Meus olhos estavam fechados, não por medo, não por insegurança e nem mesmo por frustração.
Estavam fechados porque eu gostava de me concentrando em pequenas sensações que eu queria guarda comigo.O vento gelado que eu estava sentindo no meu rosto me transmitia uma sensação calorosa, era bom, memorável e libertador, e era esse tipo de coisa que eu queria guardar comigo.
Andar de moto era algo que eu não fazia a muito tempo, pra mim as motos eram como se fossem bicicletas maiores e na minha infância eu não tive experiências muito boas com bicicletas, eu acabei quebrando meu braço e ficando meses sem sair de casa e isso me causou uma decepção enorme com automóveis de duas rodas ou qualquer coisa do tipo, porém, eu não lembrava da sensação boa que era estar aqui, mesmo que no banco do passageiro.
Eu havia desligado.
Voltei em si quando me dei conta de que estava com meus braços em volta da cintura de Sebastian segurando firmemente.
Eu estava saindo de uma viagem no meu subconsciente para entrar em outra.
O cheiro dele era bom e amadeirado, e eu podia sentir com as minhas mãos os músculos do seu corpo por baixo do tecido fino da sua camisa. Eu fui atraída pelo seu físico, e boa parte disso era verdade, pessoas eram superciais, e por mais que negássemos e que pregássemos o quão isso é errado e que não devemos fazer, sempre vamos ter essa coisa detestável dentro da gente, porém, eu sentia uma eletricidade correndo no meu corpo apenas por estar perto dele, ondas de energia que eu não conseguia explicar. Eu reconheço que Sebastian não era homem para mim, e nem nunca ia ser, ele nunca iria olhar para mim além de uma pedaço de carne, e isso é só para começo de argumentação.
Eu tento o mínimo possível lembrar nas coisas que Anabell me disse, é a segunda vez que vejo Sebastian e ele não me deu motivos para achar que os boatos sejam verdade, não que eu me importe, eu não ligo para a vida dele, mas se for verdade, eu me incomodaria.
Quando a moto parou, nós decemos e eu pude analisar o local, percebi onde estávamos. Sebastian havia me trago para o Jardim botânico da cidade.
Eu sorri.
Ele era louco.
Quando dei por mim, pude sentir o seu olhar queimando em minha pele. Com toda certeza ele estava tentando decifrar meus pensamentos.
- Porque me trouxe aqui? - eu apontei para a porta fechada daquela imensa estufa. - Não está aberto para visitas a noite.
Ele riu e saiu andando em direção a entrada, me ignorando completamente.
Qual é? Ele podia ao menos me responder.
Bufei e sai andando atrás dele.
O observei por trás, sua costa era grande e seus ombros largos e ele tinha o dobro do meu tamanho. Suas roupas nesse momento eram simples, mas o davam estilo, uma blusa preta e uma calça jeans ja era muito pra me fazer suspirar.
- Se eu fosse você, tentava se controlar um pouco. - Sebastian disparou com uma voz baixa, e dois segundos depois surgiu uma risada leve.
Ele estava de costas para mim, como sabia o que eu estava pensando?
- Ser exibido é o seu maior defeito? - eu perguntei sarcástica.
- Pode apostar que é o melhor deles. - houve um silêncio. - Vamos entrar, só espera aqui um pouco, eu já volto.
Depois disso ele apenas saiu andando para a parte de trás da estufa e eu fiquei sem entender nada.
Eu fiquei brincando com pedrinhas do chão até ele decidir voltar e isso não demorou muito.
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Meu Erro Foi Você
Literatura FemininaEle era interessante, e ela curiosa. Ele gostava de brincar, e ela era o seu brinquedo. Marie deixou de ter uma vida monótona quando Sebastian Harlow caiu em sua vida de paraquedas, se prender de um jeito submisso a um homem nunca passou pela sua c...