que Max tem esse olhar quando estamos brincando ou quando ele está me provocando.
— Nós temos que nos trocar, pare de brincadeiras.
— Tudo bem. — Ele se aproxima e abre um sorriso. — Vamos nos trocar.
Max pula em cima de mim, me jogando no sofá do quarto enquanto tenta tirar minha camisa.
— Maxiiin! — Ele continua puxando minha camisa pra cima, seus joelhos dos dois lados da minha cintura, apoiado no pequeno sofá. — Para, para com isso. — Ele morde meu ombro e eu te acerto um tapa.
Quando ele recua um pouco, eu me jogo em cima dele e tento tirar sua calça.
Minhas mãos passam levemente em seu peito e em seu abdômen e num rápido reflexo Max agarra meus dois pulsos.
— Ok, ok. Eu desisto. — Ele está sorrindo, ofegante.
— Você é um idiota.
Saio de cima dele e começo a me trocar. A roupa que eu usarei para o photoshoot é uma camisa social cinza e uma calça preta. A roupa de Max é um pouco parecida com a minha mas sua camisa é mais escura.
— Pronto?
Max se aproxima e limpa meu rosto, tirando um pouco do excesso de pó da minha maquiagem.
— Pronto, vamos.
O cenário já está montado. A produtora segura uma caixinha de veludo na mão, de repente meu coração acelera.
— Coloquem isso, é para a nova temporada. Estou tão ansiosa! — A produtora deixa a caixinha na mão de Max e some atrás das câmeras posicionadas no set.
Max abre a caixinha e duas alianças de prata reluzem ali dentro.
Max sorri e se ajoelha.
— Tul Romeu, quer se casar comigo?
Minhas bochechas esquentam.
— Para com isso, levanta.
Ele se levanta me puxando pela cintura.
— Ande, coloque logo essa aliança. — Max puxa minha mão e delicadamente coloca a aliança no meu dedo, que cabe perfeitamente. Ele sorri e coloca a sua em seu dedo.
Max puxa minha mão, juntando com a sua para olhar as duas alianças.
— Elas são um par, como se uma completasse a outra.
O olhar de Max brilha, como uma criança que acabou de ganhar um brinquedo novo.
Ele ainda está segurando minha mão quando o fotógrafo pede para irmos nos posicionar dentro do cenário.
Somos Korn e Knock agora, usando alianças, indicando que na nova temporada vamos nos casar.
Casar.
Max apoia o dedo em meu queixo e me puxa para perto de seu rosto. Eu arfo um pouco com o movimento repentino.
O flash dispara, deixando os olhos de Max mais iluminados.* * *
Terminamos as fotos em uma hora, e Max sai ás pressas por que tem que ir á academia, o lugar que desde que anunciaram uma nova temporada, virou a segunda casa dele.
Me troco e volto para meu apartamento, Maeng está me esperando na porta, batendo o salto de seu sapato nervosamente no chão.
— Não sabia que estava em Bangkok. — Digo, pegando minhas chaves e abrindo a porta.
— Minhas provas terminaram mais cedo, pensei em vir aqui ver você. — Ela me encara, apertando a ponte do nariz. — Por que essa cara?
Entramos em meu apartamento, e ela se joga no sofá.
— Só estou cansado.
— Você estava com P'Max e ele te deixou cansado? — Maeng cai na gargalhada.
— O que? Claro que não. Não sei da onde você tira essas coisas.
Passo as mãos nos meus cabelos, tentando disfarçar meu nervosismo.
Maeng abre a boca em formato de "O" e aponta para
minhas mãos.
— O que foi?
— Uma aliança! — Maeng se levanta em um pulo e puxa minha mão. — Da onde saiu isso aqui? Me conta.
Engulo em seco, percebendo que esqueci de devolver a aliança para a produtora antes de sair. Tiro-a, trocando de dedo e coloco-a no dedo do meio.
— É só um anel. — Eu pigarro. — Quer dizer, é uma aliança. Eu e Max usamos hoje para fazer algumas fotos e eu esqueci de tirar.
— As coisas parecem que vão ficar interessantes, não? Ma-ri-do. — Maeng sorri de novo, falando pausadamente para me provocar.
Antes que eu tenha tempo de dizer algo para ela, meu celular toca. O rosto alegre de Max pisca na tela, e eu gelo.
Pelo meu olhar Maeng já sabe quem é, essa garota me conhece mais do que qualquer um, até mais que eu mesmo.
— Vou deixar você cuidar do seu homem, preciso resolver algumas coisas na Siam Square.
Maeng sopra um beijinho para mim e sorri descaradamente, saindo pela porta.
Eu atendo o celular.
— O que foi?
— Isso é jeito de atender o seu marido? — Escuto sua risada abafada.
— Sem gracinhas, Max.
— É tão ruim a ideia de casar comigo?
Não, seu idiota. Não é.
— O que você quer? — Digo, fugindo de sua pergunta.
— Acha que vou ter problema com a P'Nui? Eu esqueci de devolver a aliança.
— Também?
— Você também? Menos mal. Se ela brigar comigo vai brigar com você também.
— Babaca. — Eu resmungo — Vou mandar uma mensagem para ela mais tarde e falar que estamos com as alianças. Só não perca a sua.
— Não vou tirá-la do dedo, não tire a sua também. Por agora, estamos casados. — Escuto o sorriso em sua voz, e por dentro eu derreto. — Preciso voltar, meu personal está me chamando. Se cuide.
E ele desliga.
Me deito no sofá e estendo minha mão na frente do meu rosto e encaro a aliança que parece mais prata na luz do sol que entra pela janela da sala.
Estou sorrindo por dentro.
Hoje Max e eu dormiremos conectados um ao outro, através de algo que acabou de adquirir um significado.
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Contos que devem ser contados • MaxTul
FanficCada conto uma história. Fanfic de contos do casal-não-casal Max Nattapol e Tul Pakorn das séries tailandesas Bad Romance e Together with me. Todos os direitos reservados. Essa obra é totalmente fictícia e sem fins lucrativos. Tudo aqui descrito é o...