Minha cabeça girava e minha mão não parava de latejar e doer, eu mal podia acreditar que estava novamente no carro de Caroline, isso já estava virando rotina. Mas como disse ela estava mais para anjo da guarda do que para vampira. Eu a implorei para não ir ao hospital, pois eu não gostava, por tanto, não teve outro lugar para ir se não sua casa. Ao descer do carro, percebi que a casa de Caroline não era tão longe da universidade, se é que eu podia chamar aquilo de casa. Ao abrir a porta, observei a pintura cor de gelo na parede, o sofá caríssimo na sala e o lustre mais caro ainda. E me questionou se Harvard pagava os professores tão bem assim.
-Vá até a cozinha e me espera- ordenou antes de subir as escadas
Me dirigir até a cozinha com um enorme balcão de mármore ao redor da pia, a blusa de Caroline amarrada fortemente em minha mão, fazia o sangue ser estancado, então ouvi passos vindo em direção a cozinha
-Bom, eu fiz um curso de enfermagem, então por sua sorte eu tenho todos os preparos possíveis para cuidar de você, depois de quase chorar para não ir ao hospital. - Disse ela preparando os curativos ao meu lado, em cima do balcão.
-Eu não chorei- retruquei
-Qual é seu trauma? -Perguntou desenrolando o pano banhado em sangue e jogando no chão
-Não tenho trauma. Eu só não gosto de hospitais.
-Para uma psicóloga quase formada. Não seria bom tratar esse trauma, senhorita?
-Ai!- gemi- e para um possível enfermeira não deveria ter mais cuidado?
-Você está reclamando? Se estiver eu posso levar você a força para o hospital agora.
-Eu não iria- respondi
-Mas eu poderia te obrigar. - Caroline disse a frase olhando dentro dos meus olhos me fazendo estremecer- Bom, eu coloquei uma anestesia local na sua mão, você não vai senti-la por algumas horas, é o tempo que eu irei dar alguns pontos, pois realmente o corte foi profundo. E não vai me contar o que aconteceu?
-Uma amiga minha estava com problemas. Eu fui ajuda-la, mas acabei me metendo demais nos assuntos dela.
-Ajuda-la? Ela realmente estava com problemas, pois alguém saiu ferida e foi você.
-Sim. Havia uma garota a importunando, então eu resolvi me meter. Só que a garota acabou confundindo tudo e me atacou
-E quem é essa garota? Ela precisa ser punida pelo o que fez. Poderia ser mais grave.
-Jennifer. Não sei o sobrenome
-Jennifer Watson- afirmou- Uma garota totalmente desequilibrada, alta, olhos verdes.
-Sim, acho que sim. Estava escuro, não deu para reparar muito bem
-Ela é um caso sério que a instituição tem. Ela sempre arruma confusão.
-Pois é. Espero que a minha amiga fique longe dela depois disso.
-É o mínimo que ela pode fazer. Bom, senhorita Fell, seu curativo está feito
Olhei para a minha mão com a atadura colocada perfeitamente.
-Viu? Não precisou eu ir a um hospital.
-E se eu realmente fosse uma vampira você estaria bem ferrada com esse sangue todo- disse sorrindo.
Nós assustamos quando a luz apagou, tornando a casa um verdadeiro breu, mas logo voltou. E um som de trovão pode ser ouvido, nos assustando novamente. Caroline imediatamente ligou a televisão, e foi até a sala olhar pela janela.
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Querida Caroline...
Romance"Como fica forte uma pessoa quando está segura de ser amada..." Sigmund Freud Alex Fell vê sua vida dar uma reviravolta, após passar de semestre no curso de psicologia, na universidade mais bem nomeada do mundo. Acaba por ver sua vida mudar drastica...