Plano

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Noah observava pelo vidro de proteção a sessão do McCall e Malia. Esperava uma reação bruta ou violenta da parte dela, mas a garota estava estranhamente interessada no que Scott falava e até conversava pacificamente. 

Sorriu orgulhoso, pegou a ficha de Scott e assinou. Porém se deteve, será que Scott queria aquilo? Bom, se ele estava ali é porque ele já estava pronto.

-E então? Como fui?- McCall acabara de entrar fechando a porta.

Noah ergueu as sobrancelhas.
-Sinceramente?Ela nunca agiu assim antes, parece um progresso mesmo quando matou aquele magricelo do Harrison - resmungou - Já temos o vídeo do que aconteceu na hora em que ela o matou, por isso não vai ser deportada ou presa...de novo.

- Sério? - Scott olhou curioso para o homem a sua frente - eu posso ver?

Noah ergueu uma sobrancelha diante daquele comentário.
- Preciso saber mais sobre ela, inclusive sobre o assasinato que ela causou recentemente - era para McCall estar assustado? Quando se trabalha por meio período numa delegacia você aprende a se acostumar com tragédias desse tipo.

- Scott, como diretor eu não tenho autorização pra isso.

Scott fez uma expressão decepcionada.
- Mas como Noah Stilinski e seu mentor, eu posso fazer isso, feche a porta por favor.

Scott abriu um sorriso e obedeceu.
- Parrish, venha até a minha sala - Noah falou pelo interfone.

Minutos depois Parrish chega afobado.
-Me chamou senhor?
- Sim ,precisamos do vídeo que você gravou.

Parrish olha em dúvida para Scott e para Noah.
- Scott vai ficar, ele é o psicólogo da garota e tem o direito de ver também.
- Ok - parrish balbuciou e em seguida foi em direção ao computador e ligou.
Scott se aproximou e encarou a tela.
Parrish achou arquivos e clicou no vídeo.
- Se a família ou outra pessoa se opuser ao caso da Malia, a gente mostra o vídeo.
Scott não entendeu, Parrish apontou para o vídeo que aparecia na tela do computador.
Mostrava a garota de pernas cruzadas e com uma expressão de tédio no rosto, e em seguida o diretor Harrison abre a porta da sala em que a garota estava, Malia o olha com tédio e desinteresse. De repente, o homem começa a ir em sua direção com um sorriso malicioso, Scott imediatamente entendeu o que estava acontecendo.
"Ele queria abusar dela"
Scott olhou para Malia buscando alguma reação dela, mas para sua surpresa a garota continuou com uma expressão fechada e intediante. O homem avançou e começou a acariciar a perna da garota e ainda com o sorriso presunçoso. Scott se perguntou se ela estava gostando daquilo, pois não esboçou nenhuma reação. De repente, ela abriu as pernas e deu um sorriso de lado, Scott percebeu a sua intenção, mas para o diretor infelizmente ele achou que ela estava dando uma brecha pra ele.
Assim que Harrison pousou a mão entre as pernas dela, Malia fechou as pernas brutalmente fazendo com que a mão direita do diretor prendesse e quebrasse, soltando um urro de dor. E apertou a mão esquerda no pescoço do diretor enquanto com a direita enfiava algo no pescoço do diretor e sangue escorria pelos seu dedos e iam cair no seu rosto enquanto sorria macabramente, o diretor não conseguia gritar por que a garota apertava sua garganta sufocando-o. E foi assim até ele não se debater mais, ela se levantou olhou para o corpo  e ia saindo, mas parou quando percebeu uma coisa, estava sendo vigiada.
Ela girou os calcanhares, e olhou devagar para a câmera e a câmera conseguiu focar na visão medonha.
A garota suja de sangue dos pés a cabeça, com um sorriso assustador e com o estranho objeto que matou o diretor. Ela olhou para a câmera como se pedisse desculpas (embora Scott sabia que ela não estava fazendo isso) e jogou o objeto numa velocidade que assustou o psicólogo e o secretário Parrish.
O vídeo parou, e Parrish respirou pesadamente:
- Não importa quantas vezes eu vou ver isso, essa parte sempre vai me assustar.
- Foi legítima defesa.
Noah e Parrish o encararam.
- Ela não queria, mas ele deu a entender que queria abusar dela, e ela se defendeu. Mas é claro, ela é perigosa realmente.
- Scott, o caso é seu. O outro psicólogo desistiu assim que soube do diretor Harrison. Mas tem certeza de que vai querer assumir isso?
- Obrigado pela oportunidade senhor Stilinski, mas é  o único jeito de eu - scott olhou com o canto do olho para Parrish, que escutava atentamente e prosseguiu -conseguir chegar até Lydia.
Noah suspirou e afirmou:
- Se o seu pai vir aqui, me falar sobre deixar o filho dele com pessoas como ela, é capaz de ele tirar meu emprego novamente. Não que eu tenha medo.
- Ele não vai.
- Bom, bem vindo a Echo House, oficialmente - Noah disse com um sorriso forçado e sofrido.
Scott riu, pegou as suas coisas e saiu.
- Senhor, eu trouxe uma notícia boa ou ruim para o senhor - Parrish disse.
- Por que não disse antes?
- Não podemos ainda contar aos outros, precisamos do apoio do conselho.
- E o que é, fale logo.
Jordan parrish o olhou e entregou os papéis.
Noah leu e riu é uma ótima notícia.
-Scott quer tira Lydia daqui, e esse é o melhor jeito. Me conte mais sobre isso.

Psycopath Obsessive( PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora