chapter four

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chapter four: a casa de Ben Hanscom

“Se você quiser (SeuApelido), eu posso te dar uma carona.”  Eddie murmurou.
“Mais e a sua asma?” perguntei preucopada.
“Pode deixar que eu levo ela Eddie espaguete.” Richie falou apontando para os suportes que haviam na roda traseira.

Eddie deu de ombros e eu apenas revirei os olhos enquanto subia nos suportes da bicicleta de Richie, que começou a pedalar logo alcançado os outros do grupo.
Me segurei de leve nos ombros de Richie enquanto sentia o vento bater de leve contra o meu rosto, o dia estava extremamente agradável naquele instante.

“Porquê você veio para Derry?” Richie perguntou sem parar de pedalar.
“Minha mãe veio investigar o caso de Georgie Denbrough e as outras crianças desaparecidas.” falei.

Richie freiou a bicicleta de modo bruto que me fez debruçar sobre o corpo dele e quase cair da bicicleta. O garoto olhou para mim como se eu tivesse falado a pior coisa do Mundo.

“Que é?” perguntei arqueando as sobrancelhas.
“Você nunca... tipo, nunquinha mesmo pode falar esse nome na frente do Bill.” ele falou balançando a cabeça.
“Como assim?” perguntei assustada para ele “Porque eu não posso falar sobre isso?”
“Georgie é o irmão mais novo do Bill, e ele ainda tem a esperança de achar o Georgie com vida.” ele falou aquilo, e me atingiu como um soco no estômago.
“Ai meu Deus, eu não sabia disso.” murmurei perplexa “Eu nunca falaria isso...”
“Isso é bom.” Richie falou engolindo a seco.

Senti o meu corpo da um tranco de leve rapidamente Richie pedalou para chegar perto dos outros do grupo.

{...}

Entrei no quarto de Ben e fiquei quase perplexa ao ver as colagens que tinham na parede, casos de incêndio entre outras coisas.

“Legal, né?” Ben falou animado.
“Claro que não!” Richie falou enquanto lia alguma coisa na parede.
“Eu acho legal Ben.” murmurei ao ler uma manchete sobre o caso de siderúrgica que havia pego fogo.

Ficamos um breve silêncio enquanto observarmos todas as matérias de jornais coladas nas paredes.

“Calma aí... isso daqui é legal... não, pera não é não.” Richie falou me fazendo revirar os olhos.
“Você não cala a boca não?” perguntei indo para o lado de Stanley.
“Oque é isso?” Stanley perguntou apontando para um documento que estava colado na parede.
“Isto é o estatuto do município de Derry.” explicou.
“Alerta nerd!” Richie gritou enquanto arrumava os óculos.
“Não...” Ben falou sorrindo “...na verdade é muito interessante, Derry era um campo de armadilha para castores.”
“Ainda é, não é certo rapazes?” Richie perguntou levantando a mão para alguém bater nela.
“Beep, beep, Richie.” falei revirando os olhos “Pode continuar Ben.”
“Noventa e uma pessoas estavam na fundação de Derry” Ben continuou a falar “mais naquele ano, no inverno desapareceram sem deixar rastros.”
“Todo mundo?” Eddie perguntou surpreso.
“Ouve rumores que foram os índios, mas não teve sinal de ataque.”

Ben continuou falando, porém eu senti como se estivesse bem longe dali já que uma das imagens na parede me chamou a atenção, nela havia vários homens, mas um deles parecia me encarar profundamente, e ele me lembrava ligeiramente com um palhaço.

“O-onde ficava esse poço?” Bill perguntou enquanto observa alguns papéis encima da mesa.
“Não sei, é em algum lugar em Derry, porquê?”
“Nada...”

{...}

“Obrigado por me acompanhar até em casa Eddie.” falei dando um breve sorriso pro menino.
“Relaxa, é o meu caminho de casa mesmo.” ele falou dando de ombros.
“Tem certeza que não quer que eu peça para minha mãe te levar?”

O garoto negou e então como agradecimento eu apenas dei um beijo na bochecha dele e então entrei no prédio, subindo o pequeno lance de escadas até o apartamento.
A porta do escritório de Maltide estava fechado, e então é segui até o meu quarto onde eu entrei indo direto para o banheiro.

“Você sabe que a culpa foi sua, não sabe?” uma voz infantil perguntou.

Olhei para os lados tentando achar a fonte do local, porém não havia nada que pudesse fazer barulho lá já que a televisão estava desligada assim como o rádio.

“Se você tivesse ficado comigo (SeuNome)... ele não teria me pegado.” a voz voltou a falar.

Sai do banheiro enquanto procurava a fonte da voz, porém somente eu estava no quarto.

“Ele me pegou (SeuNome)!” a voz soou mais alto.

Encarei o closet tenro uma certeza súbita de que a voz havia vindo de lá de dentro. Andei devagar até à porta e a abri dando de cara com um cartaz de desaparecido.

“Mãe?” gritei “Isso não tem graça!”“Porque você me deixou sozinha (SeuNome)?” a voz de dentro do closet voltou a falar

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“Mãe?” gritei “Isso não tem graça!”
“Porque você me deixou sozinha (SeuNome)?” a voz de dentro do closet voltou a falar.
“Eu não te deixei sozinha Wendy... não fui eu, foi ela.” murmurei chorosa.
“Então venha comigo!” ela falou animada “Vem flutuar comigo... vem flutuar comigo!”

A frase começou a se repetir como um rádio quebrado enquanto as lágrimas desciam pelo o meu rosto, aquilo... aquilo era possível, ela estava morta.
Então como um passe de mágica a voz desapareceu, dando lugar a um balão vermelho que estourou bem na frente dos meus olhos, ao mesmo tempo que o telefone da sala tocava.

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