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Me levaram até a porta do paraíso
Todos vestiam branco
Esperaram brilhar os meus olhos
E quando eu ia bater na porta
Cruzaram os braços em minha passagem
Apontaram pra terra que eu passei distraído
Eu jurei que não foi por maldade

E não sei se era anjo
Se era capeta
Nem se era gente como eu
Ora com uma boa lição
Ora com perversidade

Mas me jogaram
A 90° de cócoras
Pra sentir o cheiro
O tato
O gosto
E o desamor da Terra

Me achei impotente
Mas também me achei bravamente
Afim de voltar ao paraíso
Entrar por trás
Abrir a porta por dentro
E encontrar o troço naquela passagem
Pra sorrir de amor e desamor
Cheio de terra no dente

Minhas PoesiasOnde histórias criam vida. Descubra agora