Notas epílogo
Me desculpem a demora, eu continuo doente...
Have a good read! ^^
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No mesmo instante o mais velho colocou sua bandeja na pequena mesa, encarando o menor da forma mais possessiva e preocupada que já fora vista antes. Em nenhum momento seus olhares se desencontraram, como se uma linha tênue e invisível os ligasse com firmeza, se havia um momento para respirar Jae desconhecia agora, seus nervos repuxavam em pânico da situação diante de si.
-Você... – sussurrou.
Jae engoliu seco, sua respiração era quase inexistente piorando tudo e parecia que seu coração não batia de tão rápido que pulsava, suas mãos começaram a suar, não entendia, era estranho, por que todos os seus encontros eram assim memoravelmente sentimentais?
-Hyung eu... – tentou se justificar, mesmo não sabendo o porquê de o estar fazendo. -M-me desculpe. – não conseguia dizer mais nada.
-Você. – falou sólido, abaixando para ficar na mesma altura que o rosto do pequeno de modo assustador. -Eu fiquei preocupado com você todo esse tempo. – tentou soar calmo, mas Jae sentia como se ele estivesse prestes a agarrar lhe pelo pescoço, estrangulando-o até a morte. Seus olhos intensos e negros como a selva mais perigosa. -Vem comigo. – pegou a mão menor com agressividade, puxando para cima bruscamente igual ao modo que levantara.
O mais novo se colocou de pé na mesma hora, seguindo-o sem nem mesmo questionar por sentir a culpa que lhe corroía todo esse tempo retornar a vida. Na verdade nunca quisera deixar alguém preocupado consigo, porém sempre acabava o fazendo sem pensar. Se TaeYong queria lhe bater, lhe xingar e acabar com toda a breve história que tiveram, deixaria. Ele merecia isso. Mesmo com tanta raiva, não conseguia sentir medo dele, algo dentro de si dizia que ele jamais o machucaria e agora estava contando com isso mais do que nunca.
O mais velho os guiou por diversas portas quase como se estivesse sem tempo a perder, correndo por entre os corredores lotados de hóspedes e verificando tudo em volta com rigor, procurando algo específico que o menor desconhecia o que seria. Cada segundo era mais difícil para Jae aguentar, porém logo chegaram a uma sala escura, apenas luzes azuis neon atravessavam a parede de vidro por conta do enorme logo do hotel que estava do lado de fora. A porta fora fechada de forma indelicada e rude, em momento algum soltando a mão menor que já não sentia seu sangue correr da maneira correta ali.
Os móveis eram distinguidos apenas por suas curvas azuladas e neon, inclusive reconheceu alguns deles, porém fora conduzido as pressas até um dos sofás, onde TaeYong sentou e o trouxe para sentar em sua coxa, praticamente colando seus rostos por tê-lo puxado com muita força. As mãos grandes foram para as pernas a cima de si, segurando-as firme e soltando todo o ar entalado em si pela corrida, seu peito subindo e descendo rápido.
-Eu fiquei noites virado, todos os dias eu irritei seus amigos, persegui seu irmão feito um doente pelos corredores e até mesmo no ônibus, tentei te ligar, tentei te visitar, tentei falar com você, tentei ver você. – disse tão rápido e ofegante que deixou-o sem reação, o ar quente batia contra seu rosto quase que violento. -Não pode sumir assim, não pode fazer isso pequeno Jae. – seu olhar cortou o do mais novo no momento que o levantou e passou a observá-lo. Eles carregavam raiva e outra coisa que não conseguia identificar, um predador astuto e cauteloso.
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Mark Lee, A Consciência (PD)
RomansOnde a única saída para a sanidade era uma ideia antiga e desgastada, que ao poucos se tornou um projeto grandioso e cheio de emoções. Para que finalmente sentisse que existia um parceiro ao seu lado, ali estava agora: Mark Lee, A Consciência à part...