CAPITULO 32 - IRMÃOS?

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Não me odeie...

Até semana que vem

Beijos e Boa Leitura

😢😢😢😢😢😢😢😢😢😢😢


Fecho minha mala e encaro meu quarto praticamente vazio.

- Sentirei saudades de você!

Digo enquanto observo o cômodo.

Respiro fundo e saio do quarto e caminho em direção a cozinha.

- Bom dia!

Beijo a bochecha do meu avô e depois da minha avó.

- Bom dia docinho!

Vovó me entrega uma xícara de café.

- Vai sair?

- Sim, vou até a empresa me despedir de Christian eu decidir adiantar a minha ida a Montesano.

- Adiantar?

-Sim, eu embarco hoje às 20hs.

- Porque você na espera a vai com a gente no final de semana?

- Eu quero passar um tempo sozinha.

- Você está certa, mas vou pedir pra cumade para arrumar a casa assim quando você chegar estará tudo organizado.

- Vó, não precisa eu arrumo tudo quando chegar, vai ser bom.

- Tudo bem, se você prefere, mas vou pedir que ela deixe comida na geladeira.

- Obrigada vovó.

Me levanto e caminho em direção a porta.

- Não me esperem para o almoço.

- Juízo!

Sorrio e mando um beijo no ar para os dois.

Passo quase a manhã inteira no shopping procurando algo para dar a Christian, mas não encontro nada que me agrade.

Continuo andando pelos corredores e paro em frente a uma loja de doces e uma ideia passa pela minha cabeça.

Saio da loja e sigo em direção a empresa, pego o elevador e vou até o andar da presidência, assim que as portas se abrem eu vejo a recepção vazia, o que é muito estranho, sempre que Andrea precisa se ausentar Olivia ou qualquer outra pessoa fica em seu lugar.

Ignoro a recepção vazia e sigo até a sala de Christian e assim que me aproximo da porta, a vejo entre aberta e ouço ele conversar com alguém.

- Você precisar contar isso a Ana.

- Eu sei, mas como?

Ele anda de um lado para o outro.

- Diz que a verdade que você é adotado.

- Não é tão simples.

Ele parece desesperado.

- Não é só dizer a ela que sou adotado.

Porque Christian precisa me contar que é adotado.

- Ana foi atropelada com um caminhão de informações que ela não está sabendo lidar, contar a ela agora toda a verdade sobre a minha adoção será mais uma montanha de informações e sentimentos que ela não saberá lidar.

Sua voz sai alterada e ele...

Christian está chorando?

- Eu posso perde-la...

Ele seca as lagrimas e olha para o homem a sua frente.

- Pra sempre...

Porque ele pode me perder?

O fato de ser adotado não muda os meus sentimentos.

- Christian, Ana merece saber a verdade, mesmo que isso machuque vocês dois.

Verdade?

Que verdade?

Minha cabeça dói e eu não consigo raciocinar.

Que verdade eu preciso saber?

- O destino não está sendo nada generoso com ela e eu não quero ser o portador de mais uma possível noticia ruim.

- Mante-la no escuro sobre a sua adoção só irá prolongar um sofrimento maior para os dois.

- Chega Welch, eu não quero pensar na possibilidade...

Ele não consegue terminar a frase.

- Christian, eu sei que é difícil, mas Ana precisa saber que tem um irmão.

Eu tenho um irmão?

Eu sou gêmea.

Eu quero encontrar esse irmão, eu preciso encontrá-lo.

- Elena teve gêmeos e que um era menino e outro uma menina...

O homem se aproxima de Christian e o segura pelos ombros.

- E que o menino foi dado para a adoção e a menina foi criada pela família biológica.

Christian abaixa a cabeça

- Por mais que seja difícil, Ana precisa saber...

- Não, eu não quero aceitar que eu possa ser o irmão biológico de Ana.

Meu irmão?

Christian é meu irmão?

Não!

Meus olhos se enchem de lágrimas, eu não consigo pensar direito.

Desisto de entrar na sala de Christian e volto para o elevador, mas antes de entrar deixo a sacola com o que comprei na mesa de Andrea com um bilhete.

De: Ana / Para: Christian

Entro no elevador e seguro as lágrimas, assim que as portas se abrem eu corro em direção a rua as palavras de Christian martelam em minha cabeça, meu coração bate tão acelerado que chega a doer.

"- Não, eu não quero aceitar que eu possa ser o irmão biológico de Ana."

Não Christian e eu não podemos ser irmãos...

Pensando bem, temos tantas coisas em comum...

Somos dois cabeças duras feito papai.

Temos a mesma idade.

O mesmo azul dos olhos.

Não...

Não...

Caminho sem rumo por varias horas seguidas, meu telefone toca insistentemente, tem varias chamas não atendidas do meu pai, da minha avó, de Erika, de Kate e de Christian eu não estou com cabeça para falar com nenhum deles, na verdade eu não estou com cabeça mais para nada.

- Anastácia!

A voz dele me estremece 

Laços do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora