Laços do Destino

CAPITULO 33 - NÓS DOIS

Caminho sem rumo por varias horas seguidas, meu telefone toca insistentemente, tem varias chamas não atendidas do meu pai, da minha avó, de Erika, de Kate e de Christian eu não estou com cabeça para falar com nenhum deles, na verdade eu não estou com cabeça mais para nada.

- Anastácia!

A voz dele me estremece

- Paul?

Me viro e tenho a certeza de que é ele.

- O que faz aqui?

Pergunto com medo de sua resposta.

- Depois de perder o meu emprego por sua culpa...

Ele se aproxima e eu recuo.

- Eu fui obrigado a voltar para Seattle e estou morando aqui...

Seus olhos faíscam de ódio.

Ele aponta com a cabeça para uma casa atrás de mim.

- Lamento que tenha perdido o seu trabalho, mas não me culpe.

Ele caminha em minha direção e sinto minhas pernas fraquejarem.

- Você não lamenta coisa alguma...

Ele sorri sombrio.

- Mas não se preocupe, o que é seu está guardado e na hora certa você e seu chefe de merda irão me pagar bem caro por tudo o que me fizeram!

Paul passa por mim e sai pisando duro.

Do que ele está falando?

O que eu e Christian temos com a sua demissão?

Respiro fundo olho as horas e tomo o caminho de casa.

Assim que chego à porta do prédio vejo o carro de Christian.

Decido subir de escada enquanto penso em qualquer desculpa por não ter atendido as ligações.

Abro a porta e vejo Christian e papai andando de um lado para o outro.

- Oi.

- Ana!

Papai corre ate mim e me abraça.

- A onde esteve, porque não me atendeu?

Ele me olha toda procurando por algum machucado ou algo que indique o motivo do meu sumiço.

- Meu celular descarregou e eu encontrei com...

- Seu celular descarregou?

Christian está parado me observando sem dizer nada.

- Sim papai, meu celular descarregou e eu nem percebi.

- Por que não almoçou com Christian?

- Fui até a empresa e não encontrei ninguém...

Olho pra Christian e seus olhos estão vazios.

- A recepção estava vazia, então deixei o presente e sai para andar, eu ia voltar mais tarde...

Minto.

- Mas acabei encontrando com Paul...

- Paul Brant?

Os olhos de Christian transparecem raiva.

- Sim...

- Ele te fez algo?

Christian caminha até mim e me abraça.

- Não, apenas nos acusou de sermos os responsáveis pela sua demissão.