VI

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Minha cabeça girava e minha mão não parava de latejar e doer, eu mal podia acreditar que estava novamente no carro de Caroline, isso já estava virando rotina. Mas como disse ela estava mais para anjo da guarda do que para vampira. Eu a implorei para não ir ao hospital, pois eu não gostava, por tanto, não teve outro lugar para ir se não sua casa. Ao descer do carro, percebi que a casa de Caroline não era tão longe da universidade, se é que eu podia chamar aquilo de casa. Ao abrir a porta, observei a pintura cor de gelo na parede, o sofá caríssimo na sala e o lustre mais caro ainda. E me questionou se Harvard pagava os professores tão bem assim.

-Vá até a cozinha e me espera- ordenou antes de subir as escadas

Me dirigir até a cozinha com um enorme balcão de mármore ao redor da pia, a blusa de Caroline amarrada fortemente em minha mão, fazia o sangue ser estancado, então ouvi passos vindo em direção a cozinha

-Bom, eu fiz um curso de enfermagem, então por sua sorte eu tenho todos os preparos possíveis para cuidar de você, depois de quase chorar para não ir ao hospital. - Disse ela preparando os curativos ao meu lado, em cima do balcão.

-Eu não chorei- retruquei

-Qual é seu trauma? -Perguntou desenrolando o pano banhado em sangue e jogando no chão

-Não tenho trauma. Eu só não gosto de hospitais.

-Para uma psicóloga quase formada. Não seria bom tratar esse trauma, senhorita?

-Ai!- gemi- e para um possível enfermeira não deveria ter mais cuidado?

-Você está reclamando? Se estiver eu posso levar você a força para o hospital agora.

-Eu não iria- respondi

-Mas eu poderia te obrigar. - Caroline disse a frase olhando dentro dos meus olhos me fazendo estremecer- Bom, eu coloquei uma anestesia local na sua mão, você não vai senti-la por algumas horas, é o tempo que eu irei dar alguns pontos, pois realmente o corte foi profundo. E não vai me contar o que aconteceu?

-Uma amiga minha estava com problemas. Eu fui ajuda-la, mas acabei me metendo demais nos assuntos dela.

-Ajuda-la? Ela realmente estava com problemas, pois alguém saiu ferida e foi você.

-Sim. Havia uma garota a importunando, então eu resolvi me meter. Só que a garota acabou confundindo tudo e me atacou

-E quem é essa garota? Ela precisa ser punida pelo o que fez. Poderia ser mais grave.

-Jennifer. Não sei o sobrenome

-Jennifer Watson- afirmou- Uma garota totalmente desequilibrada, alta, olhos verdes.

-Sim, acho que sim. Estava escuro, não deu para reparar muito bem

-Ela é um caso sério que a instituição tem. Ela sempre arruma confusão.

-Pois é. Espero que a minha amiga fique longe dela depois disso.

-É o mínimo que ela pode fazer. Bom, senhorita Fell, seu curativo está feito

Olhei para a minha mão com a atadura colocada perfeitamente.

-Viu? Não precisou eu ir a um hospital.

-E se eu realmente fosse uma vampira você estaria bem ferrada com esse sangue todo- disse sorrindo.

Nós assustamos quando a luz apagou, tornando a casa um verdadeiro breu, mas logo voltou. E um som de trovão pode ser ouvido, nos assustando novamente. Caroline imediatamente ligou a televisão, e foi até a sala olhar pela janela.

Querida Caroline...Onde histórias criam vida. Descubra agora