Na beira do Abismo

O primeiro dia sozinha.

No dia seguinte...
Serena acorda, meio sem saber o que fazer, mas só de acordar sabendo que se livrou daquele peso enorme, já acorda mais livre.
– Bom dia, dia bom! — Serena exclama enquanto se levanta e desce as escadas para tomar seu café da manhã.
– Nem consigo acreditar que consegui me livrar disso tudo, aquele cara é um monstro, como pode alguém ser tão rude? — Pensa Serena.
Quase que imediatamente, enquanto tira seu pão da assadeira, escuta seu celular tocar e vai em busca do aparelho. Ao olhar a tela vê que é sua amiga, Lisa.
– Oieee, sumida, como você está? As coisas estão indo bem? — Pergunta Lisa com animação, porém receio do que Serena responderá.
– Oie, estou bem sim, tenho tanta coisa pra te falar, o que acha de vir aqui em casa hoje? — Serena faz o convite animada.
– Ishhh amiga, hoje nem rola. Meu boy vem aqui pra casa, vamos ter uma noite daquelas... – Responde Lisa num tom malicioso.
– Ah, ok, tudo bem. — Serena responde nada contente.
– Amiga, tenho que ir, liguei para saber se estava bem, mas estou mega atrasada, beijoooos! — Lisa responde já desligando o telefone sem dar oportunidade para Serena responder.
Serena triste por saber que poderia estar fazendo planos com seu namorado, exclama:
– Nossa, hoje o Aaron iria dormir aqui em casa, é tão estranho estar sem ele. — Diz Serena desapontada.
Não vai ser fácil para Serena se acostumar, mas o que ela pode fazer, certo?
Serena continua seu dia e não consegue passar um minuto sem pensar no seu recente ex namorado, está sendo muito difícil para ela, mesmo sabendo que isso tudo foi para seu bem, Serena já havia se acostumado com a forma de viver ao lado de alguém. Não vai ser uma missão tão fácil.
Com o passar do dia, Serena faz suas coisas, finaliza alguns quadros que estava pintando, termina seu livro de romance, vê alguns filmes, mas nada tira Aaron de sua cabeça... A cada minuto que passa ela se sente mais sozinha, com medo de não achar ninguém, pensa em ligar para Aaron mas também pensa nas consequências.
– Eu sabia que ia ser difícil, mas será que vou passar o resto da minha vida me sentindo insuficiente? Será que isso tudo não foi culpa minha? Será que a razão deu estar assim agora, não foi culpa minha como ele sempre dizia? — Serena reflete em voz alta com um tom de indignação e desconfiança.
A noite vai se aproximando, e...