Ando mais apressado do que qualquer outra vez em que eu já estive na vida para uma coisa.
Estou quase correndo. Mas não é sem motivos, não é, leitor?
A garota mais bonita, doce e perfeita que o mundo pôde conhecer me convidou para acompanhá-la.
Espero não morrer de ansiedade antes.
- Ei, Lukas! Vem cá "rapidinho" - Me chama K de outro lado.
- Agora não dá. Estou um pouco atrasado para fazer uma coisa - Respondo fazendo um gesto de mãos para mostrar a ela que agora estou sem tempo.
Caminho até a cadeira em que eu estava. Por sorte a Brenda estava ainda lá com minha mochila.
Mexendo nela... Como sempre faz quando não estou perto.
Quando chego ela se quer se abala com a minha presença.
Com minha caneta desenha corações nas últimas páginas do meu caderno novo.
Puxo uma das mechas do seu cabelo e ela larga minhas coisas.
Aviso sobre minha saída. Ela me pergunta o motivo mas digo ser um segredo, ela se demonstra insatisfeita.
A Brenda é um pouco infantil as vezes. Sua curiosidade combina com o seu ciúme.
Não quero que ela tente me atrasar ou pense alguma "besteira" sobre mim.
Ela tenta me fazer confessar o que escondo. Eu apenas beijo sua testa.
Foi suficiente para ela ficar imóvel diante de mim.
Sem se debater ou puxar a minha roupa.
Algo que a primeira vista parece bem bobo mas que se demonstra ser uma estratégia bem eficiente contra a Brenda.
Pego minha mochila e saio quase em disparada à* saída.
Por sorte não vejo os outros da "guilda" para me atrasar.
***
Chego aos portões de saída que também são o de entrada 10 minutos antes do combinado.
- Seu Mário, me faz um favor?
- Claro, é só dizer - Responde Mário, o nosso vigia e velho amigo.
Já nos ajudou bastante com algumas "fugas". Mas não que ele seja deligente com o seu trabalho.
É a águia de rapina mais atenta em nosso colégio.
Paciente como só ele tem o respeito de todos.
As vezes as garotas o trazem doces que compram na cantina como uma forma de agrado.
- Guarda minha bike hoje na sua cabina? Não vai dar pra eu levar hoje.
- Claro, claro! - Responde o velho senhor.
- "Valeuzão"! Amanhã eu pego - Respondo agradecendo com um sinal de mãos.
***
Estou indeciso entre esperar aqui dentro ainda ou lá fora.
- E se ela já chegou? - Penso nisso.
Olho para fora mas não vejo ninguém.
- Será que ela já foi?
Com certeza não. Eu devo esperar um pouco mais.
***
- Oi! Desculpe se demorei - Ela chega dizendo.
- Não, não! Não demorou, não! - Eu mal me contenho.
Acho que é isso que a paixão faz num homem.
Que dia longo, hein?
Nós então saímos juntos do colégio.
Vemos poucos alunos fora da escola mas* nenhum muito próximo ao ponto de me conhecer.
Tomamos rumo pela rua Alfaiate.
- Você não me esperou por muito tempo, esperou? - Ela pergunta.
- Não, claro que não. Você chegou no horário - Aceno com a cabeça.
Ela solta um leve sorriso... Porém não pouco majestoso.
Eu devo estar mesmo apaixonado!
Que loucura, não é? Um dia só.
Tudo vai terminar bem.
Quem sabe ela queira me agradecer...
De preferência que seja com um beijo!
Isso! Um beijo!
Serei o adolescente mais feliz da minh...
- Err, você está bem? - Ela me pergunta como se estivesse preocupada.
- Cl-claro! Por quê eu não estaria, né?! - Disfarço.
- Controle-se, Lukas! - Diz a voz do bom senso sexual à minha consciência.
***
O caminho já está se tornando um pouco longo.
Ela não me diz exatamente onde fica a sua casa apenas me dá referências de lugares por onde iremos passar.
Eu pensaria que ela está perdida se ela não acertasse em todos os pontos de referência*.
Também noto que quando mais andamos menos pessoas vemos.
Como quando descemos a rua anterior.
- Muito obrigada por tudo isso. Eu não sei o que faria sem você - Ela agradece.
- Sem problemas! Eu prometi te ajudar em tudo que precisasse, não é? Meu pai sempre diz que um homem só é homem quando cumpre suas promessas - Deixo o meu orgulho falar por mim.
- Ual (quem ainda fala isso hoje em dia?)! O seu pai deve ser um homem muito sábio* - Esbraveja.
- Bem, as vezes ele é meio oco, né? - Me pergunto a mim mesmo em voz alta.
- Me fale mais do homem que gerou esse perfeito cavalheiro - Ela diz pondo uma das suas mãos no ombro.
Isso só a torna 1.000% mais fofa.
Começo então a falar do meu pai.
O assunto não se prolonga muito nele e logo já vou falando mais da minha vida.
Conto dos meus melhores feitos e agora está claro que estou mesmo querendo a impressionar.
Quando ela dá uma pequena disparada em minha frente*.
Me mantenho calado devido ao súbito movimento dela.
Fico em total silêncio.
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Zets - Uma Guerra Secreta Em Nosso Mundo.
Teen FictionEssa história tinha tudo pra ser a história de um garoto comum. Mas estamos falando de Lukas. Lukas não é comum. Lukas é como você. Ele é diferente. Irei apresentar muitas reviravoltas com um personagem cômico de humor ácido e suas frases de efeito...