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Eu pensei no amor em conversas de hippie
Em teoria kardecista
E em tom monótono apaixonado
Por fim a essa catástrofe
Me peguei errado

Pensei no primeiro amor
Não o meu
Nem nenhum que exista nesse tempo
Me livro disso
- Obrigado!
Pensei no primeiro
Antes de ser amor

Um ser humano neandertal,
Deitado no pé de uma árvore
Não foi por fome, nem por doença
Achado
Sofrendo
Posição fetal

Estava doendo
Os olhos diziam mas ninguém sabia o que estava acontecendo
Mas seria melhor tacar a maçã mordida nele
Do que a morte lenta do primeiro veneno

O amor também estava ali no meio
Vendo
Ao mesmo tempo que carregava toda a culpa
Mastigava o pedaço daquela maçã
E estava feliz por dentro
Mas esse era um caso a parte que não merece nem mais uma estrofe
Nem mais um remendo

Voltando-se para a ocasião
Cabe-se como foi denominado
Aquele grupo ainda é culpado
Pois perderam a oportunidade de não dar nome à maldição
-Não tome posse da ideia!
Não gritou ninguém na multidão
Chamaram o amor de amor
Mas também chamavam de paixão

Era o aval
Sentiam-se loucos por se tornarem livres
E em decisão tornam o caso num sinal
Espalhando que Deus não era mais assim
Tão amigo
Não se sentiram mais tão culpados
Amaram,
Caíram,
E se apaixonaram.

Não abriram a caixa de Pandora
Mas abriram a caixa do Diabo

Minhas PoesiasOnde histórias criam vida. Descubra agora