Capítulo 3

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 Recado da autora: 

Meninas, digam o que estão achando... Deem pitacos, quero ouvir a opinião de vocês depois deste capítulo, e o que imaginam que irá acontecer depois, ou o que gostariam que acontecesse. Beijos carinhosos.

 Beijos carinhosos

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*** Celeste

Cheguei em minha casa me sentindo ridícula ao entrar e depois descer de um táxi, vestida com aquela camisola que fui praticamente obrigada a vestir. Os vizinhos que saiam para trabalhar àquela hora do dia, me olhavam curiosos. Até ontem eu era a mulher certinha e comum, que saia para trabalhar de manhã e voltara à noite, vestida como pessoas normais, com um marido, que aparentemente se parecia a um esposo, quando na verdade não era ninguém além daquele traidor que me fez penar em sua mão, após anos e anos de mentira e engano.

Não tínhamos filhos, mas tínhamos um gato, este ficou comigo. De nossa casa ele só levou uma mala, que fiz questão de arrumar e jogar porta afora de minha casa, após receber um telefonema que confessou tudo, até a quantidade de tempo que estavam juntos, numa vida dupla. Então todos aqueles dias que o miserável passava trabalhando longe de casa, estava na verdade dormindo com outra pessoa, morando praticamente na casa da amante.

Joguei fora todos os nossos retratos, lembranças de um casamento de mentira. Aguentei por muito tempo, eu acredito. Um pouco por causa da herança que iríamos receber. Seu pai, um velho egoísta e milionário, estava à beira da morte. Nunca deu nada aos filhos, ou ajudou com alguma coisa. Gastava muito com prostitutas novinhas, viagens e ostentação. Tudo que eu e o infeliz conseguimos ter na vida foi às custas de nosso suor. Mas agora acabou o sonho de princesa. O velho não morreu enquanto estávamos juntos. Meu ex saiu igual a ele, mulherengo e mentiroso, e estou cansada de suportar isso. Não me importo mais com herança, vou trabalhar até o final de minha existência, para me esquecer de que fui corna a vida toda.

Então me lembrei do babado de ontem à noite...

Que foi aquilo, hein?

Eu não posso acreditar que fui capaz de me abaixar tanto a ponto de mostrar a bunda. Tudo culpa da carência sexual que corroía meus ossos. E aquele idiota não foi capaz sequer de me comer. Tudo bem, que ele era um gato... Mas eu também não sou de se jogar fora. O fato foi que ele também me rejeitou. Mas vou tentar não pensar nisso... Os minutos estão passando, e logo terei que estar na sala do meu trabalhando, olhando para a cara de minhas amigas que devem estar achando que tive uma noitada de sexo. Vou ter que aguentar a gozação. Antes tivesse transado.

O meu carro! Oh meu Deus!!! Eu vou me atrasar para o trabalho. Agora que me lembrei que o carro está estragado. Onde mesmo? Não lembro. Na verdade, eu nem sei onde estávamos ontem. Eu não posso acreditar que terei que falar com o bonitão convencido de ontem, e ser ridícula o suficiente para perguntar onde mesmo nós deixamos o meu carro. Eu não estou acreditando que terei que passar por mais esta.

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