Capítulo 18

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Keka, Zion e Gertrudes

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Keka, Zion e Gertrudes

*Keka

Finalmente consegui cumprir com meus objetivos. Em dados momentos, meu coração partiu por expô-la tanto, mas jamais me calaria diante de tantas injustiças, inclusive a mim, que fui uma das atingidas. Ainda gosto dela, mas sei que é aquele gostar enganado, pela parte que eu mesma inventei em minha mente. Helô nunca fora ninguém além do que foi apresentado. Aquele jeito quieto, sempre na dela, tinha algo por trás. Hoje me peço desculpas por ter me envolvido com uma personagem. Infelizmente eu acreditei que ela seria a pessoa que me faria feliz. Saí da casa de Eduardo, cabisbaixa. Não me sentia feliz naquele momento, mas me senti muito pior durante todo esse tempo em que fui julgada da pior forma por minhas amigas.

Após cruzar o portão da casa de Eduardo, ele tocou em meu braço, me fazendo parar.

− Por que não me disse antes? Eu não sabia do falso casamento... Não sou tão cafajeste assim, sempre quis preservá-la, com receio de que seu marido soubesse do que aconteceu no passado. – quis saber.

− Eu não o contei, pelo mesmo motivo que eu disse para todos, não poderia atrapalhar minhas investigações.

− E suportou tudo isso sozinha?

Eu o abracei. Este era um dos motivos pelos quais gostava muito dele, mesmo e apesar de seus tantos defeitos.

− Desculpa, Dudu... Estava trabalhando a favor de todos nós.

− Ei... – disse ele ao me ver indo para o carro.

− O que vai fazer ainda hoje?

− Dormir. Estou exausta.

− Poderíamos amanhã... sei lá... ir ao cinema.

Eu ri alto. Jamais esperei ouvir Eduardo dizer que desejaria ir ao cinema com alguém.

− Quem sabe... Amanhã é a despedida de solteira da Gertrudes. Não sei se ela irá me convidar, mas deixarei esse dia reservado para ela, caso me chame.

− Ei... Eu te admiro cada vez mais. Você é uma mulher foda.

Pisquei o olho para ele, e entrei em meu carro.

*Zion

Eu a levei para o pronto-socorro e a aguardei, até a liberarem. Fiquei pensando em minha vida, e no quanto eu sou louco por essa mulher. Senti medo de perdê-la, se a faca tivesse acertado em outro lugar, ela poderia não estar aqui. Isso fazia com que o meu coração doesse a cada vez que eu me imaginava sem ela. Mas por amor a mim, e em consideração as feridas que cicatrizaram, e por aquelas que ainda doem, eu não vou me prestar a pensar mais no quanto poderia ser, se agora não é mais...

Quando a vi saindo pela porta do pronto-socorro era como se o céu inteiro se abrisse de novo dentro de mim. Eu sou um cara triste sem ela. Me levantei e fui ao seu encontro. Eu sorria, mesmo sabendo que aquele não era o momento. Ela ficou sem jeito, pois esperava a pior das hipóteses em relação a mim.

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