A verdadeira identidade.

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Segunda-feira. Depois de um final de semana incomum, Kellin retornaria para escola, afinal, não poderia passar o resto da sua vida dentro de casa deprimido à espera de Victor, mesmo sendo o que queria fazer. No dia anterior, Quinn acordara na casa de seu vizinho e como o inesperado, acabou por ceder ao seu delicioso bolo de laranja. Ele estava disposto a acreditar que Jared era uma pessoa boa. Agora que não tinha mais ninguém para impedir que conhecesse o mundo a sua volta, o garoto resolvera também que iria enfrentar as pessoas cara a cara, assim como fez com Oliver, no sábado. Urgh! Sábado. O mesmo sentia repulsa só de lembrar que quase fora vítima de abusos novamente. Mas graças ao Céus, sua coragem fora mais forte para enfrentar o desgraçado que tanto lhe incomodava.

Ao resto do sábado, Quinn voltara para sua casa e resolvera criar coragem para arrumá-la e mudar alguns móveis do local. Faria isso ao som de suas músicas preferidas, pois não havia ninguém ali para lhe dizer o que era errado ou certo. Ele começara pelos quartos, retirando entulhos em cima dos guarda-roupas, objetos que lembrava o monstro que morava ali, coisas sem necessidades, entre outros, a fim de jogar num monte para queimar imediatamente. Também abrira as janelas que há muito tempo não dava aos cômodos, a liberdade de se aquecer pela luz do sol, limpara estantes e mesinhas de centro, fotografias suas e de sua mãe que encontrara escondidas. Depois iria para a sala e por fim, arrumaria a cozinha.

Kellin estava deprimido, isso era fato. Mas não deixaria que isso lhe impedisse de se organizar, já que o único motivo que o impedia de tal ato, deixando-o totalmente desmotivado e sem vontade nenhuma de tais ações, não estava mais entre os vivos. Ele também não havia respondido as mensagens e ligações de seus amigos. Nem atendera quando ligaram novamente, o que resultara três caras batendo desesperadamente na porta do mais novo, mais tarde.

Por incrível que pudesse parecer, Quinn acordou com uma pequena disposição na segunda-feira. Ele se levantou e olhou ao redor vendo como sua mudança na casa havia dado um toque especial e isso fez com que um sorriso involuntário escapasse por seus lábios. Mesmo que, ao amanhecer, suas costas estavam sentindo as consequências daquela "faxina". Depois que comeu uma fatia de pão e saboreou com gosto o café, feito na noite passada, ele fechou a casa e seguiu em direção a escola, ansioso para o que estava por vir. Logo quando saiu de sua casa, um pressentimento não tão bom se manifestou, deixando-o um pouco incomodado.

- Oi Mike. - Ele caminhou até o tatuado que estava perto dos armários. O mesmo sorri em sua direção assim que o vê.

Kellin havia chegado na escola.

- Ei cara. Como está? - Mike pergunta deixando um tapinha de leve em seu ombro.

- Bem melhor, para falar a verdade. Mas quando saí de casa fiquei com um pressentimento ruim. - O menor engole um seco.

- Tem notícias do Vic? - Pergunta sentindo um certo anseio invadir seu peito, o que o faz morder seu lábio inferior.

- Ia fazer a mesma pergunta. - Mike parece frustrado ao soltar um suspiro.

- Eu sinto tanto a falta dele. Não é possível que ele sumiria assim, sem me avisar! - A voz de Quinn saí chorosa e trêmula.

- Hey, calma. Se estressar não adianta nada. Talvez ele só esteja afastado para ver como que você fica ao estar longe dele. - O tatuado sugere, fazendo Kellin franzi as sombrancelhas.

- Pois se ele estiver fazendo isso, já pode aparecer porque está na cara que ficar sem ele está sendo muito difícil para mim! - Esbravejou.

- Calma, calma. Lembre-se que você não é o único que está passando por isso. - Fuentes tentou soar o mais compreensível para lhe passar confiança.

𝑴𝒚 𝑰𝒏𝒏𝒆𝒓 𝑯𝒆𝒍𝒍 {;𝑲𝒆𝒍𝒍𝒊𝒄;}Onde histórias criam vida. Descubra agora