"O queixo dele é torto"

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- O quê? - o moreno o olhou sem entender.
- Eu disse que quero ver seus olhos - Malia disse olhando para ele.

Ele continuou a olhando como se cogitasse a ideia de tirar os óculos.
Com essa indecisão, fez ela ficar impaciente.

-Qual é, você não tá com medo de eu furar seus olhos com as minhas unhas né?-perguntou sarcástica.

Ele ficou em silêncio, levantou a mão como se fosse tirar os óculos mas se deteve a deixando confusa. Então ele sorriu, com os dentes perolados a mostra fazendo com que ela se concentrasse no modo diferente do seu sorriso.
-Você sempre vai de óculos escuros no seu primeiro dia de trabalho, ou é só hoje? - perguntou sarcástica e impaciente.
-A claridade desse lugar machuca meus olhos - falou a olhando desafiando como se ela tivesse uma resposta praquilo.
Sorte do McCall é que Malia não conseguiu ver seu olhar desafiador, porquê se têm uma coisa que Malia odiava é quando a desafiavam(coitado do diretor Harrison)

- Até por que, é meu primeiro dia de trabalho e preciso causar uma boa impressão.

- Seria ótimo enfiar minhas unhas nos seus olhos  ela- falou olhando diretamente para o psicólogo imaginando tal cena.

A resposta provocou um sorriso de lado do psicólogo, deixando o rosto dele diferente.

"O que é diferente nele"? Malia se perguntou olhando para seu rosto procurando uma falha, e então se deparou com o queixo do psicólogo. O sorriso deixava a mandíbula torta, Malia nunca viu alguém com uma falha tão bonita no rosto. 
Ele estava falando alguma coisa, mas ela não estava prestando atenção, de repente ela ergueu a mão e tocou no rosto do psicólogo, fazendo com que ele se assustasse.
-Seu queixo é torto.

Foi o que a garota disse olhando para o seu rosto enquanto estava com as duas mãos nele. Já Scott a encarava abobalhado"Será que era assim, que ela matava os seus antigos psicólogos?". Mas a dúvida se foi quando ela tirou suas mãos do seu rosto do mesmo jeito que havia colocado: rudemente.

- Gostei - disse dando um sorriso
e deixando o moreno desconfortável - os meus antigos psicólogos eram feios e mulheres gordas e chatas, não eram como você.

- Como...eu?

- É, não eram gostosos como você - disse descaradamente normal e impaciente.

Olhou  e concluiu com um sorriso.
- É, acho que não vou te matar.

Scott a olhou confuso para a morena a sua frente e soltou um sorriso tímido.
-  Que bom.

E ficaram nesse clima, quer dizer, ele ficou, ela não.
Ela o observava e o estudava de perto. Já ele estava constrangido com os seus olhares indiscretos.
- Então, como eu disse, eu me chamo Scott McCall e...
-O QUÊ?
A pergunta o assustou. A garota o olhou pela primeira vez incrédula e assustada.
- "O Scott McCall!?"

-Hã, é!?

- Você é o Scott McCall? McCall!? Tem certeza?

Agora Scott não estava entendendo mais nada, a olhou confuso e para seu espanto a garota começou a rir.

-Entendi, você veio se vingar né?
- Oi
- Agora entendi tudo hahahahhahahaahhaah...

Scott se sentia perdido e então fechou os olhos e começou a se lembrar do que havia estudado na psicologia.
A olhou decidido, se recompôs e pegou a prancheta.

-Me conte sobre você Malia.

A garota ainda estava rindo, mas parou assim que ouviu ele falando com ela.

- Então, não vai querer me matar?
Ele a olhou calmo, a deixando desconfiada.

- Por quê eu iria fazer isso? Você precisa de ajuda e eu estou aqui pra isso.

-Nao preciso de ajuda, e além disso quando eu sair daqui e matar todas as pessoas desse inferno, elas vão me agradecer. Você, eu nunca percebi muito de perto a sua mandíbula "esquisita," mas acho que vou fazer o favor de te matar também.

Scott riu debochado e desafiador.
- Você nunca vai sair daqui, simplesmente porquê está condenada a passar metade da sua vida aqui.

Malia o fuzilou com os olhos e de repente o castanho dos seu olhos ficaram um marrom-chocolate para marrom-escuro.

Ele não se importou, mas nem desconfiou o que se passava na cabeça da garota, mil ideias de como matá-lo.

- Meu turno acabou, até amanhã - ele olhou a ficha dela e olhou com um sorriso debochado - coyote.

Aquilo a fez ranger os dentes de ódio, mas se conteve apenas e o encarou.

- Então, como foi a sua sessão? - Stiles perguntou vendo a sua expressão neutra.

Ela olhou para frente e imaginou rasgando a pele do McCall com as próprias unhas e soltou um sorriso.

Psycopath Obsessive( PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora