Dona da Floricultura tão bela, mãe da garota sem chão e pessoa coroada à vitória. Quer sorrisos, felicidades, quer mais paixões em seu jardim e quer a felicidade da filha...
A mãe não é de ferro e já caiu muito para chegar onde está. O grisalho que a perpetua é o efeito das quedas dolorosas que a resgataram para a realidade. Um coração nada formidável que já teve muitas paixões, mas que se envolveu só com um homem que morreu sem procrastinação. A mulher nunca foi fã de flores e muito menos de amor, mas sempre soube que os dois eram a salvação para almas perdidas pela dor.
Descobriu cedo que amar é um pecado para poucos, que cultivar é uma dádiva que todos necessitam e anseiam ter. Poucos sabem a importância de colher o que planta, mas esta mulher sabe bem o que isto significa para uma vida farta.
Ela não plantou o que deveria, por isso pagou com dezenas de prestações que ainda estavam sendo cobradas. Seu olhar é vazio, mas enxerga longe e bem, bem, lá em cima, sabe que alguém a espera, sabe que alguém a vigia. Seu rosto muda de direção, o foco passa a ser no plano material.
Observa a garota regando as plantas com o sorriso longe do rosto, se entristece de vê-la daquele jeito, mas desvia o olhar para o caixa promissor...
A menina se aproxima, pergunta que horas são e ela responde que são quatro horas. A garota agradece e diz que vai sair e já volta, a mãe reza para que ela não faça besteira e a garota reza para que não chore mais no caminho.
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Como um Girassol
PoetryNa floricultura há uma garota rodeada de flores... Na vida dela tudo parece estar certo, mas quando o homem do Girassol aparece e a bagunça por inteiro, talvez seja um pouco difícil ir tudo nos conformes...