🍭 Diana pt. 1 🍭

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🍭 Mariana On 🍭

    Com o coração pulsando no peito, meu corpo trêmulo e suando frio, parei a poucos passos da borda da piscina com os creepypastas que jogavam atrás de mim.

No reflexo da água, a lua no céu estrelado e meu rosto tenso

Virei meu rosto para a esquerda ao sentir um peso em meu ombro.

T. Puppeteer: Acho que você já sabe, né?- fiz "sim" com a cabeça, mas mesmo assim ele explicou- Você vai entrar na piscina normalmente, mas não vai ser eu quem vai te matar...- Franzi o cenho, confusa- Sabe, Mari, toda creepypasta já sofreu pra caralho na vida, até mesmo sua mãe deve ter sofrido demais quando voltou para casa grávida e o pior nem deve ter sido isso, né?

Ele caminhou, ficou por trás de mim e apoiou sua cabeça no meu ombro com as mãos em meus braços

Mariana: Como assim?- perguntei, encarando nossos rostos na água, sua feição serena e eu totalmente confusa

T. Puppeteer: O pai sendo um assassino, aí eu posso sentir o sofrimento que ela teve...- ele zombou, fazendo bico enquanto sussurrava- Será que seus avós te aceitaram? Ah! Esqueci...

T. Puppeteer/ Mariana: Eu/você não os conheceu...

Um sorriso se estampou em seu rosto, enquanto eu, estava me sentindo machucada e totalmente mal

Eu nunca conheci minha família, meus tios e muito menos meus avós, o único contato que eu tive foi com as amigas da minha mãe e a minha própria mãe. Mas eu ainda lembro com clareza quando encontramos com uma prima distante da minha mãe no mercado.

Ainda lembro exatamente como seus olhos castanhos me olharam com nojo e desprezo, depois disso, ela apenas brigou com a minha mãe como se tudo aquilo fosse culpa dela, mas não era! Nada daquilo foi culpa da minha mãe, e muito menos do meu pai, né?

Sequei uma lágrima

Mariana: Onde você quer chegar com isso?- me virei, ficando de frente para ele.

T. Puppeteer: Lembra-se do dia que você mais sofreu? Da memória que te corroe toda noite? Daquele dia em específico, que te fez morrer por dentro?- receosa, fiz sim com a cabeça- Quando eu te jogar ali dentro, você não só vai morrer mas como vai lembrar de todos os momentos que você foi infeliz, todos mesmo... Até por que ninguém é feliz toda vida!

Olhei ele, e a todos
AQUILO ERA INJUSTO!

Mariana: Mas eu... É INJUSTO! Ninguém mais teve uma consequência assim!- bati o pé no chão, fechando os punhos

T. Puppeteer: Mas você é nova aqui, e é mais legal com os novatos!- sua mão pousou em meu peito, forçando meu corpo para trás

Quando voltei para a superfície, eu voltava a tremer

Puppeteer se ajoelhou, debochando da minha raiva

T. Puppeteer: Relaxa, eu não tenho medo do seu pai!

Sua risada foi a única coisa que eu ouvi, antes dele forçar minha cabeça contra a água

   No começo foi fácil, mas a medida em que o oxigênio ia acabando eu tinha a sensação de que a água da piscina estava acabando e que algo estava me puxando para baixo, até o momento em que eu perdi totalmente o ar e senti como se eu estivesse caindo.
   A superfície em que meu corpo pousou, era dura, eu caí de joelhos e meu corpo tombou para frente, minhas mãos seguraram meu corpo

Eu chorava, e já sabia qual seria a primeira memória...

- LEVANTE-SE! SUA COVARDE!

Não, não sabia não

Levantei o olhar para cima, para ver quem era mas não deu tempo, o homem me puxou com brutalidade pelo braço e me colocou de pé, para aquela me dar um tapa no rosto e me derrubar com a força que ele descontou em mim, em meu rosto.

- HARRY! PARA POR FAVOR! NÃO VÊ QUE ELA ESTÁ GRÁVIDA?!

Uma voz feminina gritou, em desespero

"Grávida?!... Eu..."

Pousei a mão esquerda na minha barriga, sentindo o volume do bebê ali.

Meu mundo caiu por completo, aquelas não eram minhas memórias!

Olhei novamente para o homem que me bateu, dessa vez chorando

Seu rosto ela um borrão preto, assim como o de sua possível esposa, as únicas coisas que eu conseguia ver eram suas vestes que não eram lá muito importantes, mas algo neles era familiar...

Mariana: C-covarde?- aquela também não era minha voz, era trêmula, com medo e delicadamente doce ao mesmo tempo, assim como aquele não era meu corpo- P-porque?

- AINDA PERGUNTA!- ele berra, levando as mãos a cabeça e se virando para a mesa- Você é um desgosto para a família...- rosnou, apertando a madeira da mesa.

- Não diga isso da nossa filha, não sabemos pelo que ela passou!- Advertiu a mulher, correndo até mim e me aconchegando em seus braços.

O homem se virou, com um garfo em mãos
Eu recuei, com medo do que ele faria com aquilo

- SEI SIM! Essa vadiazinha estava dando para qualquer um enquanto NÓS estávamos preocupados com ela!- o homem se aproximou de mim

- NÃO! NÃO! Minha Diana não seria capaz de uma coisa dessas... Seria, querida?- a mulher me olhou, com carinho e preocupação.

Eu neguei, assustada.

Diana?! Espera um momento...

Mariana: Vovô?

🍭 Continua 🍭

Revisado ✔️🍭

A Filha De Candy Pop •1 Temporada•Onde histórias criam vida. Descubra agora