Contratempos

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Alguns dias depois Fernanda teve alta, mas Rick está preocupado, disse que ela não está bem e que foi feito indicação para ela procurar um profissional, Psicólogo.
Carol está começando a se sentir melhor, já não preciso ir em casa dar almoço para ela, mais ainda esta com o olho azulado, a boca já desinchou a costela ainda doi, hoje ela volta para o apartamento dela, eu não acho seguro, mas ela insiste em ir sozinha, pedi que me avisasse assim que chegasse, e fiquei aliviada quando ela ligou.
Envio uma mensagem a ele avisando que Carol voltou ao apartamento dela, desde que Carol veio para cá, só nos vemos na faculdade. Imediatamente ele responde dizendo que quando acabar o plantão vem para cá, depois que termino meus estudos preparo o jantar, janto e deixo o dele na mesa com um bilhete.

Acordo com ele me abraçando, e sussurrando alguma coisa no meu ouvido, estou tão cansada que não acordo apenas deixo meu corpo ser aquecido pelo dele.

Estou sendo seguida a algo segura na minha perna me derrubando, caio e sinto uma enorme pressão no meu pescoço, tento gritar mais não consigo, minha respiração falha...

-acorda...baby acorda.

Escuto a voz dele e acordo assustada e aliviada por conseguir respirar, meu corpo todo treme e meu coração está acelerado.
-eu...Eu preciso ligar para Carol...

Pego meu celular e ligo para ela. Fico aliviada ao ouvi-la!
-você está bem?
-o que houve? Tá acontecendo alguma coisa?
-só quero saber se esta bem!
-estou melhor, mas ficarei em casa mais alguns dias...
-posso passar aí depois do estagio?
-claro! Ainda tem sua chave?

Fico sem graça quando ela me faz essa pergunta.
-sim tenho!
-nos vemos mais tarde.

Volto para o quarto onde ele está se arrumando.
-tudo bem?
-parece que sim...
Sento na cama.
-quer conversar sobre seu pesadelo?
-foi muito real, alguém me perseguia e conseguiu me pegar e me sufocou!

Ele me olha surpreso e se senta ao meu lado.
-você está armazenando muitas coisas, minha irmã sua amiga, tente relaxar , foi somente um pesadelo.

Tomamos café e vamos para faculdade no caminho tento me lembrar de mais algum detalhe do pesadelo, mas não consigo, nem percebo que ele já estacionou.
Toca meu rosto me trazendo para realidade.
-ei. ..lembra o que disse?
-sim!
-hoje irei almoçar na minha mãe, vai ficar bem?
-sim, de um beijo nelas.
Saímos do carro e caminhamos de mãos dadas e nos separamos cada um partiu para seu prédio.
Estou tendo aula com Miguel que está frio e grosso, nunca o vi assim, esta dando esporro na turma , reclamando a falta de interesse na matéria.

Estou na sala dele trabalhando e Carol está muda, não respondeu ao meu cumprimento, alguém bate na porta e levanto.
-Oi. ..

Uma menina está parada na porta.
-O professor Miguel me disse que podia me ajudar.

Ela me entrega um trabalho e reconheço minha correção.
-claro, entra.
Indico onde ela deve se sentar e retiro as folhas que estão sobre a mesa e olho o trabalho dela, e começo auxiliando ela tirando suas dúvidas, não demoramos mais que uma hora, fiz alguns exercícios com ela para ter certeza que entendeu.
-Obrigada Izabella, me salvou!
-sem problemas! Qualquer dúvida volte.
-posso mesmo?
-claro!
Levo ela até a porta e volto às correções. Percebo Camila me observar.
-algum problema Camila?
-você ajuda uma estranha, mas se recusa a me ajudar, qual é o problema comigo?

Sério que tenho que explicar para ela? Hoje não deveria ter saído de casa!
-não tenho nenhum problema com você, somente acredito que se o Miguel te selecionou é porque viu que tinha capacidade para tal função!
-você está certa! Eu que me vire né! Obrigada colega!

Ela se levanta pega suas coisas e coloca os trabalhos corrigidos sobre a mesa dele e sai batendo a porta.

Estou indo para o apartamento da Carol, paro no mercado no caminho e compro pães e pasta para lancharmos, entro no apartamento dela e a encontro sentada no sofá.
-demorou?
-tive um contratempo!
Coloco as coisas sobre o balcão da cozinha e vou até ela.
-como se sente?
-ainda com dor, mas já melhorou bastante.
-que bom! Em breve estará ótima!
-quer dizer que conseguiu o estágio?
-sim...Mas já estou tendo problemas com minha colega de estagio...
-quer falar sobre isso?
-não, quero falar sobre você! Não acho seguro você continuar morando aqui!

io e te per sempreOnde histórias criam vida. Descubra agora