CAPÍTULO 1°

22K 865 302
                                    

*O LIVRO FICARÁ DISPONÍVEL NA PLATAFORMA ATÉ DIA 14/09/2022.
APÓS ESSA DATA A OBRA SERÁ MIGRADA.*

Pilar.

Desde que eu era uma garotinha minha mãe sempre foi uma grande inspiração pra mim. Me lembro bem nas raras vezes que ela me levava na delegacia e mesmo eu odiando aquele perigoso e tumultuado mundo eu adorava, apenas pra ficar um pouco mais próxima a ela.

A minha família é a minha base. Nós vivemos em pé de guerra e brigamos diariamente, mas eu realmente não saberia o que fazer da vida sem ter minha mãe, meu pai e até mesmo o meu irmão Arthur. Cada membro da minha família e totalmente essencial pra minha vida. a minha mãe tem um temperamento forte e estourado, mas no fundo ela é a pessoa mais amável e protetora do mundo. O meu pai tem o seu jeito sério e reservado, mas com certeza ele é o homem mais carinhoso do mundo e ama e protege a nossa família como ninguém. Já o chato do Arthur eu sou obrigada a aturar como irmã mais velha.

Cá estou eu deitada em minha cama usando o travesseiro como tapa ouvidos e ouvindo o som chato e estridente do despertador. Na verdade ele já tocou umas dez vezes de meia hora pra cá, mas eu não tive ao menos coragem de me mover na cama para o desativar.

- PILAR VOCÊ ESTÁ SURDA?- o grito da minha mãe fez o meu corpo pular na cama e a minha mente acordar naquele mesmo segundo.

Eu me sentei na cama ainda sentindo um soninho gostoso e aquela preguiça rotineira de segunda feira. A minha vontade é de ficar deitada nessa cama até o meio dia, mas eu tenho certeza que se eu não levantar agora minha mãe irá invadir o meu quarto e arrancar a minha pele.

Dona Patrícia Villela é osso duro de roer. Se as coisa não saem como programado ela é capaz de perder a língua de tanto falar.

Me levanto da cama espreguiçando e passo as mão pelos olhos em busca de afastar aquele sono maldito. Calço os meus chinelos e vou direto para o meu banheiro. Eu tento exatamente quinze minutos para estar pronta na mesa no café da manhã, então eu tomei um banho rápido e bem gelado pra acordar de uma vez e saí indo para o meu closet para me trocar e terminar de me arrumar.

Eu me vesti com a calça de moleton mais larga e confortável que havia em meu closet, coloquei uma camiseta branca de alcinha e pano fino e por fim calcei o meu Adidas favorito.

Depois de me trocar eu voltei para o banheiro lavei o meu rosto, escovei os dentes e soltei os cabelos os deixando bagunçados mesmo. Eu sou a pessoa mais preguiçosa do mundo no quesito sair arrumada pela manhã, então todos já estão acostumada a me ver com a cara limpa e amassada e com uma roupa simples e muito confortável.

Saio do meu banheiro e vou direto para a escrivaninha que há no meu quarto e término de organizar o meu material da faculdade. Eu curso pedagogia e estou no meu terceiro período do curso.

Escolher uma área pra estudar e seguir uma carreira sempre foi uma decisão muito fácil pra mim. Eu sempre fui de colocar uma ideia na cabeça e não sossegar até conseguir alcançar os meus objetivos.

Eu sempre adorei ajudar as pessoas de alguma forma e sempre fui voluntária em lares carentes, creches e orfanatos e eu acabei me envolvendo com aquele mundo e com crianças. Eu poderia sim seguir uma área muito rentável e não tão estressante, mas eu não seria eu se eu seguisse uma profissão que eu não amo de verdade. Eu quero ser professora em comunidades carentes e poder mostrar pra essas crianças que elas têm escolhas na vida. Eu quero que elas tenham educação de qualidade e tenham a mesma oportunidade que qualquer filhinho de papai de escola particular.

Saio do meu quarto com tudo já pronto e organizado e desço as escadas indo direto para a sala de jantar. Quando eu entrei minha família já estava tomando café e eu como sempre fui a última a chegar.

A Filha Do Juiz (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora