Ainda a tempo de amar e ser amado?

capítulo 5

Foram quatro horas, até o Rio de Janeiro, ao chegar em nossa nova casa, Gustavo amou, todo animado e fazendo planos faraônicos para o quintal.

A casa consiste em uma garagem na frente, três quartos sendo dois quartos com banheiro, um quarto de hóspede, sala, cozinha com móveis planejados, sala de jantar, WC social, uma grande área de serviço e um quintal enorme, para meu filho brincar.

Depois de meia hora o caminhão chegou e já começaram a descarregar tudo, colocando as coisas em seus devidos lugares, após descarregar tudo, fiz o pagamento da mudança e já comecei a por tudo no lugar, enquanto os montadores iam montando os móveis.

Por volta das vinte horas já estava com quase tudo no lugar, faltava somente as roupas, que ficaria para o dia seguinte, como já tinha matriculado o Gus em uma creche próximo de casa não teria muito problema, faltava arrumar uma pessoa pra cuidar dele se eu precisasse fazer plantão a noite, mas não ia sofrer antecipado.

Tirando dos meus devaneios, escuto meu filho me chamando dizendo que estava com muita fome.

- Eu também estou com fome, vamos procurar algum lugar pra gente jantar, pois temos que dormir cedo, pois eu começarei a trabalhar amanhã e você vai pra escolinha.
- Aí, que bom vou começar a estudar, vou aprender tudo certinho.
- Eu sei que vai meu amor..
- Agora vamos achar um lugar pra matar quem tá nos matando.

Uma quadra depois de nossa casa, chegamos a um lugar chamada cozinha caseira, observei de fora era um lugar bem simples, porém muito limpo, então entramos .

- Boa noite senhor
- boa noite senhora
- Queremos uma mesa.
- Podem ficar nessa mesa
- obrigado
- Me desculpe a curiosidade, mas vocês são novos por aqui.
- Sim senhora... Terminamos de nos mudar, bom deixe eu me apresentar, meu nome é Henrique e esse é meu filho Gustavo.
- Muito prazer meu filho, e você também meu rapazinho. Meu nome é Antônia e se precisar de mim, estou a disposição, não se acanhe em falar comigo.
- A senhora também, estamos morando na terceira casa na outra quadra.
- Sim meu filho, bom aqui nós não temos cardápio. Mas hoje teremos arroz branco, com escondidinho de frango, salada de tomate e salada verde e suco de acerola.
- Pra mim tá ótimo, pode trazer pra nós, mas para meu filho trás pouco, pois esse aqui não cone muito.
- Tudo bem meu filho, em alguns minutos trago o jantar dos dois.

Ficamos ali esperando nossa janta ser servida, Gus ficava olhando tudo com seu olhinhos de jabuticaba curiosos. Em poucos minutos já estávamos degustando o prato feito que era realmente delicioso.

Terminamos de jantar, chamei dona Antônia para pagar o jantar e ela se negou a receber, dizendo que era um presente de boas vindas, agradeci o carinho e fomos para casa.

- Papai tô muito cansado, me leva no colo.
- O meu Deus que dó do meu pequeno, vem no colo do papai, foi só levanta lo que já foi apoiando sua cabecinha no meu ombro, antes de chegar em casa já estava dormindo, abri a porta com dificuldade, tranquei e o levei para seu quarto, o deitei em sua cama, tirando o shorts e seu tênis, o cobri dei um beijo de boa noite e me dirigi ao meu quarto, tirei toda minha roupa, ficando somente com a cueca box.

Acordei seis horas, fui diretamente ao banheiro fiz minhas higiene, tomei um maravilhoso banho frio, para acordar, fui pra cozinha fiz café, coloquei bolachas, bolo, pão caseiro, frutas e o copo de leite com chocolate para Gustavo.
Fui direto para o quarto vc de Gustavo para acordar.

- Filhote acorde tá hora de se arrumar pra ir pra escola.
- Só mais um pouquinho papai, quero dormir.
- Gustavo Lamart, levanta agora, você não pode se atrasar no primeiro dia de aula e bem o papai pode se atrasar para o serviço.

- Tá bom, vou levantar.
- Vamos o papai vai te ajudar.
- Depois de arrumado, levei ele para a cozinha onde tomamos o café, nos levantamos e fomos escovar os dentes. Pegamos tudo que era necessário e partimos de casa para um novo recomeço.

Deixei Gus na escola, conversei com a diretora, que me explicou sobre o funcionamento da creche, falei que eu era enfermeiro e que começaria a trabalhar no hospital Santo Anjo, deixei meu número de celular, para que me ligasse se acontecesse algo com Bruno filho.

Eu tinha meia hora pra chegar ao hospital me despedi da diretora e tomei rumo ao meu novo trabalho.

Ao chegar na recepção me apresentei a recepção e me informou que eu deveria ir ao décimo andar falar com o diretor geral do hospital.

Peguei o elevador e fui direto a sala do diretor, que tinha uma placa que dizia Dr. Júlio César - Diretor Geral, bati na porta escutei que poderia entrar.
- Bom dia doutor, sou Henrique Lamart, sou o novo enfermeiro do centro cirúrgico.
- Bom dia Henrique, seja bem vindo ao nosso hospital, agora vou apresentar o hospital para você já ir familiarizando.
- Muito obrigado, vamos sim.

- Dr. Henrique disse que seu filho é cirurgião no hospital, e que o hospital é de sua família a quase vinte anos, me apresentou a equipe médica, a equipe de enfermagem e a minha equipe do centro cirúrgico, fui muito bem recebido por todos, só não conheci seu filho, mas tenho certeza que deve ser um filhinho de papai chato pra caralho.

- A partir de agora esse é seu local de trabalho, caso precise de alguma coisa e só me informar, fique a vontade.

- Muito obrigado pela receptividade.
- Eu que agradeço, agora tenho uma reunião importante. Bom trabalho.
- Entrei dentro do C.C e já fui me aprontando que menos de vinte minutos teríamos um cirurgia.
- Bom dia. Sou o doutor José Antônio.
- Bom dia sou Henrique Lamart novo enfermeiro.
- Muito prazer Henrique, seja bem vindo.

Depois das apresentações, enquanto aguardavamos o paciente, fiquei observando o doutor que estava se esterelizando para iniciar a cirurgia, ele era um homem de aproximadamente uns sessenta anos, tinha 1,70 de altura, cabelos brancos e olhos verdes, muito profissional e sorridente.

- Henrique gostei muito de trabalhar com você, espero que você me auxilie em todas as cirurgias.
- Muito obrigado doutor, realmente foi um prazer trabalhar com um cirurgião como o senhor.

Como a cirurgia  já acabou na hora do almoço, me dirigi ao refeitório para almoçar, pois dentro de uma hora tinha outra cirurgia que estaria auxiliando.