chapter five

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chapter five: o banheiro sangrento

“Oque?” perguntei perplexa “Fala com calma Bervely.” pedi.
Eu não consigo explicar (SeuApelido)” ela falou chorosa “vem aqui amanhã, eu te imploro.
“Irei Bev, só fica no seu quarto até amanhã e tenta não ir ao banheiro, evite ao máximo.” falei enquanto encarava o closet na minha frente.

Desliguei o telefone enquanto ia até a pequena porta e abria com certa violência retirando todas as roupas que estavam ali, constando que realmente não havia nada, nenhum cartaz, nenhuma criança.

{...}

Na manhã seguinte logo após de tomar o café eu fui correndo até o prédio onde Bervely morava, que ficava vinte e cinco minutos apé, no meio do caminho eu acabei trombando com os meninos que me ofereceram uma carona na garupa da bicicleta de Stanley, que pareceu estar muito tenso com a situação.

“Me fala exatamente oque ela disse.” Eddie pediu enquanto pedalava.
“Ela não disse, só pediu pra gente chegar.” Stanley explicou.
“Ah! Ela não disse nada, tá bom então!” falou de modo sarcástico.
“Vocês não param de brigar não?” perguntei descendo do cilindro da bicicleta de Stanley.
“Até que enfim.” a ruiva falou respirando pesado “Eu preciso mostrar pra vocês uma coisa.”
“Oque foi?” Ben perguntou preucopado.
“Já não vimos tudo lá na pedreira?” Richie perguntou.
“Cala a boca Richie!” Eddie e eu gritamos juntos.
“Meu pai vai me matar se souber que eu trouxe algum menino aqui para casa.” Bervely explicou.
“A-a gente deixa alguém aqui de guarda” Bill explicou “Ri-Richie fi-fica aqui.”
“Pera, pera, pera aí” Richie falou atraindo a atenção de todos “e se o pai dela aparecer?”
“Faça oque você sempre faz Richie” falei maldosa “comece a falar.”
“Isso é um dom!” ele falou enquanto começamos a subir as escadas.

Bervely nos guiou pelo apartamento até um pequeno corredor, onde todos paramos no início de modo dramático.

“Ali dentro.” ela apontou para a porta que dava ao banheiro “Vocês vão ver.”
“Tá levando a gente pro banheiro?” Eddie perguntou inseguro “Sabia que oitenta e nove porcento dos acidentes domésticos acontecem nos banheiros? Todas as bactérias, fungos ficam lá.”
“Eddie...” murmurei tentando fazer ele parar de falar.
“Não é um lugar muito higiênico... para se ficar.” ele concluiu enquanto Bill abria a porta.

Uma imensidão vermelha invadiu os meus olhos quando a porta terminou de abrir, assim como uma ânsia de vômito horrível quis subir pelo o meu estômago.

“Eu sabia.” ele murmurou.
“Estão vendo?” Bervely perguntou.
“S-sim.” falei sem conseguir tirar os olhos do banheiro.
“O-oque aconteceu aqui?” Bill perguntou.
“Meu pai não viu, e eu achei que estava ficando louca.” ela murmurou.
“Se você está louca” Ben falou “então todos nós estamos loucos.”
“N-não podemos deixar isso assim.” Bill falou dando um passo para dentro do banheiro.

Stanley começou a limpar a janela acima da banheira enquanto eu começava a esfregar a parede ao lado dele, Eddie mantinha a bombinha de asma em seus lábios enquanto torcia um pano, Bervely limpava o espelho e Bill o chão enquanto Ben tentava limpar o teto.
Depois de quase uma hora esfregando cada parte do banheiro minuciosamente eu finalmente consegui terminar de lavar a pia com ajuda de Stanley enquanto Bill jogava o penúltimo balde de água dentro da banheira.
Ajudei Eddie a carregar as coisas para fora deixando apenas Bill e Bervely dentro do banheiro.

“Nem pense nisso Big Ben.” falei ao reparar que o menino estava olhando para o quarto da Bervely “O quarto de uma menina é um local sagrado.”
“Mais eu nem pensei nisso.” ele sussurrou.
“Vamos fingir que não.” falei puxando ele.

summer of 89•itOnde histórias criam vida. Descubra agora