Uma História De Amor (CONCLUÍDO)

CHAPTER 1

Hellen Vidal

É hoje.

Chegou o grande dia, eu vou contar para o Andrew que eu estou grávida.

Descobri isso a três dias e ainda estou em choque e não sei o que fazer, mais tenho que contar pra ele.. Estou tão animada mais também um pouco nervosa, com aquele friozinho na barriga e se ele não gostar da ideia de ser pai?

Tomei um banho me arrumei, amarrei o cabelo em um coque despojado e desci para tomar café, olhei no relógio e era 10:15 AM, comi umas torradas com requeijão e um suco de goiaba natural.

Tava na sala assistindo quando meu celular começou a tocar, olhei e era o Andrew. Meu coração disparou e não contive o sorriso, comecei a tremer um pouco ansiosa mas atendi..

Hellen- Hey. Tudo bem? -perguntei calma e só ouvi sua respiração- Andrew, você tá bem?

Andrew- Hellen a gente precisa conversar. -ele disse com o tom de voz serio

Hellen- Pois é, eu também tenho uma coisa pra te falar. -falei suspirando

Andrew- Tá, vou passar ai meio dia pra te pegar.

Hellen- Okay.

Andrew- Tchau. -ele disse e nem esperou a resposta e já desligou.

O Andrew tava muito estranho na ligação, tinha alguma coisa incomodando ele, o que pode ser? Será que ele já sabe? Não, só eu e a Malu sabe da gravidez.

Vai ser estranho ver ele agora que sei que estou grávida, como eu vou falar pra ele que eu to grávida se a gente só transou uma vez? Como ele irá reagir?

Pra vocês não ficarem confusos tudo aconteceu assim...

Era o dia da nossa formatura, o Andrew me levou pra jantar em um restaurante lindo italiano e a gente acabou se beijando, o que foi estranho... fomos pra nossa formatura e quando acabou o pessoal resolveu fazer uma festa em outro lugar e a gente foi, eu o Andrew e a Malu, ficamos bem bêbados e resolvemos ir embora, deixamos a Malu na casa dela e fomos pra minha começamos a conversar e acabamos nos beijando de novo e uma coisa levou a outra e nós transamos.. foi maravilhoso mais ao mesmo tempo estranho, pois somos amigos desde sempre e nunca nem pensamos um no outro desse jeito, pelo menos eu nunca pensei e no dia seguinte foi muuuito estranho a gente ficou sem reação e muito sem graça, e ele foi pra casa dele... Isso foi a uma semana e o clima tava meio estranho a gente ainda tava bem sem graça na frente um do outro, a gente não conversou sobre o que aconteceu entre a gente e o que isso significava, mais agora descobri que estou grávida! E estou pirando por dentro, não sei o que fazer.

Quando deu onze e meia eu fui me arrumar, subi troquei de roupa soltei o cabelo passei rímel, perfume coloquei o salto (que particularmente eu AMO) e desci para esperar ele. Peguei minha bolsa passei um brilho labial e escutei alguém bater na porta, abri e lá estava ele todo lindo e sexy, ele tava serio e com aquele olhar penetrante que me faz arrepiar, sorri para ele peguei meu celular e a minha bolsa e sai trancando a porta.

Ele abriu a porta do carro pra mim e quando eu entrei ele fechou e deu a volta entrando no banco do motorista, coloquei o cinto e fiquei em silencio observando ele dirigir atento na rua, parecia estar distante e aquilo tava me incomodando bastante, mas não falamos nada o caminho todo, tava bem constrangedor.

Chegamos ele deu a chave pro manobrista e entrou comigo no restaurante, e a recepcionista nos guiou até a mesa e nos deu o cardápio e saiu. O Andrew ficou olhando o cardápio e depois me olhou.

Andrew- Já escolheu? -ele perguntou fechando o cardápio dele, dei uma rápida olhada e fiz o mesmo

Hellen- Sim. -falei tentando não gaguejar, eu tava suando frio já

O Andrew fez o pedido e ficamos em silêncio e aquilo tava me matando.

Hellen- Andrew, o que tá acontecendo? -perguntei direto, ele suspirou e abaixou o olhar

Andrew- Hellen eu vou falar e eu quero que você me escute e depois você fala, pode ser? -eu apenas concordei com a cabeça já preocupada e ele suspirou- Hellen não tá dando pra esconder... Eu não to bem, acho que a gente descuidou e foi além, aquele abraço que virou beijo e me cegou não controlei os meus instintos e rolou... -suspirou passando a mão pelos cabelos- Eu acho que nos estamos misturando amizade e paixão, você é a pessoa certa pra mim eu sei que é, mais não agora.. E eu não sou a pessoa certa pra você agora. Você é a pessoa certa pra mim mais na hora errada, entendi?! -ele soltou outro suspiro e passou a mão no rosto, eu to confusa não to entendendo nada- Eu to indo pro Brasil amanhã... não sei quando eu vou voltar, to precisando pensar sabe? Eu não vou negar que eu não vou sentir saudade sua, você é minha melhor amiga e eu to apaixonado por você mais eu ainda não to pronto pra isso sabe, não to pronto pra entrar nesse mundo, e eu não quero que a gente se machuque mais que isso. E se você me odiar por isso eu vou entender, mais, eu gostaria muito que não. -quando ele terminou eu tava me segurando para não chorar, ele jogou tudo de uma vez em cima de mim, nem me preparou nem nada, to tentando processar tudo isso se ele não tá pronto pra isso (relacionamento) obviamente ele não tá pronto pra ser pai, como vou falar isso pra ele?

Hellen- Bom.. Eu nem sei o que dizer... Eu amo você Andrew como amigo e como... -respirei fundo pra não chorar- Eu não acho que o que aconteceu com a gente foi um erro, eu vou sentir muita a sua falta porque antes de tudo que aconteceu você é meu amigo e eu quero o seu bem, então se você quer ir pro Brasil eu espero que você fique bem, seja feliz e não faça besteira ou algo que você vá se arrepender. -eu falei me segurando ao máximo para me manter firme

Andrew- Hellen eu amo você, eu só... -não deixei ele terminar de falar eu não ia conseguir ficar mais um minuto ali sem desmoronar, levantei lentamente da cadeira e ele fez o mesmo.

Hellen- eu sempre vou amar você Andrew.. -me aproximei dele e coloquei as duas mãos no rosto dele uma de cada lado e lhe dei um selinho demorado, ele colocou levemente as mãos na minha cintura uma lágrima escorreu do meu rosto- boa sorte! -me afastei e vi seus olhos cheios de lágrimas também, virei e sai dali quando eu pisei pra fora do restaurante que veio aquela brisa no meu rosto, foi como se eu não tivesse respirando lá dentro, foi como um baque as lágrimas começaram a escorrer e não paravam.

Peguei um táxi e fui pra casa, quando eu cheguei fui pro meu quarto e a única coisa que conseguia fazer era chorar.