Michael Fuentes

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  (n/a):Oi, oi
quero deixar claro que daqui a diante, pelos meus cálculos, a estória começa a se desenvolver. E não me matem pelo que vai acontecer com o Kellin...akajaka, rindo de nervoso. É isso, boa leitura e até lá em baixo.









Depois do ocorrido na diretoria e Kellin finalmente estar recuperado de sua crise de choro, eles saíram de lá. O Sr. Watson teve uma conversa sincera com o mais novo. Apesar de que Kellin estava quase cedendo para contar à ele alguns fatos que realmente o deixava mal, a persistência do professor não fora o suficiente. Ele inventou qualquer história para lhe contar e agradeceu mentalmente pelo maior não ter insistido no assunto, mesmo que ele não tenha acreditado muito na falsa versão de Kellin. Já se aproximava do intervalo que sempre acontecia antes das duas últimas aulas, então não demorou muito para que o sinal tocasse e todos estivessem fora de suas salas. Era um bom tempo para descansar as mãos e os braços enquanto não retornavam para lá. 

Kellin esperou que todos saíssem da sala e assim que percebeu o silêncio, levantou vagarosamente a cabeça vendo que estava sozinho no local. Ele soltou um suspiro de leve e voltou sua atenção para a letra de música que escrevia na capa de seu caderno.

" My suicidal dreams, voices telling me what to do (...) "

- Meu sonho suicida, vozes me dizem o que fazer... - sussurrou baixinho a sua tradução, fazendo uns pequenos contrastes de vermelho em volta das palavras.

A melancolia em sua face era evidente. Seu rosto ainda estava um tanto inchado por conta do choro. Não era uma coisa que ele podia simplesmente fazer parar de descer, pois suas paranóias e pensamentos negativos estavam ali, o ajudando a piorar a situação. Depois de finalizar seu desenho, Kellin sentiu suas suas pálpebras pesarem, juntamente com um sono que apareceu do nada, lhe fazendo bocejar. Ele fechou o caderno e se ajeitou na carteira, voltando a abaixar sua cabeça apoiando a mesma sobre seus braços.

Quando estava finalmente pegando no sono, o barulho das cortinas o fez levantar um pouco a cabeça para olhar naquela direção. Ele se assustou e num pulo ficou de pé, sentindo o medo se manifestando ao ver uma silhueta aparecer do nada em em meio aos panos. A sua mente agora pedia para que fosse um pesadelo e que não estivesse vendo coisas. Ele se afastou até estar encostado na parede quando percebeu que a pessoa se aproximava. O mesmo tampou seus olhos, se negando a encarar quem quer que fosse na sua frente. Mesmo sabendo que podia suspeitar de quem era, nem se passava por sua cabeça naquele momento.

- Kellin, eu não vou te machucar. Não entendo porque tem medo de mim.

A não ser que falasse alguma coisa. Quinn reconheceu aquela voz de primeira que soou num tom melancólico e ao mesmo tempo frustrado. Ele levantou sua cabeça de vagar, juntamente com seus olhos que se voltaram para os castanhos a sua frente.

- Ah não, de novo não. - suas mãos foram levadas aos seus fios, puxando-os vagarosamente. - O que você quer comigo? V-vai em bora. Me deixa em paz. - a sua voz já estava embargada, ele estava prestes a deixar cair suas lágrimas, as quais tinha acabado de conter. - N-não Kellin... eu não vou ir a lugar nenhum até que se lembre de mim. - o outro respondeu com a voz calma, porém sério, tirando um suspiro do de orbes claras. - E-eu não sei quem é você, droga! E-eu não sei...- ele fixou seus olhos nos do outro que também o olhou, deixando uma lágrima cair e então pôde desviar para o chão. O silêncio se fez presente e Kellin sentiu o mesmo se aproximar.

- Eu e você, éramos inseparáveis... - ele tocou em sua bochecha, enxugando a lágrima que descia ali, fazendo Quinn voltar a olhá-lo confuso. - É sério! - ele deu um pequeno sorriso e continuou. - Posso te ajudar a se lembrar... e ah, me perdoe por hoje mais cedo, eu não quis fugir, eu só fiquei irritado por não conseguir se lembrar, mas a culpa não é sua Kellin, não é. Me desculpa mesmo. - completou, deixando o mais novo ainda mais atordoado.

𝑴𝒚 𝑰𝒏𝒏𝒆𝒓 𝑯𝒆𝒍𝒍 {;𝑲𝒆𝒍𝒍𝒊𝒄;}Onde histórias criam vida. Descubra agora