Entrei na sala bufando e sentei com força na cadeira ao lado de melissa.
-Que bicho te mordeu? Ou melhor, a Margot te mordeu. - brincou mel, porém eu estava sem humor
-Eu vou matar aquela garota!- retruquei
-O que houve?- Melissa cochichou já que Caroline estava aposta la na frente dando sua aula.
-Ela me beijou!
-O que? E você esta com raivinha porque ela te beijou?
-Sim, melissa. Eu não sinto mais nada por ela. Ela não é uma boa pessoa, e para piorar adivinha quem apareceu? A Caroline.
-Caroline?
-Sim. Não que isso me afete, mas é super inconveniente ser flagrada nesses momentos por sua professora.
-Você precisa resolver esse lance todo com a Margot. Ela não tem cara que desiste fácil.
-Não, ela realmente não desiste fácil.
A semana passou voando e já era sexta feira. Margot resolveu não me procurar mais, depois do que houve na biblioteca e eu estava torcendo para que ela não viesse. Já que era difícil nos esbarrarmos, pois o prédio de administração ficava no outro lado da universidade. No sábado, haveria uma festa na reserva de Riverbend. Era tradição os alunos fazerem uma fogueira e comemorar a chegada dos calouros, alguns professores compareciam por ser uma festa saudável. Quer dizer... Saudável até 00h00min.
Caminhava com Melissa e Sarah e logo chegamos ao park que já estava lotado e com a fogueira queimando com alguns estudantes bebendo e dançando ao lado dela. Eu confesso que não pretendia sair essa noite, estava cansada da semana corrida, mas eu sempre acabo acompanhando melissa nessas festas idiotas. Ao longe, pude ver alguns professores reunidos e junto a eles a deslumbrante, Caroline. Aquela mulher sempre era tão fina? Não havia nada em suas mãos, diferente dos outros professores que seguravam copos de bebidas, por um instante nossos olhares se cruzaram no meio da multidão, e observei o quanto ela ficava ainda mais linda com as chamas da fogueira a iluminando.
Já passava de meia noite e eu havia perdido melissa de vista, mas eu sabia que ela deveria estar se beijando com a Sarah em alguma árvore próxima. Também perdi Caroline de vista, mas avistei Margot sendo levada pelo braço para dentro da reserva por uma garota bem mais alta que ela. Estranhei tal atitude, já que parecia que ela se debatia para sair de seus braços. Larguei o copo na mão do primeiro garoto que vi e dei passos longos e rápidos na direção que ambas foram
"Me solta, sua idiota! "
Se eu bem conhecia essa era a voz de Margot. A floresta estava escura, mas consegui ver o desespero dela ao tentar se livrar dos braços daquela garota, foi quando interferir.
-Amiguinha nova, Margot?- disse chegando perto fazendo ambas me fitarem, e a garota dava um gole na sua garrafa de bebida enquanto me encarava.
-Olha, veio para a festinha? – a garota soltou Margot e virou sua atenção a mim
-Eu a conheço- disse me aproximando- mas eu percebo que a minha amiga não está gostando da sua festinha particular.
-E o que você tem a ver com isso? – ela perguntou com um tom de voz elevado
-Seja lá o que você pensa em fazer. Você não vai fazer hoje. Não comigo aqui- disse a confrontando e percebendo o quanto a minha fala saiu idiota, pois eu não sabia brigar.
-Oi? É isso que eu estou ouvindo? – disse a garota com um olhar furioso- Quem você pensa que é?
-Ela é minha namorada!- cuspiu Margot enquanto corria para o meu lado
-Você pode ficar de boca fechada? – disse a repreendendo
-Namorada? Então você não quis ficar comigo por causa dessa fedelha?- A garota quebrou a garrafa na árvore mais próxima, jorrando a bebida e agora nos ameaçava com um gargalho da garrafa na mão.
Como eu ansiava para que a melissa aparecesse. Ou qualquer pessoa, pois eu realmente estava em uma fria.
-Não sou namorada dela- expliquei- você não quer machucar ninguém- disse tentando acalmá-la mais sem sucesso.
-Ela esta bêbada e drogada, Alex- cochichou Margot
-E você acha que eu não percebi- cochichei de volta- Olha nos precisamos ir. Foi um prazer conhecê-la – completei com a fala calma, porém tentando esconder meu nervosismo.
Sai vagarosamente dando passos para trás com Margot e a garota não parava de nos fitar
-Vocês não vão a lugar nenhum!- ela se aproximou mais e apontou o gargalo em nossa direção
-Corre Margot!- gritei.
Corremos pela floresta densa e escura, e deixei Margot passar a minha frente, a garota corria atrás de nos e senti um galho ficar no caminho me fazendo cair. Logo em seguida a garota ficou na minha frente, com um olhar furioso e ameaçando me furar. Tentei levantar mais ela já estava aposta em cima de mim.
-Você não quer fazer isso!- disse levantando-me devagar- eu não lhe fiz nada. Você não esta bem.
-Você me atrapalhou com a Margot.- afirmou
-Eu não atrapalhei. Eu não sou namorada dela.
-Nos tínhamos tudo para dar certo e ela me dispensou por você?
-Se você fosse menos agressiva, talvez as coisas fossem diferente.
-Quem é você para me dar conselhos?
-Alguém muita mais bonita que você! – disse já quase de pé, porém não esperava que a garota revidasse com o gargalo. Ela me atacou com menção de furar-me, mas eu conseguir aparar o gargalo antes de chegar em mim, porém acabei aparando com a minha mão, fazendo o vidro cortar-me.
Logo após, a garota caiu ao meu lado e Margot apareceu por trás com um pedaço de galho grosso na mão.
- Você não poderia ter chegado antes? – disse tentando estancar o sangramento da minha mão
-Meu deus!- Margot largou o galho e se assustou com a quantidade de sangue em minha mão. – ela feriu você, você precisa ir ao hospital!
-Porque você não me esquece? Isso foi por sua culpa! Você disse que éramos namoradas. Ela gostava de você, eu não sei qual é o lance de vocês. Mas me deixe fora disso.
-O nome dela e Jennifer nos conhecemos..
-Me poupe dessa historia- a interrompi pressionando o ferimento- me poupe de você, Margot.
Sai dali o mais rápido que eu pude, pois minha mão estava banhada de sangue, não sabia se o corte tinha sido profundo, mas sabia que foi fundo o suficiente para a quantidade de sangue que escorria. Eu estava em desespero, corria pela floresta sem rumo, tentando achar a saída de volta para a fogueira, mas assim que consegui sair da floresta escura e senti meu corpo se chocar com o corpo de outra pessoa. E eu mal podia acreditar de quem era. Suspirei em alivio e acreditei que Caroline era não só uma vampira, mas meu anjo da guarda. Pois seria a segunda vez que ela me salvará
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Querida Caroline...
Romantik"Como fica forte uma pessoa quando está segura de ser amada..." Sigmund Freud Alex Fell vê sua vida dar uma reviravolta, após passar de semestre no curso de psicologia, na universidade mais bem nomeada do mundo. Acaba por ver sua vida mudar drastica...