Psycopath Obsessive( PAUSADA)

"Olhos Castanhos"

Scott ficou parado olhando atônito para a garota na sua frente. Ainda cogitando a conversa que teve.

Em um misto de coragem, ele se aproximou ficando a 1cm da garota, ela nem sequer recuou, só ergueu as duas sobrancelhas como se perguntasse o que diabos ele estava fazendo.
- Então vem tirar- falou com a voz rouca provocando um arrepio na assassina.
Ela olhou surpresa e deu um sorriso, como se tivesse matado alguém importante. Ergueu as duas mãos no rosto do psicólogo e tirou os óculos pretos.
Ela suspirou, ele tinha olhos castanhos escuros e até mesmo sexy. Lídia tinha razão, os olhos do McCall eram latinos, eram puxados, isso só o fazia ser mais irresistível aos seus olhos.
-  São lindos!
A resposta fez McCall piscar, ela tinha acabado de elogia-lo?
- Hã, obrigado eu acho.
- Não sei porque você esconde, o que é bonito tem que ser mostrado- resmungou.
Ele desviou o olhar e se afastou um pouco envergonhado.
- No incêndio, eu fiquei preso num quarto, havia muita fumaça e...era muito ruim de ver, a claridade do fogo era como...o sol de tão quente e eu acabei desenvolvendo um trauma.

Ela o olhava atentamente, até mais atentamente ainda se fosse possível, causando desconforto no Scott. Ele se lembrou da ameaça da garota sobre olhar nos olhos antes de mata-lo, mas constatou que se fosse por isso ela já teria feito.
- Me levaram para o hospital e descobriram que por causa da fumaça a minha visão ficou prejudicada, por meio das faíscas do fogo e o trauma só ajudou mais a me esconder nos óculos escuros.
Ele se calou ainda com os olhos no chão e sentiu aquele habitual desconforto. Ergueu a mão em direção aos óculos mas ela puxou os óculos e deu um sorriso de lado:
- Você fica mais sexy assim McCall.

Scott novamente ouviu seu nome sair sexy da boca dela.
Antes de pensar em responder, a porta se abre brutalmente e dois seguranças e Noah Stilinski entram afobados, mas param assim que vem a cena:
O psicólogo e a paciente próximos sem nem mesmo algum sinal de luta.
Scott se afasta rapidamente e finge uma tosse:
- Hã, algum problema?

Os seguranças se entreolham enquanto Noah observa a cena dos dois e reflete do por quê a garota estava naquela posição.
- Hã, na... não s-senhor. É só que a camera de vídeo desta sala está quebrado e o senhor não pode continuar sua sessão aqui.
Scott finge indignação e olha para a garota:
- Tudo bem, continuaremos em outra hora.

- Theo, se vou mesmo ter que te aguentar aqui, será que dá pra você ao menos parar de rezar?- resmungou.
- Não é minha culpa se você quase nos matou passando naquele sinal vermelho e...JESUS MARIA JOSE, VOCÊ QUASE ATROPELOU UMA IDOSA!

Cora revirou os olhos, não tinha agentes sobrando, era só ela e Theo, então teria que aguenta-lo.
- Sério Cora, eu tô quase pulando fora desse carro e ir mesmo a pé.

- Você ouviu a chamada, a garota estava desesperada no telefone, precisamos ir só pra ver se é mesmo trote ou não.

- Hummm, você sabe ao menos o endereço? É que esse lugar é um pouco...afastado da civilização- disse olhando receoso para a janela do carro onde via agora só árvores e matos.

- Chegamos- disse recostando o carro em frente a um casarão abandonado e velho- casa abandonada perto da floresta número 666.

- Tá repreendido, eu é que não vou entrar aí, olha só o número- gemeu.
- Ok, vou sozinha então.

- Cora, Cora peraì. Garota teimosa- resmungou quando viu a garota saindo do carro batendo a porta com força.

Cora bateu na porta e observou de perto a casa.
Pra ser velha ela tinha que ser uma coisa que nunca foi: nova.
Era decrépita e caindo os pedaços.

Cora sentiu um tremor no corpo, não gostava da sensação que aquela casa dava a ela. Se perguntou se era possível alguém morar ali, deu um passo e bateu mais forte dessa vez.
Theo chegou esbaforiado e se pôs ao seu lado.
A porta se abre e um homem alto e loiro de lindos olhos azuis surge a sua frente.
- Posso ajudar?- perguntou dando um sorriso tímido e sexy.
Theo não gostou nem um pouco do cara.
- Hã, é... Recebemos uma., denúncia de sequestro e tentativa de assassinato contra uma garota, ela ligou para a sede da polícia- Cora gaguejou diante daquele deus grego a sua frente enquanto Theo semicerrou os olhos para ela.
Ele fez um expressão preocupado e perguntou:
- Eu comprei isso recentemente, tem certeza que é aqui?
- Você acha que nos enganamos?- Theo o olhou ameacador.
Ele olhou para Cora e se desculpou ignorando o policial:
- Eu não disse isso, é que nenhuma pessoa passa por esses arredores. Mas se quiser pode entrar e dar uma olhada- disse dando um sorriso tímido.
- Mas é claro...
- Que não, não sabemos o que tem aí-theo disse com firmeza pegando no braço da agente a fazendo lhe lançar um olhar assassino.
- Eu estou sozinho, mas se quiser eu espero ligarem para o resto...
- Não precisa, nós dois  vamos fazer isso- disse lançando um olhar intimidador para o agente do seu lado.
Theo tirou a mão relutante e percebeu o sorriso de escárnio sair da boca do loiro.
Cora percorreu toda a casa acompanhada de Theo e do loiro.
- Como é mesmo o seu nome?- perguntou assim que se lembrou.
- Isacc Lahey.
Theo olhou semicerrando os olhos:
- Lahey?
Ele assentiu concordando.
Theo o olhou como se quisesse provocá-lo. " Então ele que era o tal do loiro idiota que roubou a namorada do Scott, hein" mais um motivo pra odia-lo.
- Me chamo Theo Raeken ou Theo McCall- falou erguendo a mão para cumprimentá-lo com um olhar ameaçador que não passou despercebido por Cora ao perceber que ele estava usando os dois sobrenomes o que não era muito comum.
- Não sabia que Scott tinha irmão- falou debochado o cumprimentando.

- Eu não sabia que o cara que roubou a namorada dele ainda estava vivo depois de tanta pancada.

Isacc retirou a mão rapidamente com um olhar assassino nos olhos.
Cora não estava entendendo mais nada, mas preferiu perguntar depois.

No carro

- O que foi AQUILO?- exigiu para o moreno assim que chegaram no carro.
Desta vez ele se prontificou a dirigir, calado e sério sem piadinhas fazendo a garota se perguntar o que diabos aconteceu.
- Só um velho inimigo do Scott, ou seja que ele é meu também.
Cora olhou surpresa, nunca percebeu que Theo era assim como ela... protetor com alguém da família assim como ela era com a sua irmã; Malia.
Não gostava quando as pessoas se referiam a ela como irmã de uma assassina, sabia que não era culpa da Malia e sim dele...seu pai Peter Hale.
- Então foi trote - conclui ela olhando para frente.
Ele estava pensativo sobre a ligação que a garota deu, estava"desesperada" demais só pra ser um trote.
- Não sei, tem alguma coisa aí, e eu vou descobrir-pensou alto.
- O quê?
- Que você tem razão...foi só um trote.