Capítulo 6

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Saio do hospital as dezessete horas, logo no período dia ia me atrasar para buscar meu pequeno. Ele já deve estar totalmente ansioso, pois nunca ficamos longe um do outro.

Ao chegar na escola Gustavo, corre e se joga em meus braços, automaticamente o pego em meus braços.

- Papai demorar muito pra buscar!

- O meu amor papai estava auxiliando uma cirurgia, infelizmente terá terá dias que irei me atrasar.

- Eu entendo papai, mais agora quero ir para casa. Sim querido, mas deixa eu falar com sua professora primeiro.

- Boa tarde professora Joana

- Boa tarde senhor Henrique

- Como esse rapazinho se comportou em seu primeiro dia de aula?

- Ele é ótimo aluno, educado e se interage bem com os coleguinhas.

- Obrigado professora, agora vou levá-lo embora.

- Sim. Tenha uma ótimo final de tarde e até amanhã Gustavo.

- Tá bom. Amanhã eu venho sim. né papai?

- Claro que sim amor, amanhã papai vem te trazer.

Ao chegar em casa, meu telefone toca, quando atendo, me surpreendo sendo do hospital me solicitando que eu voltasse ao hospital, pois o enfermeiro do plantão noturno, não poderia ir pois estava doente.

- Sim estarei no hospital em aproximadamente uma hora, pois tenho que arrumar uma pessoa para cuidar de meu filho.

Desliguei o celular, peguei Gus e fomos até o restaurante de dona Antônia, era a única pessoa que eu conhecia no bairro, talvez ela possa me indicar alguém para ficar cuidando do meu pequeno.

- Boa tarde dona Antônia. Como a senhora está?

- Boa tarde meu filho. Estou bem Graças a Deus. Mas o que você está fazendo aqui nesse horário? Tem alguma coisa que posso ajudar?

- Dona Antônia, preciso de uma pessoa urgente para ficar com Gustavo, pois tenho que voltar para o hospital, pois o enfermeiro que iria pegar o plantão está doente.

- não se preocupe com esse princepizinho, eu cuido dela, pode ir tranquilo. Amanhã cedo o levo a escola.

- Filho o papai, terá que voltar para o hospital e você ficará aqui com a dona Antônia, amanhã eu o buscarei na escola.

- Mais papai eu não quero ficar sozinho sem o senhor.

- Eu sei meu príncipe, mais o papai tem que ir trabalhar.

- Você não vai ficar sozinho pequeno, ficará comigo e irá me ajudar aqui no restaurante.

- Tá bom eu fico.

- Venha aqui meu amor, me dá um abraço, eu te amo muito e obedeça a dona Antônia.

- Sim papai eu irei obedecer sim eu também te amo muitão, assim ó.

- Henrique e dona Antônia, sorriram ao ver Gustavo abrindo os braços para demonstrar o tamanho do amor que o mesmo sente pelo pai.

- Vou em casa, buscar as coisas pra ele passar a noite e buscar sua mochila e seu uniforme e uns brinquedos.

Depois de pegar tudo que meu pequeno irá precisar, voltei a casa de dona Antônia, deixando com ela os pertences de Gustavo e me despedindo dele.

Deixando seu filho, pegando seu carro e se dirigindo novamente não hospital. Durante o plantão noturno Henrique auxiliou três cirurgias.
Já era quase sete horas e ele estava entregando o plantão. Mas de repente entra no centro cirúrgico, um lindo, charmoso e um jovem deveria ter no máximo vinte e seis anos e um metro e sessenta e sete de altura.

- Bom dia! Sou João Carlos Alcantar, mas pode me chamar de JC, sou chefe de cirurgia pediátrica.

- Bom dia! Sou Henrique Lamart, sou enfermeiro especialista em cirurgia e instrumentista.

- Seja bem vindo ao hospital Santo Anjo, se precisar de alguma coisa estou a disposição Henrique.

- Obrigado, doutor.

Do mesmo jeito que aquele príncipe entrou ele saiu, mas antes de sair observei aquela bunda durinha e empinada, dei um suspiro sôfrego e me recompondo e voltando a falar com o enfermeiro.

- Esse cirurgião é filho do Júlio César, o JC é um gênio, quando estava com dezesseis anos já estava fazendo medicina em Harvard, depois que terminou a graduação e a especialização, voltou ao Brasil, pois seu pai estava muito triste, devido seu outro pai tinha falecido e vivia sempre sozinho.

- Entendo. É impressionante saber que tão jovem já é especializado em cirurgia.

João Carlos

Estou morto de cansaço, passei a noite montando as planilhas do centro cirúrgico, quando terminei de revisar os pedidos de compras para as cirurgias já agendadas, quando terminei já era quase sete horas da manhã, deixei tudo organizado na mesa de meu pai, como estava muito curioso pra saber que é o novo enfermeiro do centro cirúrgico, decidi ir lá, antes de ir embora, ao entrar na sala de espera do centro cirúrgico, fiquei boquiaberto com o homem a minha frente, minhas mãos na hora começaram a soar, ele tinha por volta de 45 anos, 1,95 de altura, loiros, olhos azuis penetrantes. Meu pai havia me falado que ele era bonito, mas meu pai errou completamente ele é lindo é realmente um grego. Meu Deus o que estou pensando, se meu pai sonha que estou de olho em um homem mais velho ele ficará louco, mais eu tô vivo e o cara é sonho de consumo de muita gente.

Me despedi e sai do hospital, indo até o estacionamento, decidindo que ia na casa de uma amiga para tomar café da manhã com ela e sua companheira. Alexia e eu somos amigos desde a época da escola, ela é bem mais velha que eu, mais isso nunca foi impencilho para nossa amizade, sempre me protegendo por ser mais novo de toda a escola, os colegas de classe me chamavam de nerd e ninguém queria me ter como amigo, somente queriam ficar perto de mim para fazer os trabalhos escolares e provas em grupos.

Acordo dos meus devaneios com uma criança que havia entrado na frente do carro, aparecendo do nada, freei bruscamente meu carro, mais infelizmente não consegui evitar o impacto.
Saí do carro correndo do carro com minha maleta de primeiros socorros, verifiquei os sinais vitais da criança, enquanto cuidava da criança, após fazer os primeiros procedimentos, liguei no hospital pedindo uma ambulância com urgência e ao mesmo tempo pedi que deixassem a sala de cirurgia pronta com todos os profissionais apostos, enquanto falava ao telefone já tinha constatado que a criança estava com hemorragia interna, em cinco minutos, a ambulância estava chegando, já havia imobilizado e decidi entubar para que ele não tenha problemas, a criança foi levada direto a sala de preparação do centro cirúrgico e eu fui direto para a sala de esterilização.

- Doutor, qual é o estado do paciente?

- Henrique é uma criança de aproximadamente cinco anos, constatei que a criança está com hemorragia interna.

- Como aconteceu esse acidente?

- Infelizmente a criança entrou correndo na frente do meu carro e eu não consegui evitar o choque.

- Sinto muito doutor.

Quando a equipe entrou com a criança na maca e Henrique viu.


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