Acordo... Mas não no meu quarto.
A princípio eu apenas abro os* meus olhos.
Em* seguida movo a minha cabeça seguida de braços e pernas. Todos os movimentos foram lentos.
O meu corpo pesa.
Sinto cheiros. Estranhos mas acho que é bom senti-los.
- S-São flores. - Digo à mim mesmo.
Há um jarro bem próximo a mim.
Tento me levantar quando percebo que algo me impede.
Um tubo de respiração está colado em minhas narinas.
Isso é nojento.
Até onde vão?
Tento tirá-los com uma das mãos mas parecem estar bem fundos em mim.
A pressão que sinto em minhas narinas, apesar de leve, são suficientes para me fazer desistir.
Estou num.... Hospital?
Sim... Parece um hospital.
Estou vivo...
Que maravilha! Significa que eu não morri...
Espera. O que aconteceu?
- Bom dia, jovenzinho! - Sou surpreendido por uma voz feminina invadindo o meu recinto.
- B-bom... Quem é você? - Pergunto mesmo vendo a clara roupa de que a pessoa que se dirigiu a mim é uma enfermeira.
- Sua enfermeira. - Disse - É bom saber que acordou.
- A quanto tempo estou aqui? - Pergunto.
- Você está aqui a 33 dias - Disse.
- C-como?! - Eu disse com espanto.
Ela vem até uma grande máquina acoplada a um monitor ligado a uns fios que terminam na minha mão direita e continua.
- O senhor está aqui a 33 dias.
- Muito tempo! - Digo agora em uma voz de espanto.
- Não se lembra? - Disse já se afastando - Espere um momento. Irei chamar o seu médico.
Ela então sai do quarto.
Dou um tapa em minha testa.
Um tapa de realidade.
Faz muito tempo desde... Desde ontem.
Ou melhor, desde 32 dias atrás.
Eu me lembro... Me lembro de tudo.
Mas... Como eu vim parar aqui?
Aquelas pessoas... Aquelas pessoas me salvaram! Preciso encontrar elas.
Preciso contar a alguém tudo isso.
Não... Melhor não.
- Quem vai acreditar em mim? - Digo já cabisbaixo olhando para o resto do meu corpo.
Está tudo no lugar... Tudo!
Só de tocar o meu estômago já sinto um arrepio. Me lembro da dor...
- É, quem vai acreditar em você?melhor eu ficar calado... Dependendo do que mais acontecer eu direi tudo. Por enquanto é melhor eu só fica quieto - Diz a voz *do gênio à minha consciência.
- Ora, quando a enfermeira me disse que você havia acordado quase não acreditei - Diz um grande homem de jaleco que entra no quarto acompanhado da mesma mulher que me viu acordar - Sou Jorge Fonseca Guimarães, seu médico - Se apresenta.
- Eu tenho perguntas a fazer... - Digo.
- Você terá todas as respostas mas não agora. Preciso te examinar, Lukas.
O grande homem então se senta ao meu lado em minha cama.
Com um marcapasso pede para eu pronunciar algumas palavras.
Faço tudo que ele pede.
- Ótimo! Os seus batimentos cardíacos estão ótimos. Sem alteração alguma dos padrões normais.
- Eu tenho perguntas - Insisto*.
Ele se levanta, anota algo em uma prancheta que retira da frente da cama em que estou.
- Irei agora informar aos seus parentes que você despertou. Acredito que ficarão muito felizes com essa notícia. Bem, já vou indo mas logo-logo alguém vem te ver - Terminou.
- Doutour, eu ainda tenho perguntas! - Altivo minha voz.
Mas o homem nada responde. Se despede e então a enfermeira que havia entrado com ele e volto a ficar sozinho.
Tudo está tão louco.
Espera... Por quê estou de vestido?
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Zets - Uma Guerra Secreta Em Nosso Mundo.
Fiksi RemajaEssa história tinha tudo pra ser a história de um garoto comum. Mas estamos falando de Lukas. Lukas não é comum. Lukas é como você. Ele é diferente. Irei apresentar muitas reviravoltas com um personagem cômico de humor ácido e suas frases de efeito...