Maratona pt1 - Cap 18

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Luísa

Eu estava tomando banho tranquilamente e enxugando meu cabelo, quando escutei passos na sala, fiquei com medo porque Polliana tinha acabado de sair com Nancy para comprar a sobremesa e era longe onde elas iriam buscar, pensei que tivessem voltado por terem esquecido alguma coisa, mas os passos foram se aproximando e pareciam mais fortes e pesados não pareciam passos de mulher, então eu me preocupei, mas escutei uma voz, não sabia se ria ou chorava de nervoso

- Luísa?

- Tô tomando banho. - Respondi

- desculpa chegar tão cedo, mas é que eu não aguentei esperar em casa mais meia hora sem fazer nada

- Que horas são? e quem é você? não tô reconhecendo sua voz por causa do barulho da água

- Meio dia pras quatro

- Marcelo. - disse eu revirando os olhos, essa piada tínhamos desde que éramos pequenos

- são 18:32

- Por que você não faz alguma coisa de útil já que chegou tão cedo?

- O que por exemplo?

- Pega meu vestido que está lá na sala e coloca em cima da minha cama

- Um segundo

houve um silêncio por um instante, ouvi ele se aproximando e pensei que ele estivesse no meu quarto, mas o silêncio continuou, quando olhei pela fresta da porta ele estava parado lá paralisado

- MARCELO. - gritei

- desculpa, seu vestido está ali já. - disse ele meio nervoso

Eu saí do banheiro e fechei a porta do quarto, coloquei meu vestido e fui secar meu cabelo, deixei ele repartido, nada demais e estava pronta

- P.... coloquei o dedo na boca dele para ele ficar quieto antes que ele terminasse

- Não fala nada, eu sei que estou linda

- Nem é convencida

- Sou realista

- Mas você realmente tá linda mesmo

- E esse vinho? - disse eu indo em direção ao balcão que o vinho estava

- Eu trouxe. - disse ele vindo atrás de mim

- Eu disse para você não trazer nada.

- É falta de educação chegar em uma festa de mãos vazias. - sussurrou no meu ouvido

- E a sua mãe?

- Pediu perdão e disse que não vai poder vir porque está cheia de coisas para resolver na galeria, a próxima exposição dela é logo logo.

- manda um beijo pra ela

- mando, se você quiser um também. - ele se aproximou mais e passou os lábios pelo meu pescoço

- Marcelo, não...

Ouvimos batidas na porta e demos um pulo

- Tô indo. - gritei

fui em direção a porta e ouvi o Marcelo rindo atrás

- O que foi?

- Nada, não pode mais rir?

Continuei e abri a porta, era Cláudia Joana e Sérgio

- Boa noite gente feia, pode entrar

- Vocês estão vendo o jeito que somos recebidos né? - disse Joana em tom de brincadeira

- Eu tô brincando, amo vocês.

- Ih Marcelão já chegou. - disse Sérgio

- Sem eu nem tem graça. - disse Marcelo

- Pra Luísa menos ainda. - disse Claudia

- Vocês não querem calar a boca?

Tiveram mais batidas na porta, dessa vez era Polliana e Nancy

- Chegamos. - disse Nancy

O tempo foi passando e o resto do pessoal foi chegando, eu estive observando Polliana e ela e João estão mais próximos do que da última vez mas nem liguei deve ser coisa da minha cabeça

- Gente, o jantar está servido. - anunciou Nancy

- Opa, agora é hora de matar quem estava me matando. - disse Claudia

- Ainda bem que foi você que cozinhou viu Nancy. - disse Marcelo

- Por que? Perguntou curiosa

- Porque se a Luísa tivesse cozinhado seria daqui direto para o hospital, todo mundo com intoxicação alimentar

- Era pra ter graça?

- Mas eu não pedi pra você rir

- Deve ser por isso que eu não estou rindo

- Vamos comer logo? - disse João

- Tá mais que na hora né? - disse Vini

- O mocorongo do Marcelo tem sempre que estragar tudo né? - disse Luri

- Ah é assim é? - Perguntou Marcelo

- Oh Nancy, esse brócolis está uma delícia. - disse Polliana

- O peixe também. - Falei

Todos começaram a comer junto com a gente, nunca ri tanto durante uma refeição, era bom estar reunido com todos novamente, antigamente só as meninas estavam comigo, depois foi chegando os outros, mas nunca fui totalmente entregue ao grupo, morria de medo de me machucar novamente mesmo que fossem só meus amigos ainda tinha receio, mas agora alguma coisa dentro de mim desprendeu e eu estou adorando essa sensação de liberdade.

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