O Jogo Real

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E aqui está o novo booktrailer do projeto! Desta vez trago o livro O Jogo Real da autora T. M. Cassani. 

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Resenha 

Era uma vez... um livro que me cativou pela sua sinopse. Foi com estas três palavras iniciais, que nos são tão familiares, que a autora começou a sua sinopse e eu pensei começar a resenha da mesma forma.

Você imagina um livro que misture Jogos Vorazes, A Seleção e A Cinderela e crie uma história bem negra com terror e suspense como ingredientes principais? Pois bem, se não imagina, eu posso lhe dizer que essa possibilidade é bem real e é como eu descreveria o livro O Jogo Real.

Maitê é uma jovem humilde que vende flores na vila. Ao deparar-se com a possibilidade de mudar de vida e casar com o príncipe, como sempre idealizara, ela não pensa nem duas vezes e oferece-se como candidata. Depois de uma prova inicial um pouco arriscada, ela acaba por ser uma das 15 escolhidas a comparecer no castelo para um magnífico baile, onde seria feita a escolha final. Só que o conto de fadas rapidamente se desvanece à sua frente e ela se vê presa numa sala escura e muito pouco convidativa, juntamente com todas as outras moças. E é aí que o jogo começa. O jogo que mudará para sempre a vida de Maitê. Um jogo onde apenas uma delas poderá sobreviver e ser coroada como futura rainha.

Como vê, caro leitor, as semelhanças com os universos literários já citados são facilmente encontradas. Logo na sinopse feita pela autora e no título do livro me vieram essas referências à mente. Mas apesar dos paralelismos, confesso que foi das sinopses que mais despertou a minha curiosidade e imaginação. Percebi que estava perante uma mistura verdadeiramente ousada e com um enorme potencial. Comecei logo a divagar e a imaginar o rumo da história, que confesso, já à partida, que foi num sentido muito diferente daquele que eu tinha idealizado. Na minha mais sincera opinião, a ideia é verdadeiramente genial, mas acho que poderia ter sido melhor aproveitada.

A grande parte das cenas ocorre na tal sala que mantém as raparigas presas com grilhões ao redor dos tornozelos e mãos, isso acaba por limitar o movimento e a dinâmica corporal das personagens e das cenas que nos são apresentadas. Assim, passamos o tempo todo à espera de ver alguma ação, quando ela é quase inexistente. As cenas, em geral, tendem a ser um pouco paradas e monótonas, salpicadas, de vez em quando, com algum suspense e ação. Talvez se tivessem sido alternadas com algumas cenas do passado ou com cenas na perspetiva do Herker, o príncipe (isso só acontece uma vez), o livro tivesse ganho um dinamismo mais vivo e interessante. Antecipamos um jogo cheio de emoção e adrenalina, o que nunca chega verdadeiramente a acontecer. Achei as restantes candidatas um pouco pacíficas demais, todas querendo dar uma de boa moça, e apesar de sermos surpreendidos pelo caráter de algumas personagens, apenas uma nos deixa de queixo caído (e eu meio que já desconfiava, na verdade). Isso poderia ter dado um pouco mais do dinamismo que tanto senti falta.

O início do livro também não é excecional, e o que nos deixa mesmo agarrados às páginas é a sinopse inicial e todas as nossas expectativas e curiosidades acerca do futuro da protagonista depois de chegar ao castelo.

No entanto, os últimos vinte capítulos (mais coisa, menos coisa) compensam totalmente a espera e enchem-nos com uma cascata de emoções atribulada. Temos ação, suspense, romance, drama... Atrevo-me a dizer que temos tudo o que procuramos num livro. E, claro, terminamos a ofegar por mais.

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