Um dia quase perfeito

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(n/a) Eae galero, antes de começaram a ler, eu recomendo a vocês que poem um coletinho à prova de bala porque esse capítulo tá só os tiros! ;)















Haviam se passado um mês desde que Michael chegara na escola. Ele e Kellin andam bem próximos, mas não o suficiente para criar uma intimidade a ponto do menor contar sobre seus problemas para ele. Em meio a este tempo, Kellin citou sobre as aparições do irmão para si, o deixando boquiaberto e inconformado pelo fato de não tê-lo aparecendo para ele também. Mas os dois conversaram depois do esforço que Victor fez para aparecer pro irmão, se entenderam e Michael ficou sabendo do real motivo da morte de Vic. Desde então ele conseguiu facilmente se comunicar com Mike.

O que Kellin nunca imaginaria, era poder se lembrar tão rapidamente dentro de poucas semanas, quem era Victor e todas as coisas que ambos viveram juntos desde a sua partida. Agora, cada vez que Vic aparecia para ele, suas bochechas ardiam e seu estômago roncava. Ele percebera que a sensação que o maior lhe causava quando mais jovem, nunca fora em bora, só estava adormecida.

Hoje era sábado. A única coisa tão esperada para este dia, era a saída de seu pai, como acontecia de costume nos finais de semana. Ultimamente as surras e os abusos estavam cessando, não que isso era algo tão bom, mas talvez fosse um avanço considerado pelo menor. Ou então, Jeuse estava ocupado demais para tais atos com seu filho. Haviam duas semanas desde que o maior não fazia coisas absurdas com o garoto, somente o tratava com ignorância, embora não fosse algo fora do normal. Mas Kellin tinha um leve pressentimento de que isso mudaria em breve.

Victor estava ali, o observando enquanto dormia. Ele poderia passar horas somente o admirando enquanto seu peito subia e descia num movimento calmo, numa expressão serena. Apesar de ser uma visão encantadora de se apreciar, o maior sabia que naquela situação por trás de toda serenidade, havia um palco de tristeza e solidão, onde somente Kellin sabia o que estava passando. Mas Vic estaria ali com ele, desde de sua morte, sempre esteve, mesmo aparecendo como um fantasma ou assombração. Ele levaria qualquer nome ou enfrentaria qualquer coisa pelo garoto que se encontrava deitado em sua frente. A morte foi a prova disto. Mesmo sendo avisado milhares de vezes que era obrigado a se afastar de Kellin, ele nunca o fez. Não seria louco de o fazer. O único capaz de lhe tirar os sorrisos mais verdadeiros era o mais novo. Deixá-lo, nem de longe seria sua última opção.

Kellin abriu seus olhos lentamente e piscou algumas vezes. Assim que percebeu o olhar de Victor sobre si, sorriu abertamente, como estava sorrindo nos últimos dias sempre que via o maior.

- Bom dia sunshine. - Vic falou e em seguida se inclinou para deixar um beijo na testa do outro, que sorriu ao sentir seus lábios.

- Bom dia. - respondeu sentindo suas bochechas corarem. Em seguida, o mesmo sentou-se na cama.

- Como você dormiu huh? - perguntara Vic, sentando de frente para ele.

- Até que bem. - disse sincero, fazendo o maior sorrir.

- Que bom.

- Sim. - Kellin sorriu deladino e desviou o olhar.

- Então...eu estava pensando em te chamar para darmos uma volta no parque... Naquele que quase ninguém vai sabe, só pra não pensarem que você é um louco que conversa sozinho. - O maior falou e Kellin não segurou o riso.

Ele sabia do que Vic estava falando pois apenas ele o via, então seria completamente fora do normal ir para um lugar movimentado cujo as pessoas não podem enxergar o que somente ele podia.

- Ótima idéia. - respondeu por fim animado e num pulo, saltou da cama.

Não havia ninguém - e com isso ele quis dizer de Jeuse - para o atrapalhar a sair de casa e sem contar que estaria indo com Victor, o qual sempre confiou e amou, mesmo não se dando conta dos sentimentos.

𝑴𝒚 𝑰𝒏𝒏𝒆𝒓 𝑯𝒆𝒍𝒍 {;𝑲𝒆𝒍𝒍𝒊𝒄;}Onde histórias criam vida. Descubra agora