Capítulo 9.

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Acordo, estou me sentindo horrível, olho ao meu redor estou deitada de mal jeito no banco de trás, na frente aquele home de alguns minutos atrás dirige tranquilamente.

Eu estou em desespero, não consigo sequer me mover, coloco as minhas mãos em minha boca para tentar conter o meu choro, estou me esforçando tanto para não soluçar, meu choro silencioso, apenas rios de lágrimas descem pelas minhas bochechas. Sinto meu celular vibrar por diversas vezes em meu bolso, porém nesse momento não posso atender, nem sequer pega-lo. Está escuro lá fora já deve ser tarde, eu me assusto quando o carro para.

O homem olha para trás e me vê, eu arregalo meus olhos, e rapidamente me levanto.

— Olha só, que cara é essa? Está com medo? — Ele diz baixo, e eu apenas o encaro.

— Por favor não...— Ele me interrompe.

— Shiiii. Desce do carro. — Eu permaneço paralisada. — Vai logo garota. — Eu saio do carro e ele também, ele me lança um sorriso de canto. — Vamos ali para o mato ninguém vai nos ver. — Eu fico apavorada, estamos eu uma estrada de terra, acho que bem longe da cidade de Konoha.

Ele se aproxima de mim, e a minha reação é empurra-lo para longe e sair correndo, entro no meio dos matos e corro o mais rápido que consigo sem olhar para trás, meu celular vibra, eu atendo sem ao menos ver quem é, tenho certeza que é minha mãe, ela deve estar preocupada.

— M-Mãe. — Minha voz de choro é bem clara, não aguento mais, eu já estou soluçando desesperadamente.

— Oh céus Sakura? — Essa voz grave me faz parar imediatamente de correr, eu fico em silencio, apenas minha respiração forte soa pelo telefone.

— Sasuke? — Minha voz é fina e falha, eu olho ao redor e estou sozinha em meio as essas arvores todas, é tão escuro e frio, eu me abraço e me sento perto de uma arvore enorme.

— Sakura, eu soube o que te aconteceu, estou indo te buscar, e eu espero muito que aquele filho da puta não tenha te tocado se não vou mata aquele...— Eu o repreendo.

— Para, para por favor...para... como sabe? Como sabe o que aconteceu?

— Fiz a Karin falar... Sakura por favor não chore. — Sasuke fala baixo. — Você está bem? Eu não sei o que seria capaz de fazer com qualquer um que te machuque. — Sinto um frio que me arrepia assim que o ouço dizendo essas palavras. E acabo por chorar, o que eu estou fazendo. Sasuke não pode me ajuda, não quero saber do que Karin é capaz de fazer comigo se descobrir. Ela é louca. Seria capaz de qualquer coisa.

— Como vai me encontrar Sasuke?

— Karin me disse onde ele te soltaria e sei exatamente onde é. Essa vadia nunca mais irá te fazer mal.

— Sasuke eu não acho bom a gente se ver ... isso está acontecendo por causa de você.

— Sim é por minha causa, e é por isso que estou indo busca-la, porque é por minha causa que você está nessa porra de lugar. — Fecho os olhos com força, odeio quando ele é ignorante. — Eu deveria cuidar de você direito. — E odeio ainda mais quando ele fala assim, ele me confunde, me faz querer chegar cada vez mais perto. O problema é que ele é o sol, e se eu chegar perto demais vou me queimar.

— Desculpa. — Digo e desligo o celular, não posso deixar acontecer de novo, me levanto e vou caminhando em frente, na esperança de sair em algum lugar sem ser esse mato jeans hoje de manhã, mais para o meu azar estou me abraçando por conta do frio, estou com frio, e muita fome, depois de muito caminhar eu acabo por sair em uma enorme avenida, onde muitos carros correm em alta velocidade até os seus destinos, eu caminho ao lado do encostamento em uma direção qualquer, torcendo para encontrar uma placa que me indique o caminho.

Eu não seria capaz de pedir carona, não vou pedir carona, não confio muito nesse negócio de pedir carona a um estranho, não o conhecemos, não sabemos quem realmente são. Eu dou um pulo assim que me assusto com a buzina que soa atrás de mim, olho para trás e vejo o carro preto da Mercedes, e já sei quem é. Eu olho para frente e vejo a enorme avenida, e volto a olhar para o carro de Sasuke. Ele sai do carro e vem em minha direção eu o encarro.

— Vêm.

— Sasuke espera ninguém pode nos ver ...— Ele me interrompe e me puxa pela cintura me erguendo, fazendo com que eu me apoie em seu ombro ficando a sua altura sem encostar os pês no chão. — Sasuke me solta, o que está fazendo?!— Eu falo dando tapinhas em seus ombros fortes.

— Estou te levando para o carro. — E é isso que ele realmente faz, ele abre a porta do passageiro e me põe dentro com delicadeza, ele se inclina na minha frente colocando minha bolsa no banco de trás e coloca o cinto em mim, enquanto ele faz tudo isso eu o observo de perto, ele está próximo e seu pescoço ali bem na minha frente, na qual posso sentir seu belo perfume o melhor que já senti, mordo o lábio para me repreender do meus pensamentos, ele me olha, ele morde o maxilar e sai do carro dá a volta e entra, fazendo o mesmo processo de pôr o cinto.

Ele dá a partida e saímos.

— Sakura, quero te pedir que não conte a sua mãe o que houve. — Eu já não iria contar, não aguentaria vê-la preocupada a cada vez que saísse para ir ao colégio, não consigo imagina o transtorno que ela faria no colégio por conta disso.

—Por que? — Mas quero saber o motivo dele.

— Só não conte, sua mãe morreria de preocupação e faria qualquer coisa para te proteger. O que não é errado, coisa de mãe. — Ele fala sem desviar o olhar da estrada, eu continuo a olha-lo.

— O que direi a ela? O porquê cheguei tarde em casa.

— Você não pode volta pra casa assim toda suja, liga pra ela e diz que vai dormir na casa de suas amigas. Vamos passar a noite em algum lugar. — Eu o olho sem saber o que fazer, pra onde ele vai me levar, será que devo ir? Pego meu celular e vejo um monte e ligações de minha mãe, eu ligo para ela e encaro a janela.

— Alô Sakura? Onde você está?

— Oi mãe, eu estou na casa da Ino, vou dormir aqui.

— Como assim dormir aí.

— É mãe as meninas estão aqui, vamos fazer festa do pijama.

— Está bom, por que não me atendeu antes eu estava preocupada, pensei que tinha acontecido algo...—Eu a interrompo.

— Está tudo bem mãe não precisa se preocupar está bom. — Vou desligar está bem?

— Okay filha, te amo

— Também te amo.

Desligo o celular, olho para Sasuke que já estava a me olhar ele sorri e volta a olhar para a estrada. O que eu estou fazendo?
O restante do trajeto é feito em silêncio de ambas as partes, eu estava morrendo de fome e de frio, mas por sorte, aqui dentro do carro é quente.

Avançamos a rua bem iluminada, muitos prédios cercam a avenida. Entramos em um estacionamento de um prédio enorme estacionamos e eu o olho sem entender, é aqui onde ele mora? Ele me trouxe para o seu apartamento?

— Vamos. — Ele anuncia tirando o cinto, e logo após sai do carro, eu faço o mesmo sem dizer nada.

Eu o sigo até o elevador assim que entramos ele aperta o botão do último andar, e se encosta no enorme espelho, ele fica me olhando eu vez ou outra o olho e desvio o olhar para baixo.

— Está com fome? — Ele me pergunta se aproximando de mim, eu já encostada no espelho não tenho pra onde ir, fico apenas a olha-lo. — Me responda Sakura? — Eu assinto com a cabeça, o seu rosto está tão perto que posso sentir sua respiração se misturando com a minha eu mordo o lábio nervosa, Sasuke morde o maxilar assim que vê o meu ato. — Eu estou faminto Sakura. —Ele se aproxima mais e eu fecho os olhos, não posso fazer isso. Sasuke é um problema, sinto seu nariz se encostando no meu, e para minha sorte a porta do elevador abre, abro os olhos e vejo uma mulher entrando no mesmo e fica a no olhar estranho, eu estou pegando fogo, todas as minhas emoções estão transbordando.

Sasuke permanece parado a minha frente me olhando agora com o seu rosto um pouco mais distante do meu, enfim o elevador para ao nosso destino Sasuke sai e vou atrás dele, ele abre a porta e entramos.

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