A culpa é da bola - Eduardo Salvio e Franco Cervi

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Eva Sousa

Rola a bola no grandioso estádio da Luz.
O ambiente está incrível.
Milhares de vozes a gritar pelos seus clubes. O nome que mais se ouve é "Benfica".
Os cânticos de apoio ao glorioso oivem-se em todo o estádio.

Os minutos vão passando. O jogo está intenso. Há perigo para as duas balizas, mas o Benfica parece estar por cima em diversas situações.

O problema vem num momento de distração da defesa benfiquista. Aos 40 minutos de jogo. Permitem a entrar de um jogador do Sporting na nossa área, Bruno Fernandes.
Os defesas tentam resolver, mas o português consegue ganhar espaço e remate abrindo o marcador.
Fica, então 0-1 para o Sporting.

A minha reação foi suspirar e tapar os olhos. Não quero acreditar, mas está a acontecer.
Ainda fiquei de lágrimas nos olhos, mas contive-me e lembrei-me que é possível ganhar. O jogo ainda tem uma segunda parte.

Olho para a rapariga que está ao meu lado e vejo que ela também ficou assustada.

Diana: Acreditas? _ olha também para mim e abre um pequeno sorriso.

- Sempre! _ sorri-lhe também.

O intervalo chega e passa bastante rápido.
Quando damos por nós os jogadores voltam ao campo e assumem as suas posições.
O árbitro apita e a bola rola novamente.

Eu e a Diana conversámos durante o intervalo sobre aquelas coisas básicas quando conhecemos alguém.

Agora só espero que aqueles jogadores de vermelho façam o que sabem fazer melhor.

O desespero aumenta a cada minuto que passa. É quase inevitável.
Consigo vê-los a esforçarem-se tanto, mas a bola parece não querer entrar.

Aos 75 minutos o Cervi tem a bola nos pés e corre no corredor central até que é travado em falta por um jogador do Sporting. É uma falta dura e que nos dá direito a um livre.

A Diana levantou-se logo por causa do Cervi já que ele é o jogador que ela mais gosta.

Já estão todos posicionados para a marcação do livre. Quem vai bater é o Grimaldo e espero que ele faça aquilo que fez contra a Juventus.

O árbitro apita. O Grimaldo parece respirar fundo e depois bate a bola.
Golooo! É golo! O Grimaldo marcou de livre direto.
É o empate para o Benfica. Incrível!!

Eu, a Diana e praticamente todo o estádio levantamos-nos e festejamos.
Saltamos, gritamos, nem sei.

- Só mais um!!

Diana: Bora!! _ olhamos uma para a outra, mas desta vez os sorrisos são enormes.

O tempo vai passando e os nossos jogadores fazem de tudo para impedir a passagem da bola para a nossa área, fazem de tudo para marcar.

Quase ao cair do pano, aos 90 minutos, o André Almeida passa a bola ao Salvio que corre o mais que pode e ganha espaço, por isso remata.
Todos olham atentamente a trajetória da bola e... ela bate no fundo da baliza. É golo do Benfica!
É golo do meu Salvio!
Que orgulho!!

- O meu ídolo!! _ viro-me para a Diana e a felicidade é tanta que até nos abraçamos.

Diana: Vamos ganhar!!

Depois de 3 minutos de compensação, o árbitro apita e chega assim o fim da partida.

Todos festejam a vitória do Benfica. Os jogadores, a equipa técnica, o mister, os adeptos.
Que jogo intenso. Que jogo bom.
Que orgulho do Salvio e de todos!! Que orgulho do Benfica!!

- Bia ❤

Diana Marinho

-Uou isto é que foi um jogo cheio de emoções. _comentou com um sorriso mal saimos juntas do estádio.

Eva: Nem me digas nada, achei que me ia dar alguma coisa.

-Que me dizes de um jantar de comemoração? McDonald's ou assim.

Eva: Convenceste-me com o McDonald's. _sorriu

-Vieste de carro?

Eva: Não, vim de uber.
Eu chamo um, chega depressa.

-Não é preciso, então? _levantei a mão balançando as chaves do meu carro.

Ela sorriu, acabou por concordar e entrar no lugar do passageiro, entrei no do condutor.
Não sei porquê mas sinto que ainda vamos ser grandes amigas.
Deixei-a escolher a música e tenho a dizer que adorei!

-Como é que sabias que essa é a minha favorita?

Eva: Todos gostam desta música.

Como ja sabia o caminho para o Mc de cor nem liguei o GPS, fomos toda a viagem a cantar, aos berros e a rir imenso.
Às vezes até via pelo vidro algumas pessoas a olhar com cara feia mas quem se importa?

Eva: É ali não é? _aponta com a cabeça para o estabelecimento à minha frente.

-Sim! Tivemos sorte, até nem está muito cheio.

Estacionei o carro no estacionamento mais próximo da entrada, escondi a mala junto aos pedais tirando apenas o telemóvel e a carteira.
Quando a Eva saiu tranquei o carro e apressei-me a alcançá-la, já que ela tinha ido primeiro.

Eva: Comes o quê?

-Mc chicken, mas porquê?

Eva: Eu peço para ti, vai guardando a mesa.

Entreguei-lhe o dinheiro necessário para pagar o meu menu e fui em direção a uma das mesas, escolhi uma normal, daquelas com um "sofá" bege de cada lado.
Desbloqueio o meu telemóvel e respondo a algumas mensagens do meu pai, claro que gozo um pouco com ele.
Conversei um bocadinho com o Rafael, o meu irmão também sportinguista, que por sinal estava super aziado.
Passei mais alguem tempo no Twitter até a Eva chegar à mesa com dois tabuleiros.

-Obrigada _agradeci sorrindo.

Eva: Estavas a fazer alguma coisa importante? _perguntou talvez por me ter visto guardar o telemóvel rapidamente

-Não! Não mesmo. Só estou mesmo cheia de fome.

Eva: Achas que podemos trocar os números? Gostei muito da tua companhia, não tenho muitos amigos e tu pareces-me boa pessoa.

-Claro que podemos! _sorrio_ dás-me o teu telemóvel?

Eva: Toma _retira o aparelho do bolso e entrega-mo.

Vou até à sua lista e contactos, escrevo o meu número e deixo o lugar do nome livre.

-Eu depois mando-te mensagem _entrego-lhe o aparelho. A Eva escreve alguma coisa, provavelmente o nome do contacto, e volta a guardar o telemóvel.

Quando terminamos o jantar ficamos mais um tempinho lá a conversar, mas ja estava a ficar tarde.
Levei-a a casa e segui para a minha, estou de rastos.
Mal estaciono o carro salto para dentro de casa, corro até à casa de banho do meu quarto onde tomo um duche rápido (um duche rápidos de 1 hora :) ou mais).
Vesti uma roupa interior lavada, uma camisola bem comprida do clube da minha terra (e onde o meu irmão joga) e deitei-me na minha cama.
Conecto o telemóvel à ficha, o sono tomou conta de mim.

-mariana