V- A luz vermelha.

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Estranho sentimento o ciúme, ele vem do nada no momento em que menos esperamos e na hora que vem de uma forma tão intensa, intensa e... Confusa. Quero dizer, na minha opinião o ciúme é uma mistura de amor e ódio. O fato é que o melhor sentimento que me fez fazer o que fiz foi o ciúme.

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Estavamos andando, ela e eu não havia muito oque conversar, ainda pensava no mergulho que eu havia dado, nunca teria feito algo assim sem ela... Era incrível o jeito que ela me fazia viver.

Chegamos numa estrada, nunca havia imaginado um lugar daquele. Ao longe pude avistar uma outra fonte de luz, era semelhante a de Yoni, mas era mais fraca.

Tanto eu e Yoni nos entre-olhamos, nos comunicamos pelo olhar como se dissemos um para o outro:
"O que é isso?"
Deixei o pensamento e então veio a fala.

- Está vendo?-perguntei.

-Estou, o que será que tem dentro?- me respondeu.

-Não faço idéia.

Não falamos mais nada. Num piscar de olhos, já estavamos na frente da luz, que parecia estar contida numa caixa maior que eu e Yoni, junto ( hoje sei que é uma casa)

Gritamos:
-Olá tem alguém ai?

Depois de gritarmos por um longo período de tempo surgiu algo que eu nunca imaginaria, surgiu um outro alguém parecido conosco.
Sua luz era muito fraca, comparada a de Yoni, mas ainda assim era de uma cor linda vermelha. Seu rosto era completamente liso, ele possuía olhos tão vermelhos quanto a sua luz, sinceramente jamais imaginaria tal coisa.

Depois de nos olhar de cima em baixo disse:

- Quem são vocês?

- Não sabemos exatamente, mas estamos inteiramente cansados de nossa longa jornada.

O que era uma tremenda verdade, embora eu nunca tenha dito isso a Yoni, eu estava completamente exausto, não sei bem o porque de esconder isso dela, talvez fosse porque eu estava com medo de ela me achar fraco e me abandonar... Não sei.

-Será que poderíamos descansar aqui?-perguntei.

Outra vez ele nos olhou de cima a baixo, parecia que estava nos julgando, de certa forma isso me enfureceu.

-Claro-respondeu por fim.

Entramos.

E na minha mente eu o apelidei de "Barão", não sei bem o "por que", mas até que lhe caiu bem.

Diário de uma sombra, nas sombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora