Como Um Diário Pessoal? - Capítulo 10

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Notas epílogo

Eu estou muito feliz com esse capítulo, ele é um dos meus favoritos e tem continuação, então eu espero que gostem dele tanto quanto eu.

Have a good read! ^^

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A noite fora o pior pesadelo que Mark poderia imaginar.

Começando pela sessão de tortura: ouvir os gemidos dos dois amantes fogosos que nem sequer tinham a decência de guardar seus prazeres carnais para si próprios. Foram longas duas horas, enquanto Jae chorava baixinho em seus braços, já podia sentir o pequeno fraco, desidratado e desolado.

Logo depois viera a chuva, uma tempestade horripilante, cheia dos piores trovões e raios que já vira e ouvira. Nunca o menor teve tanto medo de um fenômeno natural como naquela noite, chegou a se enrolar como uma bolinha nos braços do Hyung. Este que se mantinha firme, abraçando-o e afagando seus cabelos, cantando em seu ouvido alguma canção calma que tinha em uma vaga lembrança.

Jae nem notara quando desmaiou, o sono e o estresse se tornando mais fortes. E a noite toda Mark ficou ali, vendo seu pequeno chorar até mesmo dormindo, rezando para todos os deuses que acreditava, pedindo que estivesse melhor pela manhã durante toda a madrugada.

. . .

Após longas horas de trabalho, finalmente Lucas já podia voltar pra casa, porém a chuva lhe pegara de surpresa. No clube a música era alta demais para que ouvisse o desastre que estava acontecendo do lado de fora.

Mesmo sendo cinco da manhã, o sol nem mesmo dava sinais de aparecer, o que era um problema. Não podia voltar com o carro, já que a polícia estava parando alguns no final da rua, e o maior ainda não tinha carteira. Pegar um taxi estava fora de cogitação, já que o dinheiro que recebera era o exato valor da conta de luz que venceria em dois dias.

Estava exausto da rotina massiva, mas aquilo era por um bem maior, o que chegava o animar de vez em quando. Fora apenas uma longa semana com bicos nas madrugadas, entretanto seu corpo parecia mais desnutrido que o comum, seus olhos tinha bolsas escuras abaixo e parecia mais que um caminhão havia o atropelado de tanta dor que sentia em todo lugar.

-Luc? - chamou a colega de trabalho, colocando a mão em seu ombro. -Tudo bem?

-Está sim. - suspirou.

-Não está não. Me diga. Não tem o suficiente?

-Eu tenho, vou conseguir pagar a tempo. - soltou outro suspiro. -Não posso dirigir. - olhou na direção dos carros polícias e a garota seguiu seu olhar, entendendo.

-Entendi... Quer que eu dirija pra você?

-Dirigir?

-É! Eu tenho carteira, posso te levar no seu carro e depois pego um ônibus do ponto mais próximo.

-Não, não. Eu não quero incomodar Irene, de verdade.

-Deixa disso, cadê sua chave? - estendeu a mão para o garoto, que muito hesitante deixou que fosse conduzido pra casa.

Não poderia negar mesmo que quisesse, tinha que levar ChenLe e RenJun pra escola, e não tinha nenhuma previsão daqueles polícias saírem do local. Colocou as sacolas de equipamento no banco traseiro e se esgueirou para o banco do passageiro, enquanto Irene se familiarizava com o controles um tanto arcaicos.

Pouco tempo e passavam pela barreira de polícias sem problemas e apenas para ver entre aquelas viaturas um homem, este totalmente ensanguentado com a perícia analisando a cena.

Mark Lee, A Consciência (PD)Onde histórias criam vida. Descubra agora