15 anos

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—Parabéns filha! feliz aniversário! Vamos acordar?

Sua mãe ia abrindo as cortinas e a janela.

—Não mãe eu quero dormi.

Bom! ela precisava por conta dos remédio fortes.

—Da azar acordar tarde no aniversário.

Ela nem se mexeu, mas a persistência da mãe ganhou.

—Come pão tá muito magrinha!

Ela pegou a fatia e pôs sobre a mesa apenas, enquanto a mãe falava um milhão de coisas que a garota mal ouvia. 

—Você precisa ter um objetivo de vida, não pode apenas dormir...

Kah se levantou tirou sua xícara da mesa e voltou a se deitar, adormeceu ali, ninguém a acordou para almoçar.
Passado das 3 da tarde ela acordou mas continuou deitada em seu quarto escuro.

—Boa noite filha!

Era sua mãe que havia voltado.

—Oi mãe!

—Vamos comer pizza? Todo mundo topou até seu pai.

Disse ela animada.

—Hoje não.

—Seu aniversário, vamos? Não pode ficar aí deitada a vida inteira.

—Eu não me importo.

Kah se virou na cama.

—Garota! Você precisa sair daí, tem uma vida inteira pela frente.

Sua mãe já se estressou.

—Eu não quero!

E então se sentou na cama e refez os planos, eu sabia deles...

-ta bom filha

Ao se ver só se levantou, vagou pela casa, decidiu tomar outro banho, chuveiro no minimo quase ao ponto de queimar, ela queria sentir a dor vagar, simplesmente parou abaixo do chuveiro e deixou a aguá aos poucos escorrer pelo seu corpo, queria ela saber o que era viver, eu a olhando sentia pena... pobre garotinha! ela era só uma garotinha que tinha enfrentado a vida desde dos 8 anos de idade, as lágrimas escorriam pelo seu rosto se confundindo com a água a dor fazia ela querer gritar, o mundo doía nela, perdeu tudo tão nova.

- POR QUE VIDA?

Num gesto de desespero e dor ela gritava

-POR QUE EU? EU TE ODEIO!!! MUITO! SUA MALDITA.

Caiu pelo chão do banheiro e ali ficou por alguns minutos, eu mal podia fazer algo só pensava "pobre garotinha" num golpe de determinação ela se levantou, decidida, eu sabia o que faria! corri! mas não pude fazer nada só consegui ver ela pegar a garrafa de vinho, todos os remédios da casa e a carteira de cigarro, se trancou no banheiro, olhou no espelho ascendeu um dos cigarros  e foi tirando os remédios das cartelas, com o vinho foi tomando.. á cada comprimido ela se admirava no espelho, sabia que assim morreria, o cigarro acabou deu uma pausa e ascendeu mais um.

-Droga!

A vi marcar a pele com o cigarro,  e assim ela tomou a ultima cartela, 80 comprimidos no total, sentou tomando o vinho e fumando a carteira de cigarro,  foi apagando, mas antes de totalmente apagar ela começou a alucinar, via um homem perseguindo-a, se levantou e saiu porta á fora, abriu o portão desesperada correu pela rua a cada passo ela se sentia afundando como se tivesse buracos pelo asfalto, quando viu estava na rua de sua vó, chegou no portão sentiu algo amargo na boca, cuspiu sangue e tudo ficou negro ... apagou... 

....

....

De longe ela ouvia sua mãe gritar

-OLHA O QUE VOCÊ FEZ, A NOITE MAIS FRIA DO ANO E ESTOU AQUI NESSA MERDA!!! POR SUA CULPA

Na sua frente via vultos e alguém disse para ela engolir uma mangueira e assim fez, seu estomago enchia, ardia, vomitava sem parar, sangue, algo branco, por fim desmaiou na maca 




Consolo InvisívelOnde histórias criam vida. Descubra agora