O quê nós somos.

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Seguindo a Laís, me deparei com uma parte da cidade que eu jamais havia visto antes e se não fosse pelo ambiente bem movimentado, teria dado meia volta por pensar que ela queria meus rins para vender no mercado negro.

Em uma região um pouco mais "adulta" na cidade onde várias lojas e comércios se misturavam á prédios e edifícios.

Uma região que parecia só funcionar á noite onde crianças e adolescentes pareciam não existir.

Me senti um intruso alí, uma carta de UNO em um baralho de truco.

Todos adultos, mal encarados ou tão convidativos me chamando para comprar isso ou aquilo ou oferecer seus serviços mais "particulares".

Eu via tanto pessoas com ternos luxuosos quanto aqueles em roupas menos extravagantes.

Quando descemos uma escadaria que dava até uma espécie de bar, taverna, adega. Tudo em um.

Logo na entrada havia um letreiro com o nome : Bar & Restaurante Boto Rosa. E ao lado do letreiro em itálico havia um boto cor de rosa sorrindo e bebendo uma taça de alguma daquelas bebidas que se vêem em filmes de espiões com azeitona dentro.

Lá dentro, o ambiente parecia bastante com as tavernas americanas onde o chão de madeira, o junk box arcaico tocando jazz, as mesas redondas parecendo mesa de bilhar, garçonetes indo e vindo pra lá e pra cá e uma parte onde ficava o bar com várias bebidas e um barman.

Olhando para o homem que manejava as bebidas, vejo um homem bastante alto, talvez tendo quase 2 metros de altura sendo duas cabeças mais altas que eu. Seu corpo parecia ser o de um lutador de UFC, nem tão musculoso mas bem definido. Seus olhos eram castanhos e embora a truculência de sua aparência, ele parecia ser bem cuidadoso com os copos que limpava.

 Seus olhos eram castanhos e embora a truculência de sua aparência, ele parecia ser bem cuidadoso com os copos que limpava

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Eu estava olhando atônito para ele pois de alguma maneira que eu não sabia explicar, eu sentia sua presença.

Era mais do que apenas vê-lo. Como se eu sentisse que havia algo dentro dele também. Algo como o que tem em mim.

- Este é o Yusuke. Ele é como nós. Pra falar a verdade, ele é melhor que nós dois e esse bar aqui é dele - Laís começou a explicar.

- Como assim ele é como nós? - perguntei.

- Ele é um meta humano.

- Meta humano? - perguntei.

- Sim! É como são chamados os humanos que se fundiram á Zets.

- O quê? Zets? - eu estava cada vez mais curioso.

Ao menos agora eu tinha um norte pra seguir. Zets, é alguma coisa e eu sou metade disso. Eu acho...

Laís então entrou em um pequeno corredor que dava direto até um elevador.

Estranhei haver um elevador ali naquele lugar. Não que não pudesse ter mas... Sei lá! Não parecia o tipo de lugar onde haveria um.

Zets - Uma Guerra Secreta Em Nosso Mundo.Onde histórias criam vida. Descubra agora